De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
RAPOSA SERRA DO SOL - Gado é furtado da fazenda Providência
22/05/2008
Autor: Andrezza Trajano
Fonte: Folha de Boa Vista
O prefeito de Pacaraima, o rizicultor Paulo César Quartiero (DEM), denunciou ontem o furto de 15 cabeças de gado da fazenda Providência, de sua propriedade, localizada na terra indígena Raposa Serra do Sol. Ele acusa índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR).
A fazenda fica a cerca de 160 quilômetros de Boa Vista, próximo da comunidade Jauari, onde estão os cerca de 200 indígenas responsáveis pelo bloqueio desfeito na semana passada na estrada RR-319, conhecida como transarrozeira.
O crime foi registrado no 1º Distrito Policial e comunicado ao Ministério Público Federal. Quartiero pediu que a Polícia Federal fiscalize o trânsito de animais na reserva, pois acredita que o gado ainda esteja próximo da fazenda, uma vez que só há duas formas de retirá-lo do local, pela balsa sobre o rio Uraricuera ou pela transarrozeira.
Segundo Alfredo Guilherme Shimitt Prym, administrador das duas fazendas de Quartiero na reserva indígena, o furto ocorreu durante a madrugada, quando não havia fiscalização. A cerca foi cortada para retirada do gado, que está marcado a ferro com a sigla "QP", no quarto traseiro dos animais, da raça canchim.
Prym afirmou que essa não é a primeira vez que animais são furtados da fazenda. Desde 2001 já foram registrados nove furtos. Só este ano foram dois, um em janeiro e o outro em fevereiro. Neste último, foram furtadas 180 reses.
"Pedimos no Ministério Público Federal que a ordem judicial do Supremo Tribunal Federal seja cumprida. A instituição determinou que a Polícia Federal promova a segurança e a ordem pública na terra indígena", disse o administrador.
O secretário adjunto de Segurança Pública, coronel Santos Rosa, informou que assim que tomou conhecimento do fato, determinou ao delegado-geral, Idalmir Sena, que acionasse os policiais civis de Normandia para atuarem no caso.
O delegado executivo da Polícia Federal, Ivan Herrero, informou que já mandou instaurar inquérito policial para investigar o caso. Ele também afirmou que enviará policiais para fazer perícia no local. A fazenda Providência tem 4.200 hectares usados para a produção de arroz e para a criação de 1.500 reses.
CIR nega envolvimento em furto de gado e suspeita de armação
O coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Sousa, negou a acusação do produtor Paulo César Quartiero de que indígenas ligados à organização teriam furtado gado da fazenda Providência, na madrugada de terça-feira. "Eu não acredito que os indígenas estejam mexendo com o gado dele. Nós temos o nosso gado", afirmou.
Dionito suspeita que o furto foi "armação" para culpar os índios. "Ele (Quartiero) deve estar fazendo isso para incriminar os indígenas do CIR. Isso é jogo sujo. Eu não vou trabalhar com mentira".
Apesar disso, o coordenador informou que vai apurar a denúncia. "Se for verdade, vamos apurar, porque a gente não concorda com roubo. Vou me comunicar com o pessoal de lá para ver o que houve".
Uma das suspeitas de Quartiero é que o gado tenha sido levado para alimentar os 200 indígenas que permanecem mobilizados na comunidade Jauari, próximo à fazenda Providência e que mantiveram a transarrozeira bloqueada por mais de uma semana.
Dionito disse, no entanto, que durante a manifestação o CIR bancou toda a alimentação dos índios, exceto a carne, que veio das aldeias que possuem rebanho. "O acampamento foi desfeito e o pessoal nem está mais lá", complementou.
A fazenda fica a cerca de 160 quilômetros de Boa Vista, próximo da comunidade Jauari, onde estão os cerca de 200 indígenas responsáveis pelo bloqueio desfeito na semana passada na estrada RR-319, conhecida como transarrozeira.
O crime foi registrado no 1º Distrito Policial e comunicado ao Ministério Público Federal. Quartiero pediu que a Polícia Federal fiscalize o trânsito de animais na reserva, pois acredita que o gado ainda esteja próximo da fazenda, uma vez que só há duas formas de retirá-lo do local, pela balsa sobre o rio Uraricuera ou pela transarrozeira.
Segundo Alfredo Guilherme Shimitt Prym, administrador das duas fazendas de Quartiero na reserva indígena, o furto ocorreu durante a madrugada, quando não havia fiscalização. A cerca foi cortada para retirada do gado, que está marcado a ferro com a sigla "QP", no quarto traseiro dos animais, da raça canchim.
Prym afirmou que essa não é a primeira vez que animais são furtados da fazenda. Desde 2001 já foram registrados nove furtos. Só este ano foram dois, um em janeiro e o outro em fevereiro. Neste último, foram furtadas 180 reses.
"Pedimos no Ministério Público Federal que a ordem judicial do Supremo Tribunal Federal seja cumprida. A instituição determinou que a Polícia Federal promova a segurança e a ordem pública na terra indígena", disse o administrador.
O secretário adjunto de Segurança Pública, coronel Santos Rosa, informou que assim que tomou conhecimento do fato, determinou ao delegado-geral, Idalmir Sena, que acionasse os policiais civis de Normandia para atuarem no caso.
O delegado executivo da Polícia Federal, Ivan Herrero, informou que já mandou instaurar inquérito policial para investigar o caso. Ele também afirmou que enviará policiais para fazer perícia no local. A fazenda Providência tem 4.200 hectares usados para a produção de arroz e para a criação de 1.500 reses.
CIR nega envolvimento em furto de gado e suspeita de armação
O coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Sousa, negou a acusação do produtor Paulo César Quartiero de que indígenas ligados à organização teriam furtado gado da fazenda Providência, na madrugada de terça-feira. "Eu não acredito que os indígenas estejam mexendo com o gado dele. Nós temos o nosso gado", afirmou.
Dionito suspeita que o furto foi "armação" para culpar os índios. "Ele (Quartiero) deve estar fazendo isso para incriminar os indígenas do CIR. Isso é jogo sujo. Eu não vou trabalhar com mentira".
Apesar disso, o coordenador informou que vai apurar a denúncia. "Se for verdade, vamos apurar, porque a gente não concorda com roubo. Vou me comunicar com o pessoal de lá para ver o que houve".
Uma das suspeitas de Quartiero é que o gado tenha sido levado para alimentar os 200 indígenas que permanecem mobilizados na comunidade Jauari, próximo à fazenda Providência e que mantiveram a transarrozeira bloqueada por mais de uma semana.
Dionito disse, no entanto, que durante a manifestação o CIR bancou toda a alimentação dos índios, exceto a carne, que veio das aldeias que possuem rebanho. "O acampamento foi desfeito e o pessoal nem está mais lá", complementou.
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