De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
RAPOSA SERRA DO SOL - CIR busca apoio à causa no exterior
17/06/2008
Autor: Andrezza Trajano
Fonte: Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br
Líderes indígenas da Raposa Serra do Sol desembarcam hoje na Europa com o objetivo de divulgar a campanha "Anna Pata, Anna Yan" (Nossa Terra, Nossa Mãe, na língua macuxi). De acordo com a Assessoria de Comunicação do Conselho Indígena de Roraima (CIR), os indígenas buscarão apoio de entidades governamentais e não-governamentais para que se mantenha o decreto de homologação da terra indígena de forma contínua.
O índio macuxi Jacir José de Souza (ex-coordenador do Conselho Indígena de Roraima), e a índia wapixana Pierlangela Cunha (coordenadora da Organização dos Professores Indígenas de Roraima) terão agenda extensa na Europa. Eles participarão de reuniões com organismos no continente europeu para debater a situação da terra indígena Raposa do Sol.
Segundo a assessoria da entidade, espera-se com essa ação "sensibilizar entidades e organizações significativas européias para que manifestem apoio aos povos indígenas da Raposa Serra do Sol e expressem preocupação às autoridades brasileiras para que mantenham o decreto de homologação, assinado pelo presidente Lula, em abril de 2005".
Os líderes indígenas visitarão países como Espanha, Inglaterra, Bélgica, França, Itália e Portugal para contato com as Ongs Caritas, Manos Unidas, Entreculturas, Survival, Amnistia Internacional, Green Peace, entre outras. A comitiva também pretende visitar o Papa Bento XVI.
Ainda de acordo com a assessoria, os indígenas serão recepcionados em Madri pela Embaixada Brasileira na Espanha e terão encontro com o vice-presidente daquele país. A visita ao continente europeu inicia nesta terça-feira e encerra no dia 8 de julho.
CRÍTICAS - Mas a busca de apoio internacional em favor da homologação de forma contínua não foi bem vista por algumas entidades. Para o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero (DEM), os indígenas não reconhecem as autoridades brasileiras. "Eles estão indo atrás de seus parentes. Caso o Supremo decida pela demarcação de forma descontínua, eles vão recorrer à ONU", criticou.
O presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima, Nelson Itikawa, disse que "os problemas internos do Brasil devem ser resolvidos no país". No entendimento do rizicultor, os dirigentes do Brasil têm total autonomia para deliberar sobre o que é melhor para o país sem sofrer pressão de organizações internacionais.
LEGITIMIDADE - O professor do curso de Direito da Universidade Federal de Roraima, Isaias Montanari Júnior, observa a manifestação indígena como legítima, mas não acredita que isso possa influenciar a decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mérito das ações que tramitam na Corte.
"O Supremo tem total liberdade no julgamento de suas ações e tem a Constituição Federal ao seu lado. Qualquer parte no processo pode buscar a opinião pública internacional, mas não creio que isso possa interferir na decisão do STF", pontuou.
O índio macuxi Jacir José de Souza (ex-coordenador do Conselho Indígena de Roraima), e a índia wapixana Pierlangela Cunha (coordenadora da Organização dos Professores Indígenas de Roraima) terão agenda extensa na Europa. Eles participarão de reuniões com organismos no continente europeu para debater a situação da terra indígena Raposa do Sol.
Segundo a assessoria da entidade, espera-se com essa ação "sensibilizar entidades e organizações significativas européias para que manifestem apoio aos povos indígenas da Raposa Serra do Sol e expressem preocupação às autoridades brasileiras para que mantenham o decreto de homologação, assinado pelo presidente Lula, em abril de 2005".
Os líderes indígenas visitarão países como Espanha, Inglaterra, Bélgica, França, Itália e Portugal para contato com as Ongs Caritas, Manos Unidas, Entreculturas, Survival, Amnistia Internacional, Green Peace, entre outras. A comitiva também pretende visitar o Papa Bento XVI.
Ainda de acordo com a assessoria, os indígenas serão recepcionados em Madri pela Embaixada Brasileira na Espanha e terão encontro com o vice-presidente daquele país. A visita ao continente europeu inicia nesta terça-feira e encerra no dia 8 de julho.
CRÍTICAS - Mas a busca de apoio internacional em favor da homologação de forma contínua não foi bem vista por algumas entidades. Para o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero (DEM), os indígenas não reconhecem as autoridades brasileiras. "Eles estão indo atrás de seus parentes. Caso o Supremo decida pela demarcação de forma descontínua, eles vão recorrer à ONU", criticou.
O presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima, Nelson Itikawa, disse que "os problemas internos do Brasil devem ser resolvidos no país". No entendimento do rizicultor, os dirigentes do Brasil têm total autonomia para deliberar sobre o que é melhor para o país sem sofrer pressão de organizações internacionais.
LEGITIMIDADE - O professor do curso de Direito da Universidade Federal de Roraima, Isaias Montanari Júnior, observa a manifestação indígena como legítima, mas não acredita que isso possa influenciar a decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mérito das ações que tramitam na Corte.
"O Supremo tem total liberdade no julgamento de suas ações e tem a Constituição Federal ao seu lado. Qualquer parte no processo pode buscar a opinião pública internacional, mas não creio que isso possa interferir na decisão do STF", pontuou.
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