De Povos Indígenas no Brasil
A versão imprimível não é mais suportada e pode ter erros de renderização. Atualize os favoritos do seu navegador e use a função de impressão padrão do navegador.
Notícias
Líder de agricultores é solto e diz que conflito é inevitável em terra indígena de Roraima
02/04/2008
Autor: José Eduardo Rondon
Fonte: Folha Online
O presidente da Associação dos Arrozeiros de Roraima, Paulo César Quartiero, foi solto anteontem pela Polícia Federal e disse que, com a determinação do governo federal de retirar os produtores rurais da terra indígena Raposa/Serra do Sol, "o conflito é inevitável".
A declaração foi dada por telefone à Folha, após o rizicultor deixar o prédio da PF em Boa Vista, onde estava preso.
"Iremos resistir [à retirada]. O que está se plantando é um conflito. Está sendo fabricado um conflito e vai estourar, não tem como não estourar, inevitavelmente", disse ele.
Quartiero foi preso anteontem no interior da terra indígena por, segundo a PF, desacatar um delegado e tentar obstruir os trabalhos de policiais federais na área. Ele foi liberado na noite de anteontem, depois de pagar fiança de R$ 500.
Desde a semana passada, agentes federais de outros Estados desembarcam em Boa Vista para dar início à retirada dos habitantes não-indios que ainda permanecem no interior da terra indígena.
Ontem, mais uma aeronave com agentes federais chegou ao Estado. Segundo a Polícia Federal, em torno de 150 policiais já estão em Roraima.
Em abril de 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que destinou o uso e a posse da terra (área de 1,7 milhão de hectares no nordeste do Estado) aos cerca de 15 mil índios que vivem no local.
O governo federal determinou a retirada dos não-índios do local, entre eles de um grupo de arrozeiros que tem plantações na área.
Tensão
Com a chegada dos agentes à capital do Estado, o clima de tensão aumentou na Raposa/ Serra do Sol.
Uma ponte foi incendiada durante o final de semana por homens não identificados. Ontem, manifestantes bloquearam uma ponte no interior da terra indígena, limitando o acesso à área.
O CIR (Conselho Indígena de Roraima) --ONG favorável à retirada dos arrozeiros da Raposa/Serra do Sol-- informou que "a preocupação aumentou depois que a ponte foi incendiada e destruída".
O assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, José Nagib Lima, disse em Boa Vista que os policiais federais que estão na Raposa/ Serra do Sol realizam trabalho de levantamento de informações na área. A Polícia Federal afirmou que não há uma data definida para que os habitantes não-índios sejam retirados.
Merenda suspensa
A Secretaria da Educação do Estado informou que, "por causa do clima de tensão que se instalou na região, suspendeu temporariamente a distribuição da merenda escolar nos municípios de Uiramutã, Pacaraima e Normandia", que têm parte de seus territórios dentro da terra indígena.
A interrupção, de acordo com a secretaria, ocorreu "para resguardar a segurança dos servidores que fazem o transporte da merenda".
A declaração foi dada por telefone à Folha, após o rizicultor deixar o prédio da PF em Boa Vista, onde estava preso.
"Iremos resistir [à retirada]. O que está se plantando é um conflito. Está sendo fabricado um conflito e vai estourar, não tem como não estourar, inevitavelmente", disse ele.
Quartiero foi preso anteontem no interior da terra indígena por, segundo a PF, desacatar um delegado e tentar obstruir os trabalhos de policiais federais na área. Ele foi liberado na noite de anteontem, depois de pagar fiança de R$ 500.
Desde a semana passada, agentes federais de outros Estados desembarcam em Boa Vista para dar início à retirada dos habitantes não-indios que ainda permanecem no interior da terra indígena.
Ontem, mais uma aeronave com agentes federais chegou ao Estado. Segundo a Polícia Federal, em torno de 150 policiais já estão em Roraima.
Em abril de 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que destinou o uso e a posse da terra (área de 1,7 milhão de hectares no nordeste do Estado) aos cerca de 15 mil índios que vivem no local.
O governo federal determinou a retirada dos não-índios do local, entre eles de um grupo de arrozeiros que tem plantações na área.
Tensão
Com a chegada dos agentes à capital do Estado, o clima de tensão aumentou na Raposa/ Serra do Sol.
Uma ponte foi incendiada durante o final de semana por homens não identificados. Ontem, manifestantes bloquearam uma ponte no interior da terra indígena, limitando o acesso à área.
O CIR (Conselho Indígena de Roraima) --ONG favorável à retirada dos arrozeiros da Raposa/Serra do Sol-- informou que "a preocupação aumentou depois que a ponte foi incendiada e destruída".
O assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, José Nagib Lima, disse em Boa Vista que os policiais federais que estão na Raposa/ Serra do Sol realizam trabalho de levantamento de informações na área. A Polícia Federal afirmou que não há uma data definida para que os habitantes não-índios sejam retirados.
Merenda suspensa
A Secretaria da Educação do Estado informou que, "por causa do clima de tensão que se instalou na região, suspendeu temporariamente a distribuição da merenda escolar nos municípios de Uiramutã, Pacaraima e Normandia", que têm parte de seus territórios dentro da terra indígena.
A interrupção, de acordo com a secretaria, ocorreu "para resguardar a segurança dos servidores que fazem o transporte da merenda".
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.