De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Povos cobram investimentos em produtos para salvar a floresta
19/09/2007
Fonte: kaxi.com.br
O Brasil precisa valorizar mais os produtos e serviços da floresta para garantir o seu desenvolvimento sustentável e a sua preservação. O recado foi dado para todo o país nesta terça-feira à noite, no Teatro Nacional de Brasília, pelo líder indígena Gecinaldo Sateré-Maué, da Ong Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coaib), durante a abertura do II Encontro Nacional dos Povos das Florestas brasileiras.
O que o líder indígena quis dizer é que o governo e a sociedade brasileira precisam entender que só apoiando projetos de uso múltiplo florestal, a serem executados pelos povos da floresta, será possível preservar a Amazônia e tirar a sua população da miséria e da fome, que já são maiores do que os percentuais apresentados no Nordeste brasileiro (ver matéria nesta Kaxiana).
Além de pedir a valorização dos produtos e serviços da floresta, Sateré-Maué condenou o cultivo de grãos e as obras de infra-estrutura em execução na Amazônia pelo governo e a sociedade. "Além da expansão do cultivo de grãos na Amazônia, existem obras de infra-estrutura que ameaçam o equilíbrio ecológico da região", disse o índio, referindo-se a empreendimentos como as hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia, e de Belo Monte, no Pará.
O líder indígena lembrou casos de abuso e de violência contra os defensores dos direitos dos povos da floresta, como os assassinatos de Chico Mendes, em 1988, e da missionária Dorothy Stang, em 2005. Sateré-Maué também citou o caso do índio Xakriabá Avelino Nunes, espancado por três jovens até a morte na madrugada de domingo, dia 16 de setembro, em Miravânia, no norte de Minas Gerais.
Presente a abertura do encontro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o evento será uma oportunidade de entrar em contato com as reivindicações dos povos da floresta para, juntos, construírem uma proposta de desenvolvimento. "Antes de tudo, esse encontro será um exercício de ouvir e compreender, não apenas para corrigir, mas para prevenir o erro", destacou a ministra.
A ministra do Meio Ambiente citou números para destacar algumas das conquistas do governo, como a ampliação, nos últimos quatro anos, da área destinada a reservas indígenas, que passou de cinco milhões para 10 milhões de hectares. Marina Silva também mencionou o programa de desenvolvimento sustentável para a BR-163, no Pará, e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, lançada no final de abril deste ano.
Reunindo mais de três mil índios, seringueiros, ribeirinhos e outros povos da floresta na capital federal até domingo, dia 23 de setembro, o encontro foi aberto sob gritos de homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988 em Xapuri por defender a floresta contra os desmatamentos e queimadas. Além da Coiab, realizam o encontro as outras duas entidades que fazem parte da Aliança dos Povos da Floresta, que são o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)
No encontro, os povos da floresta pretendem levar suas propostas de desenvolvimento sustentável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vinte anos depois do primeiro encontro, organizado por Chico Mendes em 1987, o segundo encontro vai debater o aquecimento global, a redução da pobreza dos povos tradicionais e as possíveis formas de compensação ambiental das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O coordenador da Coiab, Gecinaldo Sateré-Maué, afirmou que os povos da floresta, como os indígenas, os seringueiros e a população ribeirinha, alcançaram muitas conquistas em duas décadas. "Deixamos de ser folclore para fazer parte da sociedade brasileira como cidadãos", ressaltou.
Entre as conquistas, Sateré-Maué destacou a criação de reservas indígenas e extrativistas, além do reconhecimento dos direitos dos indígenas nos artigos 231 e 232 da Constituição de 1988. A solenidade de lançamento do encontro da relançada Aliança dos Povos da Floresta foi encerrada com uma apresentação do cantor Milton Nascimento, acompanhado da Orquestra Sinfônica de Brasília.
O que o líder indígena quis dizer é que o governo e a sociedade brasileira precisam entender que só apoiando projetos de uso múltiplo florestal, a serem executados pelos povos da floresta, será possível preservar a Amazônia e tirar a sua população da miséria e da fome, que já são maiores do que os percentuais apresentados no Nordeste brasileiro (ver matéria nesta Kaxiana).
Além de pedir a valorização dos produtos e serviços da floresta, Sateré-Maué condenou o cultivo de grãos e as obras de infra-estrutura em execução na Amazônia pelo governo e a sociedade. "Além da expansão do cultivo de grãos na Amazônia, existem obras de infra-estrutura que ameaçam o equilíbrio ecológico da região", disse o índio, referindo-se a empreendimentos como as hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia, e de Belo Monte, no Pará.
O líder indígena lembrou casos de abuso e de violência contra os defensores dos direitos dos povos da floresta, como os assassinatos de Chico Mendes, em 1988, e da missionária Dorothy Stang, em 2005. Sateré-Maué também citou o caso do índio Xakriabá Avelino Nunes, espancado por três jovens até a morte na madrugada de domingo, dia 16 de setembro, em Miravânia, no norte de Minas Gerais.
Presente a abertura do encontro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o evento será uma oportunidade de entrar em contato com as reivindicações dos povos da floresta para, juntos, construírem uma proposta de desenvolvimento. "Antes de tudo, esse encontro será um exercício de ouvir e compreender, não apenas para corrigir, mas para prevenir o erro", destacou a ministra.
A ministra do Meio Ambiente citou números para destacar algumas das conquistas do governo, como a ampliação, nos últimos quatro anos, da área destinada a reservas indígenas, que passou de cinco milhões para 10 milhões de hectares. Marina Silva também mencionou o programa de desenvolvimento sustentável para a BR-163, no Pará, e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, lançada no final de abril deste ano.
Reunindo mais de três mil índios, seringueiros, ribeirinhos e outros povos da floresta na capital federal até domingo, dia 23 de setembro, o encontro foi aberto sob gritos de homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988 em Xapuri por defender a floresta contra os desmatamentos e queimadas. Além da Coiab, realizam o encontro as outras duas entidades que fazem parte da Aliança dos Povos da Floresta, que são o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)
No encontro, os povos da floresta pretendem levar suas propostas de desenvolvimento sustentável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vinte anos depois do primeiro encontro, organizado por Chico Mendes em 1987, o segundo encontro vai debater o aquecimento global, a redução da pobreza dos povos tradicionais e as possíveis formas de compensação ambiental das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O coordenador da Coiab, Gecinaldo Sateré-Maué, afirmou que os povos da floresta, como os indígenas, os seringueiros e a população ribeirinha, alcançaram muitas conquistas em duas décadas. "Deixamos de ser folclore para fazer parte da sociedade brasileira como cidadãos", ressaltou.
Entre as conquistas, Sateré-Maué destacou a criação de reservas indígenas e extrativistas, além do reconhecimento dos direitos dos indígenas nos artigos 231 e 232 da Constituição de 1988. A solenidade de lançamento do encontro da relançada Aliança dos Povos da Floresta foi encerrada com uma apresentação do cantor Milton Nascimento, acompanhado da Orquestra Sinfônica de Brasília.
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