De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Xavantes ameaçam linchar preso que teria matado um índio
26/03/2004
Fonte: O Popular-Goiânia-GO
O protético Carlos José Correia Leite, de 35 anos, teve de ser transferido às pressas da cadeia de Iporá para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) em Goiânia, pois corria risco de ser linchado pelos índios xavantes de uma aldeia de Barra do Garças (MT). Carlos é o principal suspeito do assassinato do xavante Fabiano da Silva, 19, o Indinho, que teve o corpo esquartejado e jogado no Rio Araguaia.
Até agora foram encontradas apenas partes dos braços e das pernas da vítima, que estava desaparecida desde o dia 6 deste mês. O suspeito teve a prisão temporária decretada pela Justiça e estava preso na cadeia de Aragarças, de onde foi levado para Iporá.
Carlos José já foi indiciado por homicídio doloso contra José Francisco Teixeira Domingues da Silva, 47, o Carioca, que morreu afogado após o naufrágio do barco pilotado pelo suspeito. Pelo que apurou a Polícia Civil de Aragarças, a 427 quilômetros de Goiânia, no dia 6 deste mês Carlos teria convidado Indinho e Carioca para passear de barco no Rio Araguaia. Ao fazer manobras bruscas, o barco acabou afundando. Só Fabiano e o piloto foram resgatados das águas.
Testemunhas disseram que o xavante começou a discutir com o protético, culpando-o pela morte do amigo José Francisco. A delegada Azuen Magda Albavello afirma que está atrás de duas testemunhas-chave para esclarecer o mistério que envolve a morte do índio. "Até o final da semana que vem esperamos encerrar o inquérito ouvindo essas testemunhas. Uma delas teria presenciado a cena do crime", explica, acrescentando que os nomes são mantidos em sigilo para evitar qualquer tipo de represália.
Sem cabeça
O corpo de José Francisco foi encontrado no dia 9 deste mês, a 15 quilômetros da Praia Quarto Crescente, assim que as águas do rio baixaram. Ao lado do cadáver estavam partes de pernas e braços que depois a polícia descobriu serem de Indinho. A cabeça e o tronco continuam desaparecidos. O corpo e as partes do outro cadáver foram levados para o Instituto Médico-Legal de Iporá. Para identificar a outra vítima, a polícia solicitou a ficha de registro de Fabiano à polícia do Mato Grosso e confrontou com as impressões retiradas da mão direita do xavante.
Carlos José contou uma versão que não convenceu a polícia. Ele disse que teria sido vítima de tentativa de assalto praticada por Fabiano e José Francisco. No depoimento, ele alegou que foi obrigado a entrar em seu barco na companhia dos assaltantes e sair. No percurso, conta que fez uma manobra radical para atirar os dois fora da embarcação. A história caiu por terra depois que testemunhas afirmaram ter visto o protético convidando as vítimas para dar voltas no rio.
A morte do índio provocou a ira dos xavantes, que ameaçaram invadir a cadeia de Aragarças. Por isso, Azuen Magda decidiu transferi-lo para Iporá. Diante de nova ameaça de linchamento, Carlos José foi recambiado para a Deic. "Os índios estão revoltados e quase todos os dias comparecem à delegacia para saber como andam as investigações", diz Magda.
Até agora foram encontradas apenas partes dos braços e das pernas da vítima, que estava desaparecida desde o dia 6 deste mês. O suspeito teve a prisão temporária decretada pela Justiça e estava preso na cadeia de Aragarças, de onde foi levado para Iporá.
Carlos José já foi indiciado por homicídio doloso contra José Francisco Teixeira Domingues da Silva, 47, o Carioca, que morreu afogado após o naufrágio do barco pilotado pelo suspeito. Pelo que apurou a Polícia Civil de Aragarças, a 427 quilômetros de Goiânia, no dia 6 deste mês Carlos teria convidado Indinho e Carioca para passear de barco no Rio Araguaia. Ao fazer manobras bruscas, o barco acabou afundando. Só Fabiano e o piloto foram resgatados das águas.
Testemunhas disseram que o xavante começou a discutir com o protético, culpando-o pela morte do amigo José Francisco. A delegada Azuen Magda Albavello afirma que está atrás de duas testemunhas-chave para esclarecer o mistério que envolve a morte do índio. "Até o final da semana que vem esperamos encerrar o inquérito ouvindo essas testemunhas. Uma delas teria presenciado a cena do crime", explica, acrescentando que os nomes são mantidos em sigilo para evitar qualquer tipo de represália.
Sem cabeça
O corpo de José Francisco foi encontrado no dia 9 deste mês, a 15 quilômetros da Praia Quarto Crescente, assim que as águas do rio baixaram. Ao lado do cadáver estavam partes de pernas e braços que depois a polícia descobriu serem de Indinho. A cabeça e o tronco continuam desaparecidos. O corpo e as partes do outro cadáver foram levados para o Instituto Médico-Legal de Iporá. Para identificar a outra vítima, a polícia solicitou a ficha de registro de Fabiano à polícia do Mato Grosso e confrontou com as impressões retiradas da mão direita do xavante.
Carlos José contou uma versão que não convenceu a polícia. Ele disse que teria sido vítima de tentativa de assalto praticada por Fabiano e José Francisco. No depoimento, ele alegou que foi obrigado a entrar em seu barco na companhia dos assaltantes e sair. No percurso, conta que fez uma manobra radical para atirar os dois fora da embarcação. A história caiu por terra depois que testemunhas afirmaram ter visto o protético convidando as vítimas para dar voltas no rio.
A morte do índio provocou a ira dos xavantes, que ameaçaram invadir a cadeia de Aragarças. Por isso, Azuen Magda decidiu transferi-lo para Iporá. Diante de nova ameaça de linchamento, Carlos José foi recambiado para a Deic. "Os índios estão revoltados e quase todos os dias comparecem à delegacia para saber como andam as investigações", diz Magda.
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