De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
PACARAIMA - Eleitores denunciam compra de voto
11/10/2008
Autor: Elissan Paula Rodrigues
Fonte: Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br
Um grupo de moradores do município de Pacaraima procurou a sede do Ministério Público Federal para denunciar suposta compra de votos no pleito do último dia 5 de outubro.
A Folha teve acesso a um dos termos de depoimento prestados no MPF por moradores da comunidade indígena do Contão, em que os depoentes declararam que quando chegaram à seção para votar perceberam que o irmão e o cunhado de um candidato a vereador, da mesma coligação, estavam trabalhando como mesários.
Eles disseram ainda que um dos fiscais que trabalhava na seção entregou um santinho do candidato e prometera uma "gratificação" quando eles saíssem da cabine de votação. Os eleitores declararam ao MPF que temeram que os mesários tivessem como identificar seus votos. Outro denunciante afirmou que seu cunhado recebeu R$ 2 mil para comprar votos na comunidade do Contão.
Também alguns comerciantes do município estiveram na sede do MPF para relatar o suposto derramamento de notas de R$ 100 nos últimos dias nas lojas de Pacaraima.
A presidente da Associação Comercial, Marelize Macuglia, foi procurada pela Folha e afirmou que um grupo de comerciantes também procurou o MPF para relatar sua preocupação com o derrame de notas de R$ 100 em Pacaraima, principalmente, segundo ela, na última terça-feira, dia 7.
"O volume de dinheiro aumentou na cidade desde o sábado, mas ficou estranho na terça, quando várias pessoas, em sua maioria indígenas, que geralmente procuram fazer suas compras às sextas-feiras, por conta do dia da feira, chegaram fazendo compras grandes e pagando com notas de R$ 100", disse. Algumas das compras, segundo o depoimento registrado no MPF, chegam a soma de R$ 2 mil, pagos em notas de R$ 100.
Outro fato que segundo a comerciante chamou a atenção é que muitas das notas são seriadas. "Procuramos o Ministério Público em Pacaraima e o promotor disse que não teria condições de atuar e nos enviou para a Polícia Civil, que também não nos atendeu. Então os comerciantes vieram ao MPF em Boa Vista para relatar a questão".
No depoimento prestado ao MPF, os comerciantes relatam que tentaram diversas vezes marcar uma audiência com o promotor, que não os recebeu. E que a Polícia Civil também não registrou a ocorrência.
Marelize advertiu que o comércio do município nunca movimentou um volume tão grande de dinheiro. "Pedimos averiguação porque o fato fugiu da normalidade, e nunca aconteceu na história de Pacaraima. Quando estamos em período de temporada entra muito bolívar [moeda venezuelana], mas jamais entrou tanta nota de R$ 100", argumentou.
O advogado do atual prefeito, Paulo César Quartiero (DEM), Alberto Albrecht, informou que iria entrar ainda ontem com um pedido de Ação de Investigação Judicial Eleitoral, contra o candidato eleito e alguns vereadores da mesma Coligação, também eleitos no pleito.
"Vou pedir investigação por compra de votos, corrupção eleitoral, crime contra o sigilo de voto, subversão do processo eleitoral e manipulação", declarou ele afirmando ter todos os elementos necessários para a ação. "Todos esses crimes ofenderam a lei eleitoral".
MPF - O coordenador jurídico do Ministério Público Federal, Márcio Pereira de Melo, informou à Folha que um grupo de pessoas esteve na sede do MPF para relatar a compra de votos, utilizando notas de R$ 50 e R$ 100. Conforme ele, o procurador regional eleitoral, Ageu Florêncio da Cunha, determinou que o material fosse remetido ao promotor eleitoral do município, Ulisses Moroni, para providências.
MPE - A Assessoria de Comunicação do Ministério Público Estadual informou por meio de nota que o Ministério Público Eleitoral, através do promotor de Justiça da 7ª Zona Eleitoral, em Pacaraima, Ulisses Moroni Júnior, que no dia 8 de outubro, recebeu denúncia de compra de votos no pleito eleitoral do dia 5, em Pacaraima. "O promotor informa que o MPE está analisando o caso para verificar quais as providências serão adotadas", diz a nota.
ALTEMIR - A Folha procurou o candidato eleito de Pacaraima, Altemir Campos, para que ele se pronunciasse sobre o caso, mas ele afirmou que só falaria pessoalmente e desligou o telefone.
A Folha teve acesso a um dos termos de depoimento prestados no MPF por moradores da comunidade indígena do Contão, em que os depoentes declararam que quando chegaram à seção para votar perceberam que o irmão e o cunhado de um candidato a vereador, da mesma coligação, estavam trabalhando como mesários.
Eles disseram ainda que um dos fiscais que trabalhava na seção entregou um santinho do candidato e prometera uma "gratificação" quando eles saíssem da cabine de votação. Os eleitores declararam ao MPF que temeram que os mesários tivessem como identificar seus votos. Outro denunciante afirmou que seu cunhado recebeu R$ 2 mil para comprar votos na comunidade do Contão.
Também alguns comerciantes do município estiveram na sede do MPF para relatar o suposto derramamento de notas de R$ 100 nos últimos dias nas lojas de Pacaraima.
A presidente da Associação Comercial, Marelize Macuglia, foi procurada pela Folha e afirmou que um grupo de comerciantes também procurou o MPF para relatar sua preocupação com o derrame de notas de R$ 100 em Pacaraima, principalmente, segundo ela, na última terça-feira, dia 7.
"O volume de dinheiro aumentou na cidade desde o sábado, mas ficou estranho na terça, quando várias pessoas, em sua maioria indígenas, que geralmente procuram fazer suas compras às sextas-feiras, por conta do dia da feira, chegaram fazendo compras grandes e pagando com notas de R$ 100", disse. Algumas das compras, segundo o depoimento registrado no MPF, chegam a soma de R$ 2 mil, pagos em notas de R$ 100.
Outro fato que segundo a comerciante chamou a atenção é que muitas das notas são seriadas. "Procuramos o Ministério Público em Pacaraima e o promotor disse que não teria condições de atuar e nos enviou para a Polícia Civil, que também não nos atendeu. Então os comerciantes vieram ao MPF em Boa Vista para relatar a questão".
No depoimento prestado ao MPF, os comerciantes relatam que tentaram diversas vezes marcar uma audiência com o promotor, que não os recebeu. E que a Polícia Civil também não registrou a ocorrência.
Marelize advertiu que o comércio do município nunca movimentou um volume tão grande de dinheiro. "Pedimos averiguação porque o fato fugiu da normalidade, e nunca aconteceu na história de Pacaraima. Quando estamos em período de temporada entra muito bolívar [moeda venezuelana], mas jamais entrou tanta nota de R$ 100", argumentou.
O advogado do atual prefeito, Paulo César Quartiero (DEM), Alberto Albrecht, informou que iria entrar ainda ontem com um pedido de Ação de Investigação Judicial Eleitoral, contra o candidato eleito e alguns vereadores da mesma Coligação, também eleitos no pleito.
"Vou pedir investigação por compra de votos, corrupção eleitoral, crime contra o sigilo de voto, subversão do processo eleitoral e manipulação", declarou ele afirmando ter todos os elementos necessários para a ação. "Todos esses crimes ofenderam a lei eleitoral".
MPF - O coordenador jurídico do Ministério Público Federal, Márcio Pereira de Melo, informou à Folha que um grupo de pessoas esteve na sede do MPF para relatar a compra de votos, utilizando notas de R$ 50 e R$ 100. Conforme ele, o procurador regional eleitoral, Ageu Florêncio da Cunha, determinou que o material fosse remetido ao promotor eleitoral do município, Ulisses Moroni, para providências.
MPE - A Assessoria de Comunicação do Ministério Público Estadual informou por meio de nota que o Ministério Público Eleitoral, através do promotor de Justiça da 7ª Zona Eleitoral, em Pacaraima, Ulisses Moroni Júnior, que no dia 8 de outubro, recebeu denúncia de compra de votos no pleito eleitoral do dia 5, em Pacaraima. "O promotor informa que o MPE está analisando o caso para verificar quais as providências serão adotadas", diz a nota.
ALTEMIR - A Folha procurou o candidato eleito de Pacaraima, Altemir Campos, para que ele se pronunciasse sobre o caso, mas ele afirmou que só falaria pessoalmente e desligou o telefone.
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