De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Parecis fazem coleta de sangue
28/01/2004
Autor: Márcia Oliveira
Fonte: Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Uma coleta de sangue massiva na comunidade de índios Pareci, de Tangará da Serra, será feita pela Coordenação de DST/Aids.
Exame pode detectar se os índios foram infectados com vírus HIV
Uma coleta de sangue massiva na comunidade de índios Pareci, da aldeia Rio Verde, em Tangará da Serra, a 239 quilômetros de Cuiabá, será feita na próxima semana pela Coordenação de DST/Aids local, com ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai). A intenção é de precisar com exatidão se houve um amplo contágio na população, formada por 80 índios. Até o momento, existe suspeita em torno de três deles.
Na semana passada uma prostituta, portadora do vírus HIV, foi retirada da aldeia, onde ficou uma semana este ano. Porém, ela afirma que passou todo o final de 2003 na Rio Verde, onde manteve relações sexuais sem preservativo.
Segundo a médica do DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Tangará da Serra (SMS), Elicene Bambarém, a equipe trabalha com a possibilidade dos índios terem vergonha de contar que estiveram com a prostituta. "Como não dá para saber se foram só os três que ficaram com ela, e para que não haja coação ou intimidação, faremos a coleta como numa campanha", afirmou.
Entres os índios que admitiram a relação, dois são casados e, ontem, um casal esteve em Tangará da Serra para fazer a primeira coleta. Segundo Elicene, no caso desses índios não foi possível ministrar imediatamente o coquetel de tratamento, que pode até eliminar o vírus. O procedimento é feito apenas nos caso em que o contato entre portador e possível receptor tenha ocorrido em poucas horas. "O ideal é aplicar até duas horas depois do contato e no máximo em 24 horas. Fora disso, se houver o contágio, será para a vida toda", explicou a médica.
Elicene esclarece que nem todo mundo é contaminado numa relação, pois vários são os fatores que influenciariam no contágio. Entre eles está o existência de fissuras e ferimentos na pele do possível receptor. "Além do nível de carga viral da transmissora, existem fatores que influenciam conjuntamente, um deles é ter qualquer ferimento ou abertura para a corrente sanguínea. Isso quer dizer que nem todo mundo que mantém relação com um portador do vírus é infectado", afirmou. A médica do DST/Aids lembra que a detecção do vírus em exame é possível, geralmente, de três a quatro semanas após o contato. No caso dos índios será feita uma primeira coleta e posteriormente todos serão acompanhados pela SMS e pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que desde 1999 é responsável pela saúde do índio. "Em caso de detecção, eles serão acompanhados por nós a vida inteira, como qualquer outra pessoa que tem o vírus, pois Aids não tem cura. Tem como prevenir. E a prevenção se faz com uso de camisinha. No caso dessa menina, bonita e saudável, só dá para saber que ela tem o vírus se ela contar", analisou a médica. A Justiça determinou que além de um exame médico para descobrir se a garota tem problemas mentais, seja feito um para saber se ela está grávida. "Ela conta que sua última menstruação veio no ano passado e que está grávida. Para dirimir essas dúvidas, o teste será feito hoje", contou Rosani Maria Conte, da SMS.
Exame pode detectar se os índios foram infectados com vírus HIV
Uma coleta de sangue massiva na comunidade de índios Pareci, da aldeia Rio Verde, em Tangará da Serra, a 239 quilômetros de Cuiabá, será feita na próxima semana pela Coordenação de DST/Aids local, com ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai). A intenção é de precisar com exatidão se houve um amplo contágio na população, formada por 80 índios. Até o momento, existe suspeita em torno de três deles.
Na semana passada uma prostituta, portadora do vírus HIV, foi retirada da aldeia, onde ficou uma semana este ano. Porém, ela afirma que passou todo o final de 2003 na Rio Verde, onde manteve relações sexuais sem preservativo.
Segundo a médica do DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Tangará da Serra (SMS), Elicene Bambarém, a equipe trabalha com a possibilidade dos índios terem vergonha de contar que estiveram com a prostituta. "Como não dá para saber se foram só os três que ficaram com ela, e para que não haja coação ou intimidação, faremos a coleta como numa campanha", afirmou.
Entres os índios que admitiram a relação, dois são casados e, ontem, um casal esteve em Tangará da Serra para fazer a primeira coleta. Segundo Elicene, no caso desses índios não foi possível ministrar imediatamente o coquetel de tratamento, que pode até eliminar o vírus. O procedimento é feito apenas nos caso em que o contato entre portador e possível receptor tenha ocorrido em poucas horas. "O ideal é aplicar até duas horas depois do contato e no máximo em 24 horas. Fora disso, se houver o contágio, será para a vida toda", explicou a médica.
Elicene esclarece que nem todo mundo é contaminado numa relação, pois vários são os fatores que influenciariam no contágio. Entre eles está o existência de fissuras e ferimentos na pele do possível receptor. "Além do nível de carga viral da transmissora, existem fatores que influenciam conjuntamente, um deles é ter qualquer ferimento ou abertura para a corrente sanguínea. Isso quer dizer que nem todo mundo que mantém relação com um portador do vírus é infectado", afirmou. A médica do DST/Aids lembra que a detecção do vírus em exame é possível, geralmente, de três a quatro semanas após o contato. No caso dos índios será feita uma primeira coleta e posteriormente todos serão acompanhados pela SMS e pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que desde 1999 é responsável pela saúde do índio. "Em caso de detecção, eles serão acompanhados por nós a vida inteira, como qualquer outra pessoa que tem o vírus, pois Aids não tem cura. Tem como prevenir. E a prevenção se faz com uso de camisinha. No caso dessa menina, bonita e saudável, só dá para saber que ela tem o vírus se ela contar", analisou a médica. A Justiça determinou que além de um exame médico para descobrir se a garota tem problemas mentais, seja feito um para saber se ela está grávida. "Ela conta que sua última menstruação veio no ano passado e que está grávida. Para dirimir essas dúvidas, o teste será feito hoje", contou Rosani Maria Conte, da SMS.
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