De Povos Indígenas no Brasil
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SITUAÇÃO DE RISCO CONTINUA EM AREA RETOMADA PELOS MAXAKALI
01/09/2005
Fonte: Cimi-Brasília-DF
Após os acontecimentos de agressão e violência contra missionários do Conselho indigenista Missionário no domingo 28, e o ataque dos fazendeiros ao acampamento indígena na fazenda Monte das Oliveiras dia 29, o clima de ameaça e terror contra os Maxakali permanece no município de Santa Helena de Minas, nordeste do estado. Passado três dias em que fazendeiros liderados pelo Sr. Rubens da cidade de Governador Valadares e Roni Von de Machacalis promoveram um clima de terror no acampamento indígena na fazenda Monte das Oliveiras com o objetivo de intimidar as lideranças e forçarem a saída da área retomada, a situação tende a ficar ainda mais desfavorável aos Maxakali, já que o resultado da reunião de terça-feira passada garante aos fazendeiros que estes retornem às suas casas dentro da área retomada.
A reunião na Câmara de vereadores de Santa Helena foi articulada pelos fazendeiros que também organizou uma manifestação do lado de fora do recinto. Num clima de permanente tensão, a reunião foi dirigida pelo prefeito Wilton dos Santos e estavam presentes além dos fazendeiros e vereadores, o administrador regional da Funai em Valadares Valdemar Adilson e cinco lideranças Maxakali que - em estado de ameaça e choque - foram forçados a assinar um acordo vergonhoso e inoportuno, diante do clima instalado pelos fazendeiros.
O assim chamado "Termo de Acordo" prevê a volta dos fazendeiros para a área enquanto a Funai se compromete a doar "cestas básicas da Conab" aos indígenas no acampamento. Diante disso, todos ficam aguardando decisão judicial sobre o pedido de liminar de reintegração de posse favorável aos fazendeiros.
Como podemos constatar, o tal acordo é uma vergonha e não contribui em nada para superar o conflito, ao contrário, deixa a situação ainda pior, haja vista a desastrosa manobra de permitir que os fazendeiros e seus homens ocupem as habitações a poucos metros de onde estão os indígenas. Cada vez mais é urgente a proteção aos Maxakali pela Policia Federal enquanto cabe à Funai constituir o grupo técnico(GT) para demarcar a terra tradicional dos Maxakali e reparar os erros do passado, fruto da ganância e dos acordos realizados por servidores do órgão indigenista oficial à época. Infelizmente os erros da Funai continuam, ao forçar que os indígenas estivessem numa reunião em total clima de hostilidade e ameaça. Por isso, os seus dirigentes tem que ser responsabilizados para o que vier a acontecer contra os índios Maxakali que resistem na área retomada e que, determinados exigem a demarcação de sua terra.
Para o Cimi, somente essa medida, de efetiva, necessária e responsável ação de regularização territorial trará de volta a paz e a segurança na região. Assim, confiamos que a justiça tomará as medidas necessárias.
A reunião na Câmara de vereadores de Santa Helena foi articulada pelos fazendeiros que também organizou uma manifestação do lado de fora do recinto. Num clima de permanente tensão, a reunião foi dirigida pelo prefeito Wilton dos Santos e estavam presentes além dos fazendeiros e vereadores, o administrador regional da Funai em Valadares Valdemar Adilson e cinco lideranças Maxakali que - em estado de ameaça e choque - foram forçados a assinar um acordo vergonhoso e inoportuno, diante do clima instalado pelos fazendeiros.
O assim chamado "Termo de Acordo" prevê a volta dos fazendeiros para a área enquanto a Funai se compromete a doar "cestas básicas da Conab" aos indígenas no acampamento. Diante disso, todos ficam aguardando decisão judicial sobre o pedido de liminar de reintegração de posse favorável aos fazendeiros.
Como podemos constatar, o tal acordo é uma vergonha e não contribui em nada para superar o conflito, ao contrário, deixa a situação ainda pior, haja vista a desastrosa manobra de permitir que os fazendeiros e seus homens ocupem as habitações a poucos metros de onde estão os indígenas. Cada vez mais é urgente a proteção aos Maxakali pela Policia Federal enquanto cabe à Funai constituir o grupo técnico(GT) para demarcar a terra tradicional dos Maxakali e reparar os erros do passado, fruto da ganância e dos acordos realizados por servidores do órgão indigenista oficial à época. Infelizmente os erros da Funai continuam, ao forçar que os indígenas estivessem numa reunião em total clima de hostilidade e ameaça. Por isso, os seus dirigentes tem que ser responsabilizados para o que vier a acontecer contra os índios Maxakali que resistem na área retomada e que, determinados exigem a demarcação de sua terra.
Para o Cimi, somente essa medida, de efetiva, necessária e responsável ação de regularização territorial trará de volta a paz e a segurança na região. Assim, confiamos que a justiça tomará as medidas necessárias.
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