De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Raposa Serra do Sol: Terra de Conflito II
09/05/2008
Autor: Marcos Nogueira *
Fonte: Folha de Boa Vista
Assim, como no passado, agora no presente, temos sempre as classes dominantes, detentoras do poder, que se apropriam do discurso que é "muita terra para poucos índios", ou ainda que sem os "rizicultores Roraima não caminhará para o progresso", ou ainda mais, que não comeremos mais o arroz plantado aqui em "nossas terras".
O que mais lamentamos neste embate todo, é a forma de terrorismo que vem sendo praticada e incentivada, até com utilização de táticas de guerrilhas. Além, da cooptação de muitos índios que se declaram contrário a demarcação e favorável aos rizicultores. Com isso, vemos não somente índios, mas também alguns citadinos de Boa Vista, reproduzindo apenas o discurso da classe dominante local ou de políticos, que buscam apenas se beneficiar, tirando proveito deste clima de tensão e terrorismo.
Com isso, não queremos dizer que não se possa ter posicionamento discordante, o que é justo e salutar, pois mesmo na "democracia" burguesa em que vivemos a oposição de idéias é bem vinda. Todavia, é necessário ver os discursos e práticas da classe dominante, até porque, estamos num ano eleitoral.
No entanto, entendemos que este levante de homens e mulheres, poderiam se mobilizar também para reivindicarmos a justiça para todos. A começar cobrando o apoio e incentivo aos pequenos produtores rurais, que são os verdadeiros heróis da resistência, pois vivem esquecidos nos seus lotes nas vicinais.
Temos inúmeras vicinais com lotes vazios, e este fato se deve na sua maioria, por falta de apoio e incentivo, falta de estradas para escoar a produção, além de escolas, energia, entre outros fatores. A agricultura familiar, ou melhor dizendo os pequenos agricultores não recebem a devida atenção, vivem a margem do "desenvolvimento do Estado".
Por tanto, o que desejamos e queremos é o direito e a justiça para todos, sejam índios ou não. Pois segundo Paulo Martinez "o homem contemporâneo já não precisa viver a realidade sob o disfarce das fantasias. Estão ao alcance do homem (...) tanto o conhecimento sobre os fenômenos políticos, como também algumas condições para intervir neles, participar e ser um dos autores do seu próprio destino (grifo meu)" (em O PODER E CIDADANIA, p.7).
Oxalá, possamos ter reinante em nossa sociedade a cultura da paz, do direito e da justiça!
* Acadêmico de História (UFRR) e Filosofia (UERR) - Marcos2201@gmail.com
O que mais lamentamos neste embate todo, é a forma de terrorismo que vem sendo praticada e incentivada, até com utilização de táticas de guerrilhas. Além, da cooptação de muitos índios que se declaram contrário a demarcação e favorável aos rizicultores. Com isso, vemos não somente índios, mas também alguns citadinos de Boa Vista, reproduzindo apenas o discurso da classe dominante local ou de políticos, que buscam apenas se beneficiar, tirando proveito deste clima de tensão e terrorismo.
Com isso, não queremos dizer que não se possa ter posicionamento discordante, o que é justo e salutar, pois mesmo na "democracia" burguesa em que vivemos a oposição de idéias é bem vinda. Todavia, é necessário ver os discursos e práticas da classe dominante, até porque, estamos num ano eleitoral.
No entanto, entendemos que este levante de homens e mulheres, poderiam se mobilizar também para reivindicarmos a justiça para todos. A começar cobrando o apoio e incentivo aos pequenos produtores rurais, que são os verdadeiros heróis da resistência, pois vivem esquecidos nos seus lotes nas vicinais.
Temos inúmeras vicinais com lotes vazios, e este fato se deve na sua maioria, por falta de apoio e incentivo, falta de estradas para escoar a produção, além de escolas, energia, entre outros fatores. A agricultura familiar, ou melhor dizendo os pequenos agricultores não recebem a devida atenção, vivem a margem do "desenvolvimento do Estado".
Por tanto, o que desejamos e queremos é o direito e a justiça para todos, sejam índios ou não. Pois segundo Paulo Martinez "o homem contemporâneo já não precisa viver a realidade sob o disfarce das fantasias. Estão ao alcance do homem (...) tanto o conhecimento sobre os fenômenos políticos, como também algumas condições para intervir neles, participar e ser um dos autores do seu próprio destino (grifo meu)" (em O PODER E CIDADANIA, p.7).
Oxalá, possamos ter reinante em nossa sociedade a cultura da paz, do direito e da justiça!
* Acadêmico de História (UFRR) e Filosofia (UERR) - Marcos2201@gmail.com
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