De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
UPATAKON 3 - Delegado anuncia prisão de manifestantes
09/04/2008
Autor: Andrezza Trajano
Fonte: Folha de Boa Vista
O delegado Fernando Segóvia, que coordena a Operação Upatakon 3, disse ontem que prepara a prisão dos líderes dos protestos realizados nas últimas semanas na terra indígena Raposa Serra do Sol. "Vou prender toda a quadrilha", afirmou, sem dar detalhes se já teria encaminhado para a Justiça os pedidos de prisão.
Ele avisou ainda que serão presas todas as pessoas envolvidas nas ações de destruição de pontes, bloqueios de estradas, fabricação e arremesso de bombas caseiras, inclusive os indígenas, que na opinião dele estariam sendo usados como escudo.
Para o delegado, as manifestações não passam de "tentativa infantil", uma vez que os protestos, até mesmo o uso de bombas caseiras e dinamite, eram previstos. "Sabendo que os rizicultores têm discurso bélico, já era esperado tudo o que eles estão fazendo", afirmou.
Chegam mais homens da Força Nacional
Quarenta e cinco homens da Força Nacional desembarcaram ontem em Roraima. Os militares vieram de diversas regiões do Brasil. Mais homens ainda são esperados até que o efetivo para atuar na Upatakon 3 esteja completo.
Por questões de segurança, a PF não informa quantos homens vão atuar na operação, no entanto, afirma que a instituição possui 14 mil homens que podem ser mobilizados a qualquer momento, caso exista necessidade.
Índio preso em Pacaraima é acusado de crime contra Segurança Nacional
A Polícia Federal indiciou o indígena David Amaro Conceição por cinco crimes contra a Segurança Nacional (de incitação à ordem pública, dano ao patrimônio público, sabotagem, exposição ao perigo da vida de outrem e ameaça), com base na Lei de Segurança.
Ele foi preso ontem em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, acusado de ter arremessado dois coquetéis molotov contra os prédios da Polícia Federal e da Receita Federal. Além disso, é acusado de ter tentado explodir um carro-bomba.
David Amaro foi indiciado hoje pela manhã e já está na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Segundo o delegado Fernando Segóvia, que coordena a Operação Upatakon 3, mesmo sendo indígena o suspeito não terá nenhum tratamento privilegiado.
Segundo Segóvia, David teria dito em depoimento que praticou o ato a mando de um fazendeiro da região, com a promessa de emprego.
Liderança nega toque de recolher
Uma das lideranças das manifestações realizadas em Pacaraima, Airton Vieira, enviou correspondência para a Folha contestando algumas informações.
Ele disse que a manifestação iniciou por volta das 11h30 de segunda-feira e haveria no local cerca de 300 pessoas, que permaneceram até o final, além de 250 moradores que compareceram em alguns momentos.
Ele nega que tenha o ocorrido "toque de recolher". "O carro de som em nenhum momento mandou os comerciantes fecharem as portas e que, caso contrário, os comércios seriam saqueados", diz o e-mail. "Tampouco mandava os moradores irem para suas casas".
Segundo ele, o texto foi redigido pelas lideranças "apenas convidando as pessoas a participarem do protesto". Ele contesta ainda que haveria ameaça de destruir o prédio da Prefeitura de Pacaraima.
Afirmou que o prédio foi reformado na gestão do rizicultor Paulo César Quartiero. "A quase totalidade da população aguarda o retorno de Quartiero. Ela quererá receber o prefeito em um prédio quebrado?", indagou referindo-se à decisão do Tribunal Superior Eleitoral que o devolveu o cargo de prefeito. Ele ainda não tomou posse.
Ele avisou ainda que serão presas todas as pessoas envolvidas nas ações de destruição de pontes, bloqueios de estradas, fabricação e arremesso de bombas caseiras, inclusive os indígenas, que na opinião dele estariam sendo usados como escudo.
Para o delegado, as manifestações não passam de "tentativa infantil", uma vez que os protestos, até mesmo o uso de bombas caseiras e dinamite, eram previstos. "Sabendo que os rizicultores têm discurso bélico, já era esperado tudo o que eles estão fazendo", afirmou.
Chegam mais homens da Força Nacional
Quarenta e cinco homens da Força Nacional desembarcaram ontem em Roraima. Os militares vieram de diversas regiões do Brasil. Mais homens ainda são esperados até que o efetivo para atuar na Upatakon 3 esteja completo.
Por questões de segurança, a PF não informa quantos homens vão atuar na operação, no entanto, afirma que a instituição possui 14 mil homens que podem ser mobilizados a qualquer momento, caso exista necessidade.
Índio preso em Pacaraima é acusado de crime contra Segurança Nacional
A Polícia Federal indiciou o indígena David Amaro Conceição por cinco crimes contra a Segurança Nacional (de incitação à ordem pública, dano ao patrimônio público, sabotagem, exposição ao perigo da vida de outrem e ameaça), com base na Lei de Segurança.
Ele foi preso ontem em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, acusado de ter arremessado dois coquetéis molotov contra os prédios da Polícia Federal e da Receita Federal. Além disso, é acusado de ter tentado explodir um carro-bomba.
David Amaro foi indiciado hoje pela manhã e já está na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Segundo o delegado Fernando Segóvia, que coordena a Operação Upatakon 3, mesmo sendo indígena o suspeito não terá nenhum tratamento privilegiado.
Segundo Segóvia, David teria dito em depoimento que praticou o ato a mando de um fazendeiro da região, com a promessa de emprego.
Liderança nega toque de recolher
Uma das lideranças das manifestações realizadas em Pacaraima, Airton Vieira, enviou correspondência para a Folha contestando algumas informações.
Ele disse que a manifestação iniciou por volta das 11h30 de segunda-feira e haveria no local cerca de 300 pessoas, que permaneceram até o final, além de 250 moradores que compareceram em alguns momentos.
Ele nega que tenha o ocorrido "toque de recolher". "O carro de som em nenhum momento mandou os comerciantes fecharem as portas e que, caso contrário, os comércios seriam saqueados", diz o e-mail. "Tampouco mandava os moradores irem para suas casas".
Segundo ele, o texto foi redigido pelas lideranças "apenas convidando as pessoas a participarem do protesto". Ele contesta ainda que haveria ameaça de destruir o prédio da Prefeitura de Pacaraima.
Afirmou que o prédio foi reformado na gestão do rizicultor Paulo César Quartiero. "A quase totalidade da população aguarda o retorno de Quartiero. Ela quererá receber o prefeito em um prédio quebrado?", indagou referindo-se à decisão do Tribunal Superior Eleitoral que o devolveu o cargo de prefeito. Ele ainda não tomou posse.
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