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Indígenas na Seduc-PA cobram presença de Lula após reunião sem acordo
29/01/2025
Autor: Jadson Lima
Fonte: Agencia Cenarium - https://agenciacenarium.com.br
MANAUS (AM) - Após saírem da reunião com o governo do Estado do Pará sem alcançar um acordo, lideranças indígenas declararam nesta quarta-feira, 29, que vão passar a cobrar a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no local onde eles se manifestam desde o dia 14 de janeiro.
Os povos originários de diferentes partes do Estado ocupam uma área da Secretaria de Educação do Pará (Seduc-PA), em Belém, em protesto contra a Lei 10.820/2024, que alterou o Sistema Modular de Ensino (Some).
As lideranças também ressaltaram que o governador Helder Barbalho (MDB), que recebeu uma comitiva nessa terça-feira, 28, para discutir um acordo, não atendeu às solicitações do movimento. Entre as reivindicações estão a revogação imediata da lei que afeta a educação indígena, além da exoneração do atual titular da pasta da Educação no Estado, Rossieli Soares.
"Agora a gente está com uma outra ideia. Já que a ministra Sonia Guajajara [dos Povos Originários] veio aqui ter essa conversa com o governador [Helder Barbalho] e com os povos indígenas, mas como eles não conseguem resolver o nosso problema, porque falaram tanto que era problema do governador aqui, agora a gente quer [a presença do] presidente Lula e o Ministério da Educação para resolver o nosso problema", disse Alessandra Munduruku.
Durante uma coletiva de imprensa, a liderança Lidiane Borari reiterou que, enquanto não houver segurança jurídica, com a revogação da legislação da Nova Carreira do Magistério, não haverá a desocupação da Seduc-PA. Ela fez uma série de críticas ao governador Helder Barbalho e reiterou que os indígenas não irão ceder.
"Nós não vamos ceder. Como eu falei para ele [Helder Barbalho]: ninguém vai se render. Nós temos os nossos meios de ficar ocupando a Seduc-PA, em uma legítima ocupação, como forma de protesto, porque se todas as categorias e classes sociais se sentem lesionadas por essa medida. Perguntei a ele: 'Por que não revogar a lei? Ele foi questionado [no encontro], mas não foi respondido", disse a liderança.
Borari também destacou que não há previsão para um novo encontro, porque ele não atendeu a principal demanda. A liderança afirmou que, após ser ignorados, o movimento que foi ao encontro das autoridades para tentar solucionar o impasse deixou a reunião antes do término e disse que não haverá COP30 - evento que discute as mudanças climáticas, que deve ocorrer em novembro deste ano na capital paraense.
"A reunião, vale ressaltar, não se teve previsão de novas reuniões, nem de pauta com o governador, porque ele não atendeu a pauta principal e, como fomos ignorados por ele, nós nos retiramos da sala sem a conclusão da reunião. Por isso, não foi encaminhado nada, o que foi pontuado [no encontro] foi que os nossos direitos sejam mantidos, sem prejuízo, além do recado para o Helder [Barbalho]: Se não tiver a revogação, não haverá COP30", frisou a liderança.
https://agenciacenarium.com.br/indigenas-na-seduc-pa-cobram-presenca-de-lula-apos-reuniao-sem-acordo/
Os povos originários de diferentes partes do Estado ocupam uma área da Secretaria de Educação do Pará (Seduc-PA), em Belém, em protesto contra a Lei 10.820/2024, que alterou o Sistema Modular de Ensino (Some).
As lideranças também ressaltaram que o governador Helder Barbalho (MDB), que recebeu uma comitiva nessa terça-feira, 28, para discutir um acordo, não atendeu às solicitações do movimento. Entre as reivindicações estão a revogação imediata da lei que afeta a educação indígena, além da exoneração do atual titular da pasta da Educação no Estado, Rossieli Soares.
"Agora a gente está com uma outra ideia. Já que a ministra Sonia Guajajara [dos Povos Originários] veio aqui ter essa conversa com o governador [Helder Barbalho] e com os povos indígenas, mas como eles não conseguem resolver o nosso problema, porque falaram tanto que era problema do governador aqui, agora a gente quer [a presença do] presidente Lula e o Ministério da Educação para resolver o nosso problema", disse Alessandra Munduruku.
Durante uma coletiva de imprensa, a liderança Lidiane Borari reiterou que, enquanto não houver segurança jurídica, com a revogação da legislação da Nova Carreira do Magistério, não haverá a desocupação da Seduc-PA. Ela fez uma série de críticas ao governador Helder Barbalho e reiterou que os indígenas não irão ceder.
"Nós não vamos ceder. Como eu falei para ele [Helder Barbalho]: ninguém vai se render. Nós temos os nossos meios de ficar ocupando a Seduc-PA, em uma legítima ocupação, como forma de protesto, porque se todas as categorias e classes sociais se sentem lesionadas por essa medida. Perguntei a ele: 'Por que não revogar a lei? Ele foi questionado [no encontro], mas não foi respondido", disse a liderança.
Borari também destacou que não há previsão para um novo encontro, porque ele não atendeu a principal demanda. A liderança afirmou que, após ser ignorados, o movimento que foi ao encontro das autoridades para tentar solucionar o impasse deixou a reunião antes do término e disse que não haverá COP30 - evento que discute as mudanças climáticas, que deve ocorrer em novembro deste ano na capital paraense.
"A reunião, vale ressaltar, não se teve previsão de novas reuniões, nem de pauta com o governador, porque ele não atendeu a pauta principal e, como fomos ignorados por ele, nós nos retiramos da sala sem a conclusão da reunião. Por isso, não foi encaminhado nada, o que foi pontuado [no encontro] foi que os nossos direitos sejam mantidos, sem prejuízo, além do recado para o Helder [Barbalho]: Se não tiver a revogação, não haverá COP30", frisou a liderança.
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