De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

MS é referência no combate à tuberculose

25/05/2009

Fonte: Home Page da Funasa - http://www.funasa.gov.br/



Com a segunda maior população indígena do país (68.792) e responsável pela assistência a dez etnias - Guarani, Terena, Kaiowá, Kadiwéus, Kinikinawa, Cinta Larga, Xavante, Atikum, Guató e Bororó -, a Coordenação Regional da Funasa no Mato Grosso do Sul possui, dentro da área de controle da tuberculose, condições de mencionar epidemiologicamente, desde 2001, uma série histórica do controle deste agravo nas aldeias indígenas do estado.

O Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) administra 13 Polos-Base e dois Subpolos, onde se concentram 33 Equipes Multidisciplinares de Saúde (EMS) e 201 Agentes Indígenas de Saúde (AIS) que auxiliam na detecção e monitoramento dos casos encontrados e em tratamento.

Todos participam do levantamento completo do histórico de casos suspeitos e diagnosticados e divulgam para a comunidade os sintomas da tuberculose - tosse forte por mais de três semanas, febre vespertina, suor noturno, presença de escarro e dor no peito -, ressaltando a importância do tratamento precoce e sem interrupção para que a doença seja combatida com sucesso.

A redução do número de casos pôde ser observada após cinco anos de trabalho, onde AIS e técnicos de enfermagem são designados especificamente para detectar os focos e levar medicamentos durante seis meses, no primeiro horário (jejum do paciente), para as pessoas em tratamento.

Entre as atividades desenvolvidas periodicamente estão: palestras explicando os sintomas e o alto índice de cura quando o tratamento é feito corretamente e aplicação da vacina BCG pelas Equipes Multidisciplinares.

Na região sul do estado, o Polo-Base de Paranhos (4.514 indígenas) apresenta, desde 2006, percentuais de cura acima de 90%. Todos os pacientes que iniciaram o tratamento não apresentam mais a doença.

"As ações para redução do número de casos de tuberculose são sentidas a médio e longo prazo. Em 1998, a incidência era de 700 casos por 100 mil habitantes nas comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. Atualmente, esse número caiu para 198,9/100 mil. Mesmo sendo quatro vezes maior que o da população de não índios, nota-se uma acentuada redução da doença", destaca o coordenador regional Flávio Britto Neto.

Flávio ressalta ainda que o controle da tuberculose é um trabalho de rotina das equipes da Funasa, que além de detectar e orientar os casos positivos, promovem exames minuciosos nas pessoas que mantiveram contato com os infectados, com intuito de eliminar os focos da doença.

Segundo a enfermeira e coordenadora técnica do Programa de Controle da Tuberculose em áreas indígenas do Dsei/MS, Roselene Lopes de Oliveira Figueiredo, a intensificação das ações de promoção e prevenção nas aldeias são fundamentais para o controle e redução desta endemia nas comunidades indígenas. "A adesão à Campanha Nacional, em março deste ano, com apoio da ONG Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos e dos municípios que abrigam comunidades indígenas reforçou o trabalho que a Funasa faz desde 2001 no estado", afirma Roselene.
 

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