De Povos Indígenas no Brasil
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Para tratar filho de 7 anos, índio vive burocracia
25/03/2004
Fonte: Folha de S. Paulo-São Paulo-SP
O índio Xamoai Suruí com seu filho de 7 anos, que já tirou CPF
Xamoai Suruí, 42, índio da nação suruí, está providenciando o CPF para o filho de sete anos. Desde "pequeno", como afirma, o menino apresenta infecções crônicas no ouvido -problema grave. Ele conta que o documento é exigido para o atendimento em unidades de saúde de Rondônia, onde vive em uma aldeia.
"Eu acho que precisa [do documento]. Antigamente era fácil. Nós tinha [sic] o pajé também. E não tinha problema que nem de branco", diz Suruí. "Ele [o pajé] curava tudo." Na opinião do índio, "hoje não tem jeito", é preciso ir "a médico de branco" -e enfrentar toda a burocracia do sistema de saúde. De acordo com Suruí, em sua aldeia todos já tiraram os documentos.
Segundo informações do Ministério da Saúde, nenhum documento deveria ser exigido dos índios, já que eles têm um sistema de identificação à parte.
O pai e o filho estão abrigados na Casa do Índio, na zona sul de São Paulo, mantida pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde). O órgão, ligado ao Ministério da Saúde, responde pela saúde dos índios no país inteiro.
A Casa do Índio relatou ao Ministério Público Federal a exigência de CPF de uma criança indígena, que precisava de quimioterapia. Foi um dos casos que motivaram a ação civil pública que resultou no fim da exigência do documento para crianças, adolescentes e índios.
De acordo com Soraya Ayub Morebola de Oliveira, responsável técnica pela enfermagem da Casa, a criança não ficou sem atendimento enquanto o documento era providenciado.
A Casa orienta todos os índios a providenciar documentos antes de vir para São Paulo -cerca de 40 portadores de casos complexos são encaminhados todos os meses, de todo o país, para a unidade.
No local, é oferecida alimentação, e a enfermagem auxilia os que se recuperam de cirurgias e administra os medicamentos
Xamoai Suruí, 42, índio da nação suruí, está providenciando o CPF para o filho de sete anos. Desde "pequeno", como afirma, o menino apresenta infecções crônicas no ouvido -problema grave. Ele conta que o documento é exigido para o atendimento em unidades de saúde de Rondônia, onde vive em uma aldeia.
"Eu acho que precisa [do documento]. Antigamente era fácil. Nós tinha [sic] o pajé também. E não tinha problema que nem de branco", diz Suruí. "Ele [o pajé] curava tudo." Na opinião do índio, "hoje não tem jeito", é preciso ir "a médico de branco" -e enfrentar toda a burocracia do sistema de saúde. De acordo com Suruí, em sua aldeia todos já tiraram os documentos.
Segundo informações do Ministério da Saúde, nenhum documento deveria ser exigido dos índios, já que eles têm um sistema de identificação à parte.
O pai e o filho estão abrigados na Casa do Índio, na zona sul de São Paulo, mantida pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde). O órgão, ligado ao Ministério da Saúde, responde pela saúde dos índios no país inteiro.
A Casa do Índio relatou ao Ministério Público Federal a exigência de CPF de uma criança indígena, que precisava de quimioterapia. Foi um dos casos que motivaram a ação civil pública que resultou no fim da exigência do documento para crianças, adolescentes e índios.
De acordo com Soraya Ayub Morebola de Oliveira, responsável técnica pela enfermagem da Casa, a criança não ficou sem atendimento enquanto o documento era providenciado.
A Casa orienta todos os índios a providenciar documentos antes de vir para São Paulo -cerca de 40 portadores de casos complexos são encaminhados todos os meses, de todo o país, para a unidade.
No local, é oferecida alimentação, e a enfermagem auxilia os que se recuperam de cirurgias e administra os medicamentos
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