De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Prefeito comunica clima tenso no município ao governador
04/11/2003
Fonte: Gazeta de Alagoas-Maceió-AL
O clima tenso vivido em Palmeira dos Índios, a 133 km de Maceió, foi informado ao governador Ronaldo Lessa, na última sexta-feira, pelo prefeito do município, Albérico Cordeiro. A situação é muito preocupante, como revela o prefeito, desde que a Fundação Nacional do Índios (Funai) definiu a demarcação das áreas indígenas, cujo processo está sendo avaliado em Brasília. Pelos dados da Funai, dos 46.260 hectares do município, 15 mil serão demarcados como terras indígenas.
As informações foram repassadas ao governador durante reunião com Cordeiro no Palácio Floriano Peixoto. A demarcação atingirá uma área onde estão concentradas mais de duas mil propriedades rurais e cerca de 20 mil habitantes. O prefeito garante que os próprios índios não têm interesse em toda a terra e a demarcação está sendo imposta por antropólogos da Funai.
Os 30% da Barragem Bálsamo, que ficam do lado de Alagoas, também estariam dentro de área indígena, segundo a demarcação da Funai, assim como o Cristo do Goiti, um dos símbolos do município, de acordo com informações do prefeito.
Outros estados
Cordeiro explicou a Lessa que os pequenos proprietários de terras, com menos de 20 hectares, seriam os mais prejudicados com a demarcação. "Como eles são considerados posseiros, não receberão nada de indenização", enfatizou. O prefeito alertou ao governador que em vários estados onde está havendo demarcação das terras indígenas o clima é de tensão entre índios e ruralistas. "Em Águas Belas, no Estado de Pernambuco, onde houve este mesmo processo, a cidade praticamente acabou!" disse.
Mediante portaria, Cordeiro nomeou uma comissão de coordenação de todas as ações nas esferas estadual e municipal, relativas à demarcação de terras indígenas no município. Do governador Ronaldo Lessa, ele teve a garantia de buscar uma solução, assim como prometeram Renan Calheiros e Teotonio Vilela aos empresários e agropecuárias. Lessa viaja hoje a Brasília e vai tentar uma audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir o processo de demarcação das terras indígenas em Palmeira dos Índios
As informações foram repassadas ao governador durante reunião com Cordeiro no Palácio Floriano Peixoto. A demarcação atingirá uma área onde estão concentradas mais de duas mil propriedades rurais e cerca de 20 mil habitantes. O prefeito garante que os próprios índios não têm interesse em toda a terra e a demarcação está sendo imposta por antropólogos da Funai.
Os 30% da Barragem Bálsamo, que ficam do lado de Alagoas, também estariam dentro de área indígena, segundo a demarcação da Funai, assim como o Cristo do Goiti, um dos símbolos do município, de acordo com informações do prefeito.
Outros estados
Cordeiro explicou a Lessa que os pequenos proprietários de terras, com menos de 20 hectares, seriam os mais prejudicados com a demarcação. "Como eles são considerados posseiros, não receberão nada de indenização", enfatizou. O prefeito alertou ao governador que em vários estados onde está havendo demarcação das terras indígenas o clima é de tensão entre índios e ruralistas. "Em Águas Belas, no Estado de Pernambuco, onde houve este mesmo processo, a cidade praticamente acabou!" disse.
Mediante portaria, Cordeiro nomeou uma comissão de coordenação de todas as ações nas esferas estadual e municipal, relativas à demarcação de terras indígenas no município. Do governador Ronaldo Lessa, ele teve a garantia de buscar uma solução, assim como prometeram Renan Calheiros e Teotonio Vilela aos empresários e agropecuárias. Lessa viaja hoje a Brasília e vai tentar uma audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir o processo de demarcação das terras indígenas em Palmeira dos Índios
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