De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Ministros do Supremo sobrevoam terra indígena Raposa Serra do Sol
23/05/2008
Autor: Andrezza Trajano
Fonte: Folha de Boa Vista
Três ministros do Supremo Tribunal Federal, incluindo o presidente, Gilmar Mendes, sobrevoaram ontem, por cerca de duas horas, a terra indígena Raposa Serra do Sol, ao norte de Roraima. Os ministros aterrissaram na comunidade Serra do Sol, na tríplice fronteira Brasil, Guiana e Venezuela, onde conversaram por cerca de 30 minutos com a população indígena Ingarikó.
Conforme o comandante da Base Aérea de Boa Vista, coronel-aviador Edinei de Souza Nunes, os ministros Gilmar Mendes, Carlos Ayres Britto - relator dos 33 processos que contestam a homologação da reserva de forma contínua - e Carmem Lúcia chegaram a Boa Vista a bordo de um Legacy, com capacidade para 40 pessoas, do Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira (FAB), sediado em Brasília.
Na comitiva dos ministros vieram dois assessores, o chefe do Centro de Comunicação Social da Força Aérea Brasileira, o brigadeiro-do-ar Antônio Carlos Bermudes, e o coronel José Hugo Volkmer, que esteve até pouco tempo à frente do 7º Comando Aéreo Regional, sediado em Manaus (AM), e hoje atua na Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica, em Brasília. O coronel é um grande conhecedor da região amazônica.
Já no pátio da Base Aérea os ministros mudaram para uma aeronave menor, um Caravan C-98, que tem capacidade para 10 pessoas e possui condições de pouso em regiões de difícil acesso, em pistas feitas de chão batido. O comandante da Base Aérea pilotou a aeronave.
Por volta das 9h30 eles partiram em direção à terra indígena Raposa Serra do Sol, com 1,7 milhão de hectares, e sobrevoaram a Vila Surumu - epicentro dos conflitos registrados em março na disputa pela terra entre índios e não-índios -, as regiões de plantio de arroz, o Município de Pacaraima, as comunidades Socó e Água Fria, além da terra indígena São Marcos.
Os ministros já trouxeram na bagagem o roteiro ao qual queriam percorrer e o entregaram à tripulação composta por dois pilotos e dois mecânicos da FAB. Devido ao mau tempo, ficaram de fora do reconhecimento dos ministros as sedes dos municípios de Uiramutã e Normandia.
As áreas visitadas pelos ministros são as mesmas contestadas em ações movidas pelo Governo de Roraima, que pedem a demarcação da reserva em ilhas, deixando de fora as áreas produtivas, como as lavouras de arroz, as sedes dos municípios e o lago Caracaranã, em Normandia.
A viagem durou cerca de duas horas. Ainda houve tempo para uma parada na comunidade da Serra do Sol, distante 400 quilômetros de Boa Vista, na tríplice fronteira Brasil, Guiana e Venezuela. A região é habitada por aproximadamente 1.180 índios da etnia Ingarikó, que vivem em oito aldeias e defendem a homologação de forma contínua.
Os ministros foram recebidos pelo líder indígena Gelson Ingarikó. Na pauta, discussões sobre o modo de vida dos indígenas, saúde e educação. Não foram abordados os conflitos entre índios e não-índios pela posse da terra indígena. A ministra Carmem Lúcia apresentou-se bastante solícita à causa indígena.
O coronel-aviador Edinei Nunes disse que os ministros mostram-se encantados com as belezas da região. "Eles também falaram sobre a tranqüilidade do vôo, mas nada comentaram sobre o julgamento das ações que tramitam no Supremo", disse. Os ministros retornaram a Brasília às 12h50.
CIR - O coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Sousa, achou "compreensível" a presença dos ministros do STF sem comunicação prévia. "Eles vieram sem a pressão de nenhuma das partes. Eu só espero que eles tenham tido a impressão de que os índios precisam de toda aquela área para viver em paz".
RIZICULTOR - A Folha tentou ouvir o líder dos rizicultores e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, sobre a visita dos ministros, mas o celular dele dava desligado ou fora da área de serviço.
Conforme o comandante da Base Aérea de Boa Vista, coronel-aviador Edinei de Souza Nunes, os ministros Gilmar Mendes, Carlos Ayres Britto - relator dos 33 processos que contestam a homologação da reserva de forma contínua - e Carmem Lúcia chegaram a Boa Vista a bordo de um Legacy, com capacidade para 40 pessoas, do Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira (FAB), sediado em Brasília.
Na comitiva dos ministros vieram dois assessores, o chefe do Centro de Comunicação Social da Força Aérea Brasileira, o brigadeiro-do-ar Antônio Carlos Bermudes, e o coronel José Hugo Volkmer, que esteve até pouco tempo à frente do 7º Comando Aéreo Regional, sediado em Manaus (AM), e hoje atua na Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica, em Brasília. O coronel é um grande conhecedor da região amazônica.
Já no pátio da Base Aérea os ministros mudaram para uma aeronave menor, um Caravan C-98, que tem capacidade para 10 pessoas e possui condições de pouso em regiões de difícil acesso, em pistas feitas de chão batido. O comandante da Base Aérea pilotou a aeronave.
Por volta das 9h30 eles partiram em direção à terra indígena Raposa Serra do Sol, com 1,7 milhão de hectares, e sobrevoaram a Vila Surumu - epicentro dos conflitos registrados em março na disputa pela terra entre índios e não-índios -, as regiões de plantio de arroz, o Município de Pacaraima, as comunidades Socó e Água Fria, além da terra indígena São Marcos.
Os ministros já trouxeram na bagagem o roteiro ao qual queriam percorrer e o entregaram à tripulação composta por dois pilotos e dois mecânicos da FAB. Devido ao mau tempo, ficaram de fora do reconhecimento dos ministros as sedes dos municípios de Uiramutã e Normandia.
As áreas visitadas pelos ministros são as mesmas contestadas em ações movidas pelo Governo de Roraima, que pedem a demarcação da reserva em ilhas, deixando de fora as áreas produtivas, como as lavouras de arroz, as sedes dos municípios e o lago Caracaranã, em Normandia.
A viagem durou cerca de duas horas. Ainda houve tempo para uma parada na comunidade da Serra do Sol, distante 400 quilômetros de Boa Vista, na tríplice fronteira Brasil, Guiana e Venezuela. A região é habitada por aproximadamente 1.180 índios da etnia Ingarikó, que vivem em oito aldeias e defendem a homologação de forma contínua.
Os ministros foram recebidos pelo líder indígena Gelson Ingarikó. Na pauta, discussões sobre o modo de vida dos indígenas, saúde e educação. Não foram abordados os conflitos entre índios e não-índios pela posse da terra indígena. A ministra Carmem Lúcia apresentou-se bastante solícita à causa indígena.
O coronel-aviador Edinei Nunes disse que os ministros mostram-se encantados com as belezas da região. "Eles também falaram sobre a tranqüilidade do vôo, mas nada comentaram sobre o julgamento das ações que tramitam no Supremo", disse. Os ministros retornaram a Brasília às 12h50.
CIR - O coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Sousa, achou "compreensível" a presença dos ministros do STF sem comunicação prévia. "Eles vieram sem a pressão de nenhuma das partes. Eu só espero que eles tenham tido a impressão de que os índios precisam de toda aquela área para viver em paz".
RIZICULTOR - A Folha tentou ouvir o líder dos rizicultores e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, sobre a visita dos ministros, mas o celular dele dava desligado ou fora da área de serviço.
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