De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Pedida prisão de cinco índios
12/11/2003
Fonte: A Critica, Ultimas, p.A2
Pedida prisão de cinco índios
Testemunha afirma que filho de cacique dava tiros de misericórdia nos garimpeiros. Relator da ONU chega para acompanhar conflito
Do Diário da Amazônia
Porto Velho - justiça expediu ontem pedido de prisão preventiva de cinco índios Cinta Larga, apontados como autores da chacina na Reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste (600 quilômetros de Porto Velho), ocorrida no dia 20 de outubro, quando foram mortos quatro garimpeiros. São eles: Josimar e Joel, irmãos do líder Pandaré Cinta-Larga; os irmãos Celso e Itinha, filhos do cacique Itá Cinta Larga e Lendro, filho do cacique Nacoça Cinta Larga, índio que comanda a maior aldeia da reserva e quem teria o controle dos diamantes no garimpo Lage.
Os cinco têm até o final da semana para se apresentarem na Comarca de Espigão do Oeste, ou aos delegados Iramar Gonçalves e Raimundo Mendes que presidem o inquérito. "Caso contrário a Polícia Federal será acionada para prendê-los na reserva", diz o mandado de prisão preventiva.
As denúncias feitas pelo garimpeiro Antônio Esmerindo, sobrevivente do massacre ocorrido na reserva e de um ataque no final da semana passada, afirmam que Itinha é o índio Cinta Larga que dava os tiros de misericórdia nos garimpeiros.
ONU
0 relator da Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Jean Pierre Neroy, está sendo esperado em Rondônia na próxima semana para avaliar a situação de conflito entre índios e garimpeiros de diamantes na Reserva Roosevelt. Avaliações feitas na Assembléia Legislativa de Rondônia indicam que mais de R$ 1 bilhão, em diamantes já foram extraídos desse garimpo e saíram ilegalmente do Estado.
Na CPI da Assembléia de Rondônia que investiga essa violência no garimpo foram ouvidos ontem à tarde representantes dos índios e da Fundação Nacional do Índio (Funai). A CPI vai pedir a intervenção do Governo Federal com o objetivo de evitar a saída sem controle do diamente do garimpo.
A assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Maria Cecilia, disse que a matança no garimpo há muito tempo é "coisa corriqueira" pois falam em mortes já ocorridas, " isso não é ação só de índio". Ela afirmou que se declarou favorável ao fechamento da extração do minério.
A Crítica, 12/11/2003, p. A2
Testemunha afirma que filho de cacique dava tiros de misericórdia nos garimpeiros. Relator da ONU chega para acompanhar conflito
Do Diário da Amazônia
Porto Velho - justiça expediu ontem pedido de prisão preventiva de cinco índios Cinta Larga, apontados como autores da chacina na Reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste (600 quilômetros de Porto Velho), ocorrida no dia 20 de outubro, quando foram mortos quatro garimpeiros. São eles: Josimar e Joel, irmãos do líder Pandaré Cinta-Larga; os irmãos Celso e Itinha, filhos do cacique Itá Cinta Larga e Lendro, filho do cacique Nacoça Cinta Larga, índio que comanda a maior aldeia da reserva e quem teria o controle dos diamantes no garimpo Lage.
Os cinco têm até o final da semana para se apresentarem na Comarca de Espigão do Oeste, ou aos delegados Iramar Gonçalves e Raimundo Mendes que presidem o inquérito. "Caso contrário a Polícia Federal será acionada para prendê-los na reserva", diz o mandado de prisão preventiva.
As denúncias feitas pelo garimpeiro Antônio Esmerindo, sobrevivente do massacre ocorrido na reserva e de um ataque no final da semana passada, afirmam que Itinha é o índio Cinta Larga que dava os tiros de misericórdia nos garimpeiros.
ONU
0 relator da Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Jean Pierre Neroy, está sendo esperado em Rondônia na próxima semana para avaliar a situação de conflito entre índios e garimpeiros de diamantes na Reserva Roosevelt. Avaliações feitas na Assembléia Legislativa de Rondônia indicam que mais de R$ 1 bilhão, em diamantes já foram extraídos desse garimpo e saíram ilegalmente do Estado.
Na CPI da Assembléia de Rondônia que investiga essa violência no garimpo foram ouvidos ontem à tarde representantes dos índios e da Fundação Nacional do Índio (Funai). A CPI vai pedir a intervenção do Governo Federal com o objetivo de evitar a saída sem controle do diamente do garimpo.
A assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Maria Cecilia, disse que a matança no garimpo há muito tempo é "coisa corriqueira" pois falam em mortes já ocorridas, " isso não é ação só de índio". Ela afirmou que se declarou favorável ao fechamento da extração do minério.
A Crítica, 12/11/2003, p. A2
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.