De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Mais um Guerreiro Xukuru no Reino dos Encantados
14/10/2008
Autor: Saulo F. Feitosa
Fonte: Cimi - www.cimi.org.br
Vamos dar a despedida,
Como deu a Saracura,
Bateu asas, foi embora;
Coisa boa, não adura.
(Toante de despedida do Povo Xukuru)
Faleceu na manhã de hoje, 14 de outubro, João Jorge - a liderança maior da aldeia Sucupira, na terra indígena Xukuru, em Pernambuco. Conhecido por sua aguerrida militância, o companheiro de primeira hora do cacique Xikão, continuou seu combate incansável e intransigente na defesa dos direitos do povo Xukuru até o momento de sua despedida. Foram inúmeras as retomadas de terras em que esteve presente, sempre "arrebanhando seu povo", como costumava dizer.
De temperamento forte e objetividade nas ações, jamais se deixou intimidar pelas ameaças sofridas por parte de latifundiários invasores da terra de seu povo. Aliava à sua prática política a mística Xukuru, pois era principalmente um grande líder religioso, chefe de terreiro do Toré. Sua crença na força dos Encantados sempre o impulsionou nas horas mais difíceis, tornando-o imbatível nas empreitadas assumidas.
Diferentemente do cacique Xikão, João Jorge teve a felicidade de habitar na "Terra Prometida", no Solo Sagrado da Serra do Ororubá. Pôde desfrutar da alegria de viver numa terra sem invasores, e, por essa razão, não cansava de manifestar seu contentamento em "ver seu povo comer" do fruto da terra e deixar para trás o tempo da fome.
Vai agora reencontrar-se com tantos mártires de seu povo: Xikão, Xico Quelé, Everaldo, Milson, Nilsinho, Rolim, além de muitos outros que assim como ele partiram em paz, na certeza de que "Guerreiro não morre, apenas se Encanta".
Saulo F. Feitosa
Recife, 14 de outubro de 2008
Como deu a Saracura,
Bateu asas, foi embora;
Coisa boa, não adura.
(Toante de despedida do Povo Xukuru)
Faleceu na manhã de hoje, 14 de outubro, João Jorge - a liderança maior da aldeia Sucupira, na terra indígena Xukuru, em Pernambuco. Conhecido por sua aguerrida militância, o companheiro de primeira hora do cacique Xikão, continuou seu combate incansável e intransigente na defesa dos direitos do povo Xukuru até o momento de sua despedida. Foram inúmeras as retomadas de terras em que esteve presente, sempre "arrebanhando seu povo", como costumava dizer.
De temperamento forte e objetividade nas ações, jamais se deixou intimidar pelas ameaças sofridas por parte de latifundiários invasores da terra de seu povo. Aliava à sua prática política a mística Xukuru, pois era principalmente um grande líder religioso, chefe de terreiro do Toré. Sua crença na força dos Encantados sempre o impulsionou nas horas mais difíceis, tornando-o imbatível nas empreitadas assumidas.
Diferentemente do cacique Xikão, João Jorge teve a felicidade de habitar na "Terra Prometida", no Solo Sagrado da Serra do Ororubá. Pôde desfrutar da alegria de viver numa terra sem invasores, e, por essa razão, não cansava de manifestar seu contentamento em "ver seu povo comer" do fruto da terra e deixar para trás o tempo da fome.
Vai agora reencontrar-se com tantos mártires de seu povo: Xikão, Xico Quelé, Everaldo, Milson, Nilsinho, Rolim, além de muitos outros que assim como ele partiram em paz, na certeza de que "Guerreiro não morre, apenas se Encanta".
Saulo F. Feitosa
Recife, 14 de outubro de 2008
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