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Governador Anchieta Júnior vai defender em Londres a construção da usina hidrelétrica do Cotingo

12/04/2008

Fonte: Agência Roraima de Notícias - http://migre.me/hb3y



O governador de Roraima José de Anchieta Júnior defende que o povo amazônida deve usufruir dos bens e dos recursos naturais das florestas, e que é possível essa repartição de forma sustentada.

O governador de Roraima José de Anchieta Júnior defende que o povo amazônida deve usufruir dos bens e dos recursos naturais das florestas, e que é possível essa repartição de forma sustentada.

Roraima possui cinco biomas em seu território de 17 mil km2, dentre eles a savana (40% da área total), área propícia à produção de alimentos sem a necessidade de avançar sobre a floresta. "Estamos convencidos de que é possível desenvolver projetos estruturantes de forma responsável e sustentável, que leve em conta não só a preservação ambiental, como também a qualidade de vida de nossa população".

O Estado de Roraima é servido pela energia gerada na Venezuela e uma pequena parte por usinas termelétricas locais e hidrelétricas de pequeno porte, embora tenha um potencial energético capaz de manter a auto-suficiência, na ordem de 200 MW, e vender o excedente. Por razões estratégicas, Anchieta vai defender em Londres a implantação da usina hidrelétrica no rio Cotingo, com capacidade instalada de 600 MW e com baixo impacto ambiental já que a área inundada seria mínima. Esse investimento possibilitaria a Roraima deixar de ser dependente da energia gerada em outro país.

Durante a visita, o governador irá apresentar ao príncipe Charles um vídeo institucional mostrando as belezas naturais de Roraima, o potencial turístico com perspectivas de investimento sem riscos ambientais.

Soberania - O senador Tião Viana (PT-AC) considera que é legítima a manifestação política dos agentes públicos na defesa da Amazônia, já que este bioma é o grande vetor do terceiro milênio por reunir a maior floresta tropical do mundo, uma rica e variada biodiversidade além de abrigar a maior reserva de água doce do planeta.

Para Viana, o encontro com o Príncipe Charles é também uma oportunidade de articulação e integração entre os governantes da Amazônia. O Senador no entanto, destaca que em eventos como este o Brasil deve reafirmar sua soberania e auto-suficiência em enfrentar seus desafios e que entende as relações de cooperação como a que está sendo proposta, é uma demonstração de que os brasileiros sabem como tratar seus destinos.

Próximo encontro - A segunda etapa desse encontro está prevista para acontecer dentro de 90 dias e deverá ser sediada em Belém, tendo como anfitrião e a governadora Ana Júlia e demais governadores da Amazônia, que se reunirão com um grupo de convidados britânicos, sob a liderança do Príncipe Charles.
 

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