De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Obras da usina de Belo Monte são retomadas
29/08/2012
Fonte: O Globo, Economia, p. 26
Obras da usina de Belo Monte são retomadas
STF libera construção, mas empresa ainda espera aval de Ibama e Funai para escavações
SÃO PAULO As obras da usina hidrelétrica de Belo Monte foram retomadas ontem, após o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar as atividades de construção, em liminar concedida na noite de anteontem. A Norte Energia, responsável pela construção e pela operação da usina, afirmou que a paralisação não afetou o cronograma da obra, mas que ainda depende de autorizações para realizar escavações e não perder o período de menos chuvas na região. Faltam as autorizações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
- Nessa época que não chove lá, um dia parado é uma perda enorme. Temos que correr para tirar o atraso - ressaltou o diretor de Construção da empresa Norte Energia, Antônio Kelson Filho, à agência de notícias Reuters, ontem.
Segundo o diretor, não houve impacto no cronograma e a previsão de entrada em operação da usina em fevereiro de 2015 está mantida. Ele disse, ainda, que a empresa teve uma despesa de R$ 12 milhões por dia em que a obra ficou parada. Esse valor seria referente aos custos para manter os trabalhadores, remover e realocar equipamentos, entre outros.
- O que temos que atacar agora com muito afinco são as escavações da casa de força e do vertedouro no sítio Pimental. Estamos aguardando a autorização do Ibama e da Funai. Esperamos que saiam nesta semana - disse.
Entre 80% e 90% dos trabalhadores compareceram às unidades de obras na manhã de ontem, segundo o Consórcio Construtor Belo Monte, que coordena as obras civis da usina. Atualmente, há cerca de 13 mil trabalhadores na construção.
As atividades estavam suspensas desde o dia 23, quando a Norte Energia foi notificada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que determinou a paralisação das obras por entender que o Congresso Nacional não realizara consulta prévia às comunidades indígenas da região antes de aprovar o projeto da usina.
Usina é alvo frequente de protestos
A usina hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no Rio Xingu, no estado do Pará, e terá 11,2 mil megawatts (MW) de potência quando for concluída. A usina é alvo de protestos de indígenas, grupos socioambientais e Ministério Público, diante dos impactos que causará na região onde está sendo construída, e já foi paralisada por greves e manifestações de grupos indígenas neste ano.
Entre os acionistas da Norte Energia, estão Eletrobras e suas subsidiárias (com 49,9% de participação), Neoenergia (10%), Cemig e Light (9,77%), além dos fundos de previdência Petros (10%) e Funcef (5%).
O Globo, 29/08/2012, Economia, p. 26
STF libera construção, mas empresa ainda espera aval de Ibama e Funai para escavações
SÃO PAULO As obras da usina hidrelétrica de Belo Monte foram retomadas ontem, após o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar as atividades de construção, em liminar concedida na noite de anteontem. A Norte Energia, responsável pela construção e pela operação da usina, afirmou que a paralisação não afetou o cronograma da obra, mas que ainda depende de autorizações para realizar escavações e não perder o período de menos chuvas na região. Faltam as autorizações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
- Nessa época que não chove lá, um dia parado é uma perda enorme. Temos que correr para tirar o atraso - ressaltou o diretor de Construção da empresa Norte Energia, Antônio Kelson Filho, à agência de notícias Reuters, ontem.
Segundo o diretor, não houve impacto no cronograma e a previsão de entrada em operação da usina em fevereiro de 2015 está mantida. Ele disse, ainda, que a empresa teve uma despesa de R$ 12 milhões por dia em que a obra ficou parada. Esse valor seria referente aos custos para manter os trabalhadores, remover e realocar equipamentos, entre outros.
- O que temos que atacar agora com muito afinco são as escavações da casa de força e do vertedouro no sítio Pimental. Estamos aguardando a autorização do Ibama e da Funai. Esperamos que saiam nesta semana - disse.
Entre 80% e 90% dos trabalhadores compareceram às unidades de obras na manhã de ontem, segundo o Consórcio Construtor Belo Monte, que coordena as obras civis da usina. Atualmente, há cerca de 13 mil trabalhadores na construção.
As atividades estavam suspensas desde o dia 23, quando a Norte Energia foi notificada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que determinou a paralisação das obras por entender que o Congresso Nacional não realizara consulta prévia às comunidades indígenas da região antes de aprovar o projeto da usina.
Usina é alvo frequente de protestos
A usina hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no Rio Xingu, no estado do Pará, e terá 11,2 mil megawatts (MW) de potência quando for concluída. A usina é alvo de protestos de indígenas, grupos socioambientais e Ministério Público, diante dos impactos que causará na região onde está sendo construída, e já foi paralisada por greves e manifestações de grupos indígenas neste ano.
Entre os acionistas da Norte Energia, estão Eletrobras e suas subsidiárias (com 49,9% de participação), Neoenergia (10%), Cemig e Light (9,77%), além dos fundos de previdência Petros (10%) e Funcef (5%).
O Globo, 29/08/2012, Economia, p. 26
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