De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Nota de repúdio contra a prisão do Cacique Wélton Suruí
02/11/2014
Fonte: Cimi- http://www.cimi.org.br
Queremos expressar toda a nossa indignação e repúdio através desta nota perante a prisão do líder indígena Wélton Suruí, cacique da Aldeia Itahy, do Povo Aikewar, conhecidos popularmente como Suruí, que foi preso no dia 29.10.2014, pela Polícia Federal na sede da Coordenação Técnica da FUNAI, em Marabá, por ordem do juiz da 2o Vara Federal de Marabá, Dr. Heitor Moura Gomes, o qual alega contra o cacique uma série de crimes, quando nem mesmo os inquéritos da Polícia Federal estão conclusos e devidamente embasados para tal. Para nós, essa prisão é reflexo de um duro e covarde processo de perseguição política, criminalização dos indígenas e das lutas sociais que o Governo Federal, através de seus órgãos repressores, vem promovendo contra todas as lideranças e suas respectivas comunidades indígenas que estão há tempos numa luta permanente para que seus direitos fundamentais sejam garantidos e respeitados, como acesso à saúde específica e de qualidade, conforme determina à própria lei.
Quem conhece sabe que o jovem líder indígena é um homem trabalhador, pai de três filhos, honesto, lutador, defensor dos direitos do seu povo, além de muito conhecido e respeitado na sua região. É profundamente comprometido com o bem comum e a segurança da sua comunidade. Wélton Suruí é uma liderança indígena que sempre primou pelo diálogo entre os órgãos do estado e todas as comunidades atingidas pela implantação dos grandes projetos nessa parte da Amazônia, sobretudo, promovendo um sério debate em torno do direito da consulta prévia, livre e informada dos povos indígenas com relação à implantação arbitrária e desrespeitosa de empreendimentos de mineração no entorno dos territórios indígenas. É verdadeiramente um jovem com espírito coletivo, que está sempre solidário com a luta dos seus parentes em qualquer parte do Brasil. Em outras palavras, queremos dizer que o Wélton Suruí, definitivamente não representa nenhum perigo para a sociedade, conforme alega seus acusadores.
O fato mesmo é que o Wélton está sendo perseguido e processado simplesmente por está à frente do seu povo defendendo os direitos da sua comunidade, negados e negligenciados historicamente pelo Estado Brasileiro, onde nem a Justiça Federal, a Polícia Federal e o MPF fazem absolutamente nada para punir o Serviço Especial de Saúde Indígena (SESAI) pelos crimes de negligência, descaso e abandono no que se refere ao atendimento de saúde para a comunidade do jovem líder. Enquanto os desmandos de certos diretores da SESAI continuam, torna-se perceptível que os verdadeiros problemas e reivindicações dos povos indígenas são omitidos enquanto que a criminalização é imposta como uma forma de intimidação.
Há anos que a comunidade Suruí da Aldeia Itahy reivindica junto à SESAI e aos demais órgãos de justiça à construção de um posto de saúde, a contratação de um técnico de enfermagem, o envio de medicamentos, bem como outros serviços de saúde e, só recebem promessas e informações que procedimentos administrativos e jurídicos foram abertos para apurar os casos.
Enquanto isso, quem sofre com a falta desse serviço são os membros da comunidade Suruí, não as autoridades competentes e, muito menos, os servidores e dirigentes da Sesai na região.
Portanto, ressaltamos que o companheiro Wélton definitivamente não é culpado dos supostos crimes que a SESAI alega que ele cometeu, mas sim, vítima de um perverso processo de omissão, negligencia e descaso do Governo Brasileiro para com os direitos dos povos indígenas do Brasil. É claro para todos que a política de atendimento à saúde indígena é precária e continua matando centenas de crianças no Brasil a fora e mais uma vez, e o Estado não toma providência alguma para mudar essa realidade.
Sendo assim, gostaríamos de chamar a atenção da sociedade, afirmando que, a prisão e os processos jurídicos contra o Wélton Suruí repetem práticas que acontecem por todo país, que perpassa pela Criminalização dos Povos Indígenas e a Criminalização de todos aqueles que lutam e defendem os direitos do povo. Por isso, REPUDIAMOS novamente a decisão do juiz da 2o Vara Federal de Marabá, o Excelentíssimo Dr. Heitor Moura Gomes, exigimos que a justiça seja feita e, os verdadeiros responsáveis sejam punidos e processados.
ASSINAM ABAIXO ESTA NOTA SEGUINTES ORGANIZAÇÕES:
Cajueiro - Centro de Formação, Assessoria e pesquisa em Juventude
Cartografia Social do Sul e Sudeste do Pará / NCSA
Comissão Pastoral da Terra - Regional Norte 2
Comunidades Eclesiais de Base - CEB's
Conselho Indigenista Missionário - Regional Norte 2
Consulta Popular - Pará
Coordenação do Curso Técnico em Agroecologia Integrado ao Ensino Médio dos Povos Indígenas do Sudeste Paraense - do Campus Rural de Marabá CRMB/IFPA
Diretório Acadêmicos dos Estudantes da UEPA/Marabá - DA/UEPA Marabá
Diretório Central do Estudante da UNIFESSPA - DCE/Unifesspa
Estudantes do Curso Técnico em Agroecologia Integrado ao Ensino Médio dos Povos Indígenas do Sudeste Paraense - do Campus Rural de Marabá CRMB/IFPA
Fórum Regional de Educação do Campo
Levante Popular da Juventude - LPJ
Movimento Debate e Ação
Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra - MST
Movimento Nacional pela Soberania Popular frente à Mineração - MAM
Movimento dos Atingidos por Barragem - MAB
Pastoral da Juventude - Regional Norte 2
Pastorais Sociais - Diocese de Marabá
Sindicato dos Professores da UNIFESSPA - SINDIUNIFESSPA
ASSINAM ESTA NOTA OS POVOS INDÍGENAS:
Aikanã
Apañjekra Canela
Apinajé
Apurinã
Bororo
Gavião
Guajajara e Awa Guajá
Guarani
Guarani Kaiowá
Ikpeng
Irantxe
Kaingang
Kampa
Karajá
Karajá Xambioá
Karitiana
Kaxarari
Kaxixó
Kayabi
Kinikinawa
Krahô
Krahô-Kanela
Krikati
Kulina
Munduruku
Myky
Nikini
Oro Waram
Oro Waran Xijein
Pataxó Hã-Hã-Hãe
Purubora
Suruí
Tapirapé
Tapuia
Tembé
Terena
Tupinambá Pataxó
Xakriabá
Xerente
Yanomami
http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&action=read&id=7821
Quem conhece sabe que o jovem líder indígena é um homem trabalhador, pai de três filhos, honesto, lutador, defensor dos direitos do seu povo, além de muito conhecido e respeitado na sua região. É profundamente comprometido com o bem comum e a segurança da sua comunidade. Wélton Suruí é uma liderança indígena que sempre primou pelo diálogo entre os órgãos do estado e todas as comunidades atingidas pela implantação dos grandes projetos nessa parte da Amazônia, sobretudo, promovendo um sério debate em torno do direito da consulta prévia, livre e informada dos povos indígenas com relação à implantação arbitrária e desrespeitosa de empreendimentos de mineração no entorno dos territórios indígenas. É verdadeiramente um jovem com espírito coletivo, que está sempre solidário com a luta dos seus parentes em qualquer parte do Brasil. Em outras palavras, queremos dizer que o Wélton Suruí, definitivamente não representa nenhum perigo para a sociedade, conforme alega seus acusadores.
O fato mesmo é que o Wélton está sendo perseguido e processado simplesmente por está à frente do seu povo defendendo os direitos da sua comunidade, negados e negligenciados historicamente pelo Estado Brasileiro, onde nem a Justiça Federal, a Polícia Federal e o MPF fazem absolutamente nada para punir o Serviço Especial de Saúde Indígena (SESAI) pelos crimes de negligência, descaso e abandono no que se refere ao atendimento de saúde para a comunidade do jovem líder. Enquanto os desmandos de certos diretores da SESAI continuam, torna-se perceptível que os verdadeiros problemas e reivindicações dos povos indígenas são omitidos enquanto que a criminalização é imposta como uma forma de intimidação.
Há anos que a comunidade Suruí da Aldeia Itahy reivindica junto à SESAI e aos demais órgãos de justiça à construção de um posto de saúde, a contratação de um técnico de enfermagem, o envio de medicamentos, bem como outros serviços de saúde e, só recebem promessas e informações que procedimentos administrativos e jurídicos foram abertos para apurar os casos.
Enquanto isso, quem sofre com a falta desse serviço são os membros da comunidade Suruí, não as autoridades competentes e, muito menos, os servidores e dirigentes da Sesai na região.
Portanto, ressaltamos que o companheiro Wélton definitivamente não é culpado dos supostos crimes que a SESAI alega que ele cometeu, mas sim, vítima de um perverso processo de omissão, negligencia e descaso do Governo Brasileiro para com os direitos dos povos indígenas do Brasil. É claro para todos que a política de atendimento à saúde indígena é precária e continua matando centenas de crianças no Brasil a fora e mais uma vez, e o Estado não toma providência alguma para mudar essa realidade.
Sendo assim, gostaríamos de chamar a atenção da sociedade, afirmando que, a prisão e os processos jurídicos contra o Wélton Suruí repetem práticas que acontecem por todo país, que perpassa pela Criminalização dos Povos Indígenas e a Criminalização de todos aqueles que lutam e defendem os direitos do povo. Por isso, REPUDIAMOS novamente a decisão do juiz da 2o Vara Federal de Marabá, o Excelentíssimo Dr. Heitor Moura Gomes, exigimos que a justiça seja feita e, os verdadeiros responsáveis sejam punidos e processados.
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