De Povos Indígenas no Brasil
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Vila Surumu, na reserva Raposa Serra do Sol, é isolada
06/04/2008
Autor: Loide Gomes
Fonte: Agência Estado
Preparando-se para um conflito que se mostra iminente, os manifestantes contrários à desocupação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, isolaram completamente a vila Surumu, a 120 quilômetros de Boa Vista.
Ontem, o grupo liderado pelo rizicultor Paulo César Quartiero fez uma cratera na cabeceira da ponte sobre o Rio Surumu, usando uma retroescavadeira, impossibilitando a passagem de veículos pelo local. O outro acesso já estava bloqueado, depois que a ponte sobre o rio Araçá foi incendiada.
O isolamento de Surumu, epicentro do conflito, não compromete a execução da operação, segundo a Polícia Federal, que tem monitorado cada passo dos manifestantes com grampos nos telefones e nos aparelhos de radiocomunicação utilizados dentro e fora da terra indígena. As escutas, segundo fontes da PF, indicam que o mentor das táticas de guerrilha usadas até agora seria um general do Exército da reserva que comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em Roraima e ajudou a criar o Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), que o Exército mantém em Manaus (AM).
Conforme a assessoria de imprensa do órgão, o planejamento da operação leva em consideração as informações do serviço de inteligência e a destruição das pontes para realizar a ação da forma mais pacífica possível, sem descartar a possibilidade de uso da força, caso seja necessário. A maior preocupação é com os indígenas que apóiam a permanência dos "brancos", que no entendimento da PF estariam sendo usados como escudo. Ferir um deles, transformaria a operação em um desastre.
Chega a Boa Vista amanhã o delegado Fernando Segóvia, que coordena a operação. Até o final da semana, desembarcam o restante dos policiais que completarão o efetivo de 500 homens. A batalha que os não-índios travam para permanecer em menos de 1% dos 1,7 milhão de hectares da terra indígena também ocorre em Brasília, na esfera judicial. Na quinta-feira, um grupo de 14 produtores ingressou com liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspensão da operação.
O argumento, segundo o advogado Valdemar Albrecht, é que se houver a retirada e a conseqüente posse das áreas de produção pelos indígenas, isso comprometerá a perícia judicial requerida em outras vinte ações que tramitam no STF, contestando o valor das indenizações proposto pela Fundação Nacional do Índio (Funai). O pedido está nas mãos do ministro Carlos Ayres Brito.
Ontem, o grupo liderado pelo rizicultor Paulo César Quartiero fez uma cratera na cabeceira da ponte sobre o Rio Surumu, usando uma retroescavadeira, impossibilitando a passagem de veículos pelo local. O outro acesso já estava bloqueado, depois que a ponte sobre o rio Araçá foi incendiada.
O isolamento de Surumu, epicentro do conflito, não compromete a execução da operação, segundo a Polícia Federal, que tem monitorado cada passo dos manifestantes com grampos nos telefones e nos aparelhos de radiocomunicação utilizados dentro e fora da terra indígena. As escutas, segundo fontes da PF, indicam que o mentor das táticas de guerrilha usadas até agora seria um general do Exército da reserva que comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em Roraima e ajudou a criar o Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), que o Exército mantém em Manaus (AM).
Conforme a assessoria de imprensa do órgão, o planejamento da operação leva em consideração as informações do serviço de inteligência e a destruição das pontes para realizar a ação da forma mais pacífica possível, sem descartar a possibilidade de uso da força, caso seja necessário. A maior preocupação é com os indígenas que apóiam a permanência dos "brancos", que no entendimento da PF estariam sendo usados como escudo. Ferir um deles, transformaria a operação em um desastre.
Chega a Boa Vista amanhã o delegado Fernando Segóvia, que coordena a operação. Até o final da semana, desembarcam o restante dos policiais que completarão o efetivo de 500 homens. A batalha que os não-índios travam para permanecer em menos de 1% dos 1,7 milhão de hectares da terra indígena também ocorre em Brasília, na esfera judicial. Na quinta-feira, um grupo de 14 produtores ingressou com liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspensão da operação.
O argumento, segundo o advogado Valdemar Albrecht, é que se houver a retirada e a conseqüente posse das áreas de produção pelos indígenas, isso comprometerá a perícia judicial requerida em outras vinte ações que tramitam no STF, contestando o valor das indenizações proposto pela Fundação Nacional do Índio (Funai). O pedido está nas mãos do ministro Carlos Ayres Brito.
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