De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Em Manaus, índios venezuelanos citam crenças espirituais e recusam tratamento de saúde
25/05/2017
Fonte: G1 g1.globo.com
A crença na cura espiritual tem feito indígenas venezuelanos recusarem tratamento de saúde em Manaus, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Nesta quinta-feira (25), uma reunião foi realizada com lideranças e a Semsa para discutir o assunto. Segundo a pasta, métodos tradicionais dos índios vão ser usados em conjunto com o tratamento padrão.
A reunião foi realizada na Unidade Básica de Saúde Mansur Bulbol, na Avenida Desembargador João Machado. Durante o encontro, índios refugiados na capital explicaram sobre os tratamentos tradicionais adotados por eles.
A antropóloga e técnica em projetos na Fundação Estadual do Índio, Justina Cândido, indígena da etinia Tikuna, explicou que a população indígena acredita na cura espiritual por não ter contato com médicos e remédios industrializados.
"A gente tem uma relação muito grande com a natureza. O espírito da natureza. Tudo isso se relaciona em xamã. A população indígena se relaciona a isso pois não temos a vivência na cidade, com médicos, então, muitas das vezes, a solução para nós é cura através de espíritos e de medicinas tradicionais", explicou a antropóloga.
Em dois meses, três venezuelanos morreram vítimas de problemas de saúde em Manaus. Uma menina de seis meses teve uma infecção generalizada decorrente de uma catapora. Outro bebê, de apenas 10 meses, contraiu pneumonia. Um homem de 33 anos também morreu, mas a causa não foi identificada. Foram confirmados ainda casos de tuberculose entre os índios, pela coordenação municipal de controle da doença.
Segundo o agente de saúde Jailson Barbosa, a recusa tem dificultado o tratamento dos refugiados, principalmente em casos que envolvem crianças. De acordo com o indígena Warao Anibal Perez, quando uma criança está doente, a cultura não permite o uso de medicamentos. "Acreditamos que muitas doenças podem ser curadas através de xamãs", disse.
Na reunião, profissionais da Semsa conversaram com os indígenas para tentar adaptar o tratamento de saúde para esse público. O objetivo do momento, segundo o agente Jailson Barbosa, é escutar os venezuelanos e reforçar a necessidade dos cuidados com a saúde.
"Com esta conversa, queremos estreitar o caminho para que os trabalhos de saúde possam ser feitos. Começar um processo de corresponsabilização do estado de saúde deles. Descobrimos a presença de xamãs e vamos nos ajustar a isto, junto com os tratamentos tradicionais do país", completou.
A Semsa informou que um trabalho conjunto deve ser realizado para inserir a cultura tradicional no tratamento de venezuelanos indígenas em Manaus. Na capital, cerca de 400 indígenas estão refugiados.
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/venezuelanos-recusam-tratamento-de-saude-por-crencas-espirituais-diz-semsa.ghtml
A reunião foi realizada na Unidade Básica de Saúde Mansur Bulbol, na Avenida Desembargador João Machado. Durante o encontro, índios refugiados na capital explicaram sobre os tratamentos tradicionais adotados por eles.
A antropóloga e técnica em projetos na Fundação Estadual do Índio, Justina Cândido, indígena da etinia Tikuna, explicou que a população indígena acredita na cura espiritual por não ter contato com médicos e remédios industrializados.
"A gente tem uma relação muito grande com a natureza. O espírito da natureza. Tudo isso se relaciona em xamã. A população indígena se relaciona a isso pois não temos a vivência na cidade, com médicos, então, muitas das vezes, a solução para nós é cura através de espíritos e de medicinas tradicionais", explicou a antropóloga.
Em dois meses, três venezuelanos morreram vítimas de problemas de saúde em Manaus. Uma menina de seis meses teve uma infecção generalizada decorrente de uma catapora. Outro bebê, de apenas 10 meses, contraiu pneumonia. Um homem de 33 anos também morreu, mas a causa não foi identificada. Foram confirmados ainda casos de tuberculose entre os índios, pela coordenação municipal de controle da doença.
Segundo o agente de saúde Jailson Barbosa, a recusa tem dificultado o tratamento dos refugiados, principalmente em casos que envolvem crianças. De acordo com o indígena Warao Anibal Perez, quando uma criança está doente, a cultura não permite o uso de medicamentos. "Acreditamos que muitas doenças podem ser curadas através de xamãs", disse.
Na reunião, profissionais da Semsa conversaram com os indígenas para tentar adaptar o tratamento de saúde para esse público. O objetivo do momento, segundo o agente Jailson Barbosa, é escutar os venezuelanos e reforçar a necessidade dos cuidados com a saúde.
"Com esta conversa, queremos estreitar o caminho para que os trabalhos de saúde possam ser feitos. Começar um processo de corresponsabilização do estado de saúde deles. Descobrimos a presença de xamãs e vamos nos ajustar a isto, junto com os tratamentos tradicionais do país", completou.
A Semsa informou que um trabalho conjunto deve ser realizado para inserir a cultura tradicional no tratamento de venezuelanos indígenas em Manaus. Na capital, cerca de 400 indígenas estão refugiados.
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/venezuelanos-recusam-tratamento-de-saude-por-crencas-espirituais-diz-semsa.ghtml
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.