De Povos Indígenas no Brasil
A versão imprimível não é mais suportada e pode ter erros de renderização. Atualize os favoritos do seu navegador e use a função de impressão padrão do navegador.
Notícias
Mato Grosso apóia produção de mel em aldeias indígenas
03/06/2009
Fonte: Agência Sebrae de Notícias - http://asn.interjornal.com.br/
Os índios Paresi e Kayabi recebem visitas técnicas visando buscar caminhos para aumentar a produtividade e aprimora as formas de comercialização
Cuiabá - Por suas características, a apicultura é uma das atividades que mais se aproximam do modo de vida e da cultura dos povos indígenas. Tanto que várias etnias produzem e comercializam mel. Em Mato Grosso, um exemplo são as aldeias da Reserva do Xingu e os Paresi, nas Terras Indígenas Paresi.
A produção dos Paresi é vendida para a Cooperativa dos Produtores Apícolas de Mato Grosso (Coapismat), e na aldeia Três Lagoas foi registrado o caso do índio Geraldo Xanoxokai, produtor de mel, fornecedor e cooperado da Coopismat, que obteve a maior produtividade por colméia entre todos os cooperados, 23 quilos por colméia/ano, um rendimento acima da média nacional que é de 22 quilos.
A Reserva do Xingu, que reúne 32 aldeias, possui entreposto e casa de mel com Selo de Inspeção Federal (SIF). Nove aldeias contam com um projeto de apicultura em pleno andamento e comercializam o produto até para o exterior.
No entanto, algumas aldeias enfrentam problemas com baixa produtividade, bem como para acessar o mercado e comercializar o produto. Por isso recorreram ao Sebrae/MT, que enviou técnicos às aldeias para avaliar a forma de produção e apresentar alternativas para um melhor o desempenho das colméias e para melhorar a relação comercial com um mundo diferente do deles.
Iane Thé, que coordena o projeto de Povos Originais no Sebrae/MT, que inclui ainda os quilombolas, integra a equipe, composta pela gestora do projeto de apicultura, Helen Camargo, e o consultor José Catarino Mendes. Em maio, nos dias 16 e 17, eles visitaram a aldeia Três Lagoas, nas terras indígenas Paresi e neste 1º de junho rumaram para a aldeia Kayabi, na Reserva do Xingu, na companhia do líder da agência Sebrae em Sinop, Volmir José Contreira, e lá vão permanecer até o dia 6.
Iane explicou que nesta visita técnica, solicitada pelos próprios índios, vão analisar os motivos da baixa produtividade, em torno de 5 quilos por colméia/ano, um dos problemas enfrentados pelos índios de seis aldeias daquela região. "A idéia é tentar adaptar as técnicas à realidade deles. Nosso grande desafio nesse trabalho é passar essas técnicas de manejo da forma mais clara possível, respeitando a cultura dos índios, os rituais deles", explica.
A reserva tem 32 aldeias e nove delas produzem mel, vendido para a Associação Terra Indígena do Xingu (Atix) que coordena o entreposto e a casa de mel. O produto tem SIF e é comercializado para grandes redes nacionais e é exportado. A aldeia que será visitada integra a Associação Memorial Ambiental Sabino (Amas) e está com dificuldade para produzir o volume necessário para cumprir seus compromissos.
Sobre os Paresi, Iane conta que sua região possui uma rica florada, cujo levantamento foi feito pela equipe para que tenham uma avaliação mais completa, e que eles utilizam técnicas que podem ser levadas para os apicultores brancos, tais como a instalação das colméias à sombra, o que ajuda a aumentar a produtividade. "Na verdade, essa trabalho possibilita uma rica troca de experiência e nosso intuito é levar a estas comunidades indígenas formas para que aprimorem a produção e também as formas de comercialização".
As visitas são uma ação do projeto Apicultura da Região Sudoeste de Mato Grosso e os índios participaram de um curso com aulas teóricas e observação das colméias. Ao todo, foram nove índios, a professora da escola municipal, a enfermeira, a assistente de enfermagem e o motorista do posto de saúde que fica dentro da aldeia, além do extensionista da prefeitura de Conquista D'Oeste, totalizando 14 participantes.
Essas pessoas fazem parte diretamente do cotidiano dos índios e, de uma forma ou de outra, influenciam nas suas atitudes e tomadas de decisão, podendo apoiá-los na atividade apícola.
O cacique Paulo Oxokemai disse que quer um novo curso para envolver os índios de outras aldeias. Ele percebeu que essa pode ser uma grande oportunidade para os jovens Paresi, especialmente agora que a aldeia terá uma casa do mel.
Serviço:
Sebrae em Mato Grosso - (65) 3648-1262
www.mt.sebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae - 0800-570-0800
Cuiabá - Por suas características, a apicultura é uma das atividades que mais se aproximam do modo de vida e da cultura dos povos indígenas. Tanto que várias etnias produzem e comercializam mel. Em Mato Grosso, um exemplo são as aldeias da Reserva do Xingu e os Paresi, nas Terras Indígenas Paresi.
A produção dos Paresi é vendida para a Cooperativa dos Produtores Apícolas de Mato Grosso (Coapismat), e na aldeia Três Lagoas foi registrado o caso do índio Geraldo Xanoxokai, produtor de mel, fornecedor e cooperado da Coopismat, que obteve a maior produtividade por colméia entre todos os cooperados, 23 quilos por colméia/ano, um rendimento acima da média nacional que é de 22 quilos.
A Reserva do Xingu, que reúne 32 aldeias, possui entreposto e casa de mel com Selo de Inspeção Federal (SIF). Nove aldeias contam com um projeto de apicultura em pleno andamento e comercializam o produto até para o exterior.
No entanto, algumas aldeias enfrentam problemas com baixa produtividade, bem como para acessar o mercado e comercializar o produto. Por isso recorreram ao Sebrae/MT, que enviou técnicos às aldeias para avaliar a forma de produção e apresentar alternativas para um melhor o desempenho das colméias e para melhorar a relação comercial com um mundo diferente do deles.
Iane Thé, que coordena o projeto de Povos Originais no Sebrae/MT, que inclui ainda os quilombolas, integra a equipe, composta pela gestora do projeto de apicultura, Helen Camargo, e o consultor José Catarino Mendes. Em maio, nos dias 16 e 17, eles visitaram a aldeia Três Lagoas, nas terras indígenas Paresi e neste 1º de junho rumaram para a aldeia Kayabi, na Reserva do Xingu, na companhia do líder da agência Sebrae em Sinop, Volmir José Contreira, e lá vão permanecer até o dia 6.
Iane explicou que nesta visita técnica, solicitada pelos próprios índios, vão analisar os motivos da baixa produtividade, em torno de 5 quilos por colméia/ano, um dos problemas enfrentados pelos índios de seis aldeias daquela região. "A idéia é tentar adaptar as técnicas à realidade deles. Nosso grande desafio nesse trabalho é passar essas técnicas de manejo da forma mais clara possível, respeitando a cultura dos índios, os rituais deles", explica.
A reserva tem 32 aldeias e nove delas produzem mel, vendido para a Associação Terra Indígena do Xingu (Atix) que coordena o entreposto e a casa de mel. O produto tem SIF e é comercializado para grandes redes nacionais e é exportado. A aldeia que será visitada integra a Associação Memorial Ambiental Sabino (Amas) e está com dificuldade para produzir o volume necessário para cumprir seus compromissos.
Sobre os Paresi, Iane conta que sua região possui uma rica florada, cujo levantamento foi feito pela equipe para que tenham uma avaliação mais completa, e que eles utilizam técnicas que podem ser levadas para os apicultores brancos, tais como a instalação das colméias à sombra, o que ajuda a aumentar a produtividade. "Na verdade, essa trabalho possibilita uma rica troca de experiência e nosso intuito é levar a estas comunidades indígenas formas para que aprimorem a produção e também as formas de comercialização".
As visitas são uma ação do projeto Apicultura da Região Sudoeste de Mato Grosso e os índios participaram de um curso com aulas teóricas e observação das colméias. Ao todo, foram nove índios, a professora da escola municipal, a enfermeira, a assistente de enfermagem e o motorista do posto de saúde que fica dentro da aldeia, além do extensionista da prefeitura de Conquista D'Oeste, totalizando 14 participantes.
Essas pessoas fazem parte diretamente do cotidiano dos índios e, de uma forma ou de outra, influenciam nas suas atitudes e tomadas de decisão, podendo apoiá-los na atividade apícola.
O cacique Paulo Oxokemai disse que quer um novo curso para envolver os índios de outras aldeias. Ele percebeu que essa pode ser uma grande oportunidade para os jovens Paresi, especialmente agora que a aldeia terá uma casa do mel.
Serviço:
Sebrae em Mato Grosso - (65) 3648-1262
www.mt.sebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae - 0800-570-0800
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.