De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Índios evitam tomar água do rio com medo da contaminação
13/02/2014
Fonte: Jornal Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
Outro inimigo, pouco perceptível a olho nu, é a contaminação do rio pelo mercúrio ou "azougue", como é conhecido na gíria garimpeira. Os indígenas da região já sentiram na pele o efeito do consumo do metal, que em curto prazo, causa a diarreia, mas pode chegar a causar problemas mais graves e até a morte. Por isso, os indígenas evitam, ao máximo, tomar a água do rio e se valem dos igarapés da região para ter hidratação.
No entanto, nos períodos de seca, quando os igarapés ficam secos, não há outra saída para eles. "Só se o igarapé secar é que leva a gente a tomar água do rio. Mas a gente o evita, principalmente as crianças, porque faz mal", disse um indígena Yekuana, da comunidade de Waikás, onde vivem cerca de 150 indígenas.
O metal é largamente utilizado no processo de separação do ouro, presente na forma de pó na lama extraída pelos garimpeiros. A adição do mercúrio a essa lama dá origem a um amálgama de ouro, que é aquecido pelos garimpeiros com um maçarico, até que ocorra a evaporação completa do mercúrio e, consequentemente, a obtenção do ouro.
Os vapores de mercúrio produzidos nesse processo, bem como os restos do mercúrio presentes na lama impregnada desse metal, provocam sérios problemas ambientais, entre os quais a contaminação das águas das chuvas e dos rios das áreas onde se desenvolvem os trabalhos de garimpo.
A intoxicação humana ocorre pela ingestão da água ou consumo de peixes contaminados. A taxa média aceitável de mercúrio é da ordem de 0,4 ppm (partes por milhão), mas ainda não há estudos sobre esta taxa na região do Uraricoera. No entanto, já houve pesquisas na região amazônica em que foram encontrados peixes com valores duzentas vezes superiores ao aceitável.
Um dos mais dramáticos desastres ocorridos no mundo por causa da contaminação aconteceu no Japão, quando a população de uma cidade consumiu, durante um longo período, grande quantidade de peixes contaminados por mercúrio, o que provocou um mal que afeta o sistema nervoso central. A chamada Doença de Minamata (nome da cidade japonesa) já levou à morte centenas de pessoas e provocou lesões irreversíveis em habitantes da região.
http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=165660
No entanto, nos períodos de seca, quando os igarapés ficam secos, não há outra saída para eles. "Só se o igarapé secar é que leva a gente a tomar água do rio. Mas a gente o evita, principalmente as crianças, porque faz mal", disse um indígena Yekuana, da comunidade de Waikás, onde vivem cerca de 150 indígenas.
O metal é largamente utilizado no processo de separação do ouro, presente na forma de pó na lama extraída pelos garimpeiros. A adição do mercúrio a essa lama dá origem a um amálgama de ouro, que é aquecido pelos garimpeiros com um maçarico, até que ocorra a evaporação completa do mercúrio e, consequentemente, a obtenção do ouro.
Os vapores de mercúrio produzidos nesse processo, bem como os restos do mercúrio presentes na lama impregnada desse metal, provocam sérios problemas ambientais, entre os quais a contaminação das águas das chuvas e dos rios das áreas onde se desenvolvem os trabalhos de garimpo.
A intoxicação humana ocorre pela ingestão da água ou consumo de peixes contaminados. A taxa média aceitável de mercúrio é da ordem de 0,4 ppm (partes por milhão), mas ainda não há estudos sobre esta taxa na região do Uraricoera. No entanto, já houve pesquisas na região amazônica em que foram encontrados peixes com valores duzentas vezes superiores ao aceitável.
Um dos mais dramáticos desastres ocorridos no mundo por causa da contaminação aconteceu no Japão, quando a população de uma cidade consumiu, durante um longo período, grande quantidade de peixes contaminados por mercúrio, o que provocou um mal que afeta o sistema nervoso central. A chamada Doença de Minamata (nome da cidade japonesa) já levou à morte centenas de pessoas e provocou lesões irreversíveis em habitantes da região.
http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=165660
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