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Garimpo em Espigão continua aberto e CPI encerra os trabalhos pedindo providências do Ministério Público Federal

16/12/2003

Fonte: Rondoniagora-Porto Velho-RO



Ainda não há resultados práticos para a CPI do Garimpo, encerrada pela Assembléia Legislativa e cujo objetivo era investigar o clima tenso, incluindo homicídios na reserva Roosevelt em Espigão do Oeste, onde está localizada uma grande jazida de diamantes. Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito presidida pelo deputado estadual Haroldo Santos (PP-Ouro Preto) entregou relatório ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público Federal pedindo providências e contando toda a história envolvendo índios, garimpeiros e contrabandistas na região de Espigão. A CPI exigiu do MPF a imediata paralisação das atividades de extração, inclusive dos silvícolas. Mas pouco foi feito até agora. Os índios continuam tirando diamantes e vendendo a contrabandistas internacionais. Os garimpeiros estão proibidos de entrar na área e a Polícia Federal observa de longe a movimentação. Nem mesmo as testemunhas chaves da CPI não há mais notícia. Para Haroldo, pelo menos o clima está calmo em Espigão. "Foram feitas algumas prisões, mas é necessário pegar os maiores envolvidos no garimpo porque os diamantes continuam sendo vendidos", admitiu o parlamentar. Em sua opinião, a iniciativa do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) é válida. Criar um entreposto da Caixa Econômica Federal (CEF) para triagem das pedras pelo menos acabaria com o contrabando. "Não perderíamos divisas e nem estaríamos alimentando esses fortes grupos, como as FARC (movimento revolucionário da Colômbia financiado pelo tráfico de drogas)", disse Haroldo. Além de Haroldo, como presidente da CPI, integraram a comissão os deputados Nereu Klosinsk (PT-Alta Floresta), Neri Firigolo (PT-Cacoal), Kaká Mendonça (PTB-Pimenta) e Chico Paraíba (PMDB-Médici).
 

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