De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Índios e Governo selam compromisso
12/08/2004
Autor: Joselita Matos(Colaboraram Manoela Chiabai e Valéria Kurovsk
Fonte: Jornal do Tocantins-Palmas-TO
Chegada do material para construção de escola na aldeia Kurehê resultou na libertação de reféns
Com chegada dos materiais para construir um galpão provisório, onde serão instaladas quatro salas de aula, o delegado regional de ensino de Araguaína, Manoel Alves Macedo, o administrador regional substituto da Funai de Araguaína, Marcus Vinícius Aniszewiski e Silva, além de dois motoristas, Orlando Gonçalves Mendes e Deusimar César Machado, foram liberados pelos índios da aldeia kurehê, no município de Santa Fé do Araguaia, a 454 quilômetros de Palmas, no Norte do Estado, na madrugada de ontem. O chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil no Tocantins, coronel Edson Nunes, que também esteve retido na aldeia por um dia, já havia sido liberado na tarde de terça-feira, levando o cacique e dois representantes da aldeia para Palmas, onde se reuniram ontem, com outros representantes do Governo do Estado, para tratar das demais reivindicações da comunidade indígena.
O delegado de ensino de Araguaína, Macedo, que estava na aldeia desde o último sábado, ficou esperando que o representante deixado pelo cacique, Devaldo Moreira Karajá, ordenasse a sua liberação. "Agora posso ir para minha casa", afirmou Macedo após a confirmação da sua soltura e dos demais. O engenheiro César Adame, da Secretaria Estadual de Infra-estrutura, que acompanhou a entrega do material, informou que as obras teriam início ainda na manhã de ontem.
Compromissos
O cacique da aldeia Kurehê, Antônio Marcos Leal Sena Karajá, e outros dois representantes da comunidade, Roberval Karajá e Webio Pankararu, passaram a tarde de ontem reunidos com o chefe da Casa Militar, o secretário-chefe do Gavinete do Governador, Luiz Antônio da Rocha, a coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Lúcia Furlan, o subsecretário da Infra-estrutura, Sérgio Leão e o diretor de obras do órgão, Vinícius Parizzi, no Palácio Araguaia. De imediato, os representantes do Governo garantiram para novembro a entrega da obra da escola da aldeia.
Quanto às outras reivindicações da comunidade, o Governo se comprometeu a doar um veículo para o transporte de professores e estudantes e informou ter encaminhado à operadora Brasil Telecom a instalação de um telefone público na aldeia. Em relação à abertura de uma estrada ligando a aldeia Kurehê até a TO-222 (rodovia Santa Fé), o coronel Edson Nunes informou que dois técnicos dos departamentos de eletrificação e de estradas estarão na aldeia, hoje, para realizar uma inspeção e verificar o custo e prazo para construção da estrada. Nunes lembrou que tal projeto depende da licença de desmatamento e demais licenças de ordem legal. Segundo a assessoria de comunicação do Governo, os representantes indígenas se mostraram satisfeitos com o resultado da reunião.
Funai
Segundo o administrador regional substituto da Funai de Araguaína, Marcus Vinícius Aniszewiski e Silva, o órgão estará acompanhando o cumprimento das reivindicações dos índios. "Estas reivindicações são necessárias para a aldeia e para que sejam cumpridas, a Funai vai estar acompanhando de perto a realização delas, que seriam o telefone público na aldeia, instalação de energia elétrica, a construção de uma nova estrada e um veículo para o transporte de alunos e professores. Caso não sejam atendidas, podemos entrar com uma denúncia no Ministério Público Federal e exigir o cumprimento delas", completou.
Com chegada dos materiais para construir um galpão provisório, onde serão instaladas quatro salas de aula, o delegado regional de ensino de Araguaína, Manoel Alves Macedo, o administrador regional substituto da Funai de Araguaína, Marcus Vinícius Aniszewiski e Silva, além de dois motoristas, Orlando Gonçalves Mendes e Deusimar César Machado, foram liberados pelos índios da aldeia kurehê, no município de Santa Fé do Araguaia, a 454 quilômetros de Palmas, no Norte do Estado, na madrugada de ontem. O chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil no Tocantins, coronel Edson Nunes, que também esteve retido na aldeia por um dia, já havia sido liberado na tarde de terça-feira, levando o cacique e dois representantes da aldeia para Palmas, onde se reuniram ontem, com outros representantes do Governo do Estado, para tratar das demais reivindicações da comunidade indígena.
O delegado de ensino de Araguaína, Macedo, que estava na aldeia desde o último sábado, ficou esperando que o representante deixado pelo cacique, Devaldo Moreira Karajá, ordenasse a sua liberação. "Agora posso ir para minha casa", afirmou Macedo após a confirmação da sua soltura e dos demais. O engenheiro César Adame, da Secretaria Estadual de Infra-estrutura, que acompanhou a entrega do material, informou que as obras teriam início ainda na manhã de ontem.
Compromissos
O cacique da aldeia Kurehê, Antônio Marcos Leal Sena Karajá, e outros dois representantes da comunidade, Roberval Karajá e Webio Pankararu, passaram a tarde de ontem reunidos com o chefe da Casa Militar, o secretário-chefe do Gavinete do Governador, Luiz Antônio da Rocha, a coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Lúcia Furlan, o subsecretário da Infra-estrutura, Sérgio Leão e o diretor de obras do órgão, Vinícius Parizzi, no Palácio Araguaia. De imediato, os representantes do Governo garantiram para novembro a entrega da obra da escola da aldeia.
Quanto às outras reivindicações da comunidade, o Governo se comprometeu a doar um veículo para o transporte de professores e estudantes e informou ter encaminhado à operadora Brasil Telecom a instalação de um telefone público na aldeia. Em relação à abertura de uma estrada ligando a aldeia Kurehê até a TO-222 (rodovia Santa Fé), o coronel Edson Nunes informou que dois técnicos dos departamentos de eletrificação e de estradas estarão na aldeia, hoje, para realizar uma inspeção e verificar o custo e prazo para construção da estrada. Nunes lembrou que tal projeto depende da licença de desmatamento e demais licenças de ordem legal. Segundo a assessoria de comunicação do Governo, os representantes indígenas se mostraram satisfeitos com o resultado da reunião.
Funai
Segundo o administrador regional substituto da Funai de Araguaína, Marcus Vinícius Aniszewiski e Silva, o órgão estará acompanhando o cumprimento das reivindicações dos índios. "Estas reivindicações são necessárias para a aldeia e para que sejam cumpridas, a Funai vai estar acompanhando de perto a realização delas, que seriam o telefone público na aldeia, instalação de energia elétrica, a construção de uma nova estrada e um veículo para o transporte de alunos e professores. Caso não sejam atendidas, podemos entrar com uma denúncia no Ministério Público Federal e exigir o cumprimento delas", completou.
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