De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Mesmo ameaçada, população indígena cresce
11/08/2001
Autor: SATO, Sandra
Fonte: O Estado de S. Paulo, p. A-13 (São Paulo - SP)
Documentos anexos
Segundo dados do IBGE, há 551.991 índios no País; em 1983, eram 220 mil
Ao contrário dos prognósticos, a população indígena cresceu e já soma 551.991 indivíduos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo informou Benedito Prezia, organizador do livro Outros 500 Construindo uma nova História, lançado ontem pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Em 1983, a estimativa dessa população se reduzia a 220 mil índios. Prezia explica que o número cresceu basicamente porque muitos índios que eram invisíveis para as estatísticas por morarem nas cidades, em áreas de risco, favelas e beira de estradas, foram localizados pelos recenseadores. Apesar da boa notícia, o livro identifica 20 grupos indígenas com risco de extinção, a maioria vive em Rondônia. Os jumas, por exemplo, estão reduzidos a cinco pessoas e vivem misturados aos uru-eu-uau-uaus. Outro grupo com grave risco de extinção é o dos avá-canoeiros - existem apenas seis. O livro observa que outros grupos, como aricapu, ajuru e cujubim, estão passando por processo de miscigenação e desaparecerão como povo. Prezia informa que, nos 500 anos de descobrimento do Brasil, 1.477 povos indígenas desapareceram. Foram vítimas de doenças, remoções e invasões de territórios, problemas atuais na avaliação de Prezia, principalmente por causa da construção de usinas para o abastecimento de energia elétrica no País. De acordo com o conselho, 40 grupos poderão ser afetados pela previsão de construção de mais 16 hidrelétricas. Mas o Cimi também registra no livro o ressurgimento de 52 povos, que eram tidos como desaparecidos há 30 anos. E pelos cálculos do conselho existem atualmente 46 grupos arredios, sem contato com o homem branco, que o Cimi prefere chamar de "povos livres". "Eles estão livres de nós", afirma Prezia.
Ao contrário dos prognósticos, a população indígena cresceu e já soma 551.991 indivíduos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo informou Benedito Prezia, organizador do livro Outros 500 Construindo uma nova História, lançado ontem pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Em 1983, a estimativa dessa população se reduzia a 220 mil índios. Prezia explica que o número cresceu basicamente porque muitos índios que eram invisíveis para as estatísticas por morarem nas cidades, em áreas de risco, favelas e beira de estradas, foram localizados pelos recenseadores. Apesar da boa notícia, o livro identifica 20 grupos indígenas com risco de extinção, a maioria vive em Rondônia. Os jumas, por exemplo, estão reduzidos a cinco pessoas e vivem misturados aos uru-eu-uau-uaus. Outro grupo com grave risco de extinção é o dos avá-canoeiros - existem apenas seis. O livro observa que outros grupos, como aricapu, ajuru e cujubim, estão passando por processo de miscigenação e desaparecerão como povo. Prezia informa que, nos 500 anos de descobrimento do Brasil, 1.477 povos indígenas desapareceram. Foram vítimas de doenças, remoções e invasões de territórios, problemas atuais na avaliação de Prezia, principalmente por causa da construção de usinas para o abastecimento de energia elétrica no País. De acordo com o conselho, 40 grupos poderão ser afetados pela previsão de construção de mais 16 hidrelétricas. Mas o Cimi também registra no livro o ressurgimento de 52 povos, que eram tidos como desaparecidos há 30 anos. E pelos cálculos do conselho existem atualmente 46 grupos arredios, sem contato com o homem branco, que o Cimi prefere chamar de "povos livres". "Eles estão livres de nós", afirma Prezia.
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