De Povos Indígenas no Brasil
A versão imprimível não é mais suportada e pode ter erros de renderização. Atualize os favoritos do seu navegador e use a função de impressão padrão do navegador.
Notícias
Renato Soares fotografa as 300 etnias do país: "É preciso registrar os sorrisos"
04/10/2016
Fonte: De Olho nos Ruralistas- http://outraspalavras.net/deolhonosruralistas
Com 30 anos de profissão, Renato Soares se propôs a fazer um trabalho hercúleo: registrar as 305 etnias indígenas do Brasil. Em entrevista ao De Olho nos Ruralistas, o fotógrafo conta que já interagiu com 60 delas. O projeto "Ameríndios do Brasil" ainda vai longe, portanto. E sem patrocínio nenhum. Soares vive da venda de fotos, principalmente para livros didáticos. É muito provável que o leitor já tenha visto alguma foto dele.
Há uma opção política no projeto: a de reverter parte da verba obtida com venda de fotos para os próprios indígenas. Essa decisão vem de longe, desde quando o fotógrafo conviveu com o sertanista Orlando Villas Boas. Hoje essa prática é comum, por exemplo, no mercado de livros didáticos. "Desde menino tenho fascínio pela cultura indígena", afirma Soares. "O Brasil não conhece seus povos".
E há uma opção estética: a de não retratar os moradores das aldeias apenas em situações de miséria ou tristeza. Por isso ele gosta de fotografar sorrisos. "Boa parte das fotografias que eu via era de índio triste. E percebi que eles sorriem muito mais que nós. Sempre brincando, flanando nesse universo dos sorrisos. Eles simplesmente gostam de brincar com a vida. Alguns sorriem com os olhos, outros às gargalhadas".
Isso não significa tapar os olhos aos problemas. Soares conta que, no caminho de São Paulo para Bonito (MS), há muitos Guarani Kaiowá acampados na estrada. Mas as pessoas não veem. Uma família mora há 42 anos nas ruínas de um antigo matadouro. "Foram tirados das terras. Colocaram gado. Não tinham para onde ir. E vivem lá numa condição que... não precisa nem comentar. E mesmo assim ainda têm um sorriso no rosto".
http://outraspalavras.net/deolhonosruralistas/2016/10/04/renato-soares-fotografa-as-300-etnias-do-pais-e-preciso-registrar-os-sorrisos-2/
Há uma opção política no projeto: a de reverter parte da verba obtida com venda de fotos para os próprios indígenas. Essa decisão vem de longe, desde quando o fotógrafo conviveu com o sertanista Orlando Villas Boas. Hoje essa prática é comum, por exemplo, no mercado de livros didáticos. "Desde menino tenho fascínio pela cultura indígena", afirma Soares. "O Brasil não conhece seus povos".
E há uma opção estética: a de não retratar os moradores das aldeias apenas em situações de miséria ou tristeza. Por isso ele gosta de fotografar sorrisos. "Boa parte das fotografias que eu via era de índio triste. E percebi que eles sorriem muito mais que nós. Sempre brincando, flanando nesse universo dos sorrisos. Eles simplesmente gostam de brincar com a vida. Alguns sorriem com os olhos, outros às gargalhadas".
Isso não significa tapar os olhos aos problemas. Soares conta que, no caminho de São Paulo para Bonito (MS), há muitos Guarani Kaiowá acampados na estrada. Mas as pessoas não veem. Uma família mora há 42 anos nas ruínas de um antigo matadouro. "Foram tirados das terras. Colocaram gado. Não tinham para onde ir. E vivem lá numa condição que... não precisa nem comentar. E mesmo assim ainda têm um sorriso no rosto".
http://outraspalavras.net/deolhonosruralistas/2016/10/04/renato-soares-fotografa-as-300-etnias-do-pais-e-preciso-registrar-os-sorrisos-2/
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.