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Representantes da ONU recorrem ao MPF contra 'ação de guerra' em Caarapó
31/08/2018
Autor: Aliny Mary Dias e Mariane Chianezi
Fonte: Midiamax https://www.midiamax.com.br/
Representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) procuraram o MPF (Ministério Público Federal), nesta sexta-feira (31), para fazer uma representação contra ação policial contra indígenas em Caarapó, no início da semana. Um advogado e o secretário regional da ONU solicitaram ao órgão acompanhamento ao inquérito já aberto para apurar a situação.
O advogado Lairson Palermo e o secretário-executivo da Comissão Regional de Justiça e Paz da ONU, Edivaldo Cardoso, assinaram o pedido.
De acordo com os denunciantes, houve irregularidades na forma como os indígenas foram tratados durante a operação que contou com militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), da Força Tática da PM e também grupamento aéreo da PM.
Para o secretário executivo da ONU, o efetivo mobilizado para a ação não correspondeu ao fato. "Uma demonstração de força desproporcional contra a comunidade indígena, com todo esse poder de investigação que foi montado poderia ter feito algo melhor", afirma Edivaldo, ressaltando que o ato se tratou de uma "ação de guerra".
A representação protocolada tem prazo de 15 dias para ser analisada pelos procuradores.
O que diz o Governo
Depois do MPF ter acusado o Governo do Estado, no dia seguinte a operação, de praticar reintegração de posse sem mandado judicial, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) rebateu a informação.
De acordo com a nota da pasta, "as ações foram calcadas na da legalidade e a situação era grave e poderia tomar maiores proporções caso não houvesse a rápida intervenção policial". A comunicação também destaca que houve crimes de roubo qualificado e cárcere privado, "todos de competência da Justiça Estadual" e a Sejusp "agiu para reestabelecer (sic) a ordem e assim procederá em toda e qualquer situação que ela for ameaçada".
O episódio
Conforme o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o conflito teria iniciado depois do desaparecimento de um indígena. Cerca de 100 índios guarani kaiowá teriam expulsado funcionários da fazenda Santa Maria, localizada na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I.
Ao fim da ação, um indígena idoso de 70 anos acabou detido em flagrante por roubo qualificado. Ele foi o único detido na ação que contou com grande aparato de militares.
https://www.midiamax.com.br/cotidiano/2018/representantes-da-onu-vao-ao-mpf-contra-acao-de-guerra-em-caarapo/
O advogado Lairson Palermo e o secretário-executivo da Comissão Regional de Justiça e Paz da ONU, Edivaldo Cardoso, assinaram o pedido.
De acordo com os denunciantes, houve irregularidades na forma como os indígenas foram tratados durante a operação que contou com militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), da Força Tática da PM e também grupamento aéreo da PM.
Para o secretário executivo da ONU, o efetivo mobilizado para a ação não correspondeu ao fato. "Uma demonstração de força desproporcional contra a comunidade indígena, com todo esse poder de investigação que foi montado poderia ter feito algo melhor", afirma Edivaldo, ressaltando que o ato se tratou de uma "ação de guerra".
A representação protocolada tem prazo de 15 dias para ser analisada pelos procuradores.
O que diz o Governo
Depois do MPF ter acusado o Governo do Estado, no dia seguinte a operação, de praticar reintegração de posse sem mandado judicial, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) rebateu a informação.
De acordo com a nota da pasta, "as ações foram calcadas na da legalidade e a situação era grave e poderia tomar maiores proporções caso não houvesse a rápida intervenção policial". A comunicação também destaca que houve crimes de roubo qualificado e cárcere privado, "todos de competência da Justiça Estadual" e a Sejusp "agiu para reestabelecer (sic) a ordem e assim procederá em toda e qualquer situação que ela for ameaçada".
O episódio
Conforme o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o conflito teria iniciado depois do desaparecimento de um indígena. Cerca de 100 índios guarani kaiowá teriam expulsado funcionários da fazenda Santa Maria, localizada na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I.
Ao fim da ação, um indígena idoso de 70 anos acabou detido em flagrante por roubo qualificado. Ele foi o único detido na ação que contou com grande aparato de militares.
https://www.midiamax.com.br/cotidiano/2018/representantes-da-onu-vao-ao-mpf-contra-acao-de-guerra-em-caarapo/
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