De Povos Indígenas no Brasil
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Índios Maxakali serão reassentados
30/08/2006
Fonte: Home Page CEDEFES
Os 250 índios Maxakali que foram expulsos da aldeia de Santa Helena de Minas, no Vale do Mucuri, em novembro do ano passado, serão assentados em duas fazendas da região. Técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estão no Vale do Mucuri vistoriando propriedades passíveis de desapropriação. A expectativa é a de
que o assentamento seja feito ainda neste ano. Para que o processo seja definido, a Fundação Nacional do Índio (Funai) terá que aprovar as terras. "Temos muita pressa. Por isso, esperamos que esse processo não seja demorado", disse o administrador da Regional da Funai em Governador Valadares, Waldemar Krenak. Nos últimos dois anos 19 índios morreram na aldeia Maxakali, em conflitos entre os grupos de Água Boa e Pradinho que, juntos, reúnem 1.150 índios. O mais recente confronto resultou na morte de Xibil e Erasmo Maxakali, no dia 8 de novembro do ano passado, quando os grupos de Noêmia e de Rafael foram acuados e, contra eles, disparados mais de 80 tiros, fora flechas e arcos. Resgatado pela Polícia Militar, esses índios foram levados para um ginásio e separados em diferentes grupos. O de Noêmia, que tem 150 índios, está em Frei Gaspar e o de Rafael, com 100 índios, na aldeia dos Krenak, em Resplendor, no Vale do Rio Doce. Segundo o administrador Regional da Funai, os povos Krenak e Maxakali têm costumes diferentes e a convivência entre eles está ficando a cada dia mais difícil. Além disso, a aldeia Krenak, que tem 250 índios, não comporta os 100 a mais que recebeu em solidariedade. Diferentemente dos Krenak, os Maxakali são nômades e poucos homens falam o português, idioma ainda menos dominado entre as mulheres. No passado, segundo o administrador regional da Funai, os índios tinham o costume de mudar de lugar com a família após alguma rixa, em especial quando do conflito resultava em mortes. "Por isso, viviam em várias pequenas aldeias no Vale do Mucuri, até serem estrangulados, confinados em um território demarcado pelo Governo em Santa Helena de Minas, divisa com Bertópolis", conta. Esses estrangulamentos teriam resultado na formação da aldeia que, por sua vez, foi dividida em dois grupos: Água Boa e Pradinho. O inchaço populacional teria provocado várias mortes ao longos dos anos, violência fomentada pelo alcoolismo, grave problema enfrentado pelos índios Maxakali. "Com o assentamento dos índios expulsos das duas fazendas que serão desapropriadas, vamos resgatar um pouco da cultura Maxakali, que terá mais terra, área para se mudar, mesmo estando dentro de uma mesma propriedade. Desta forma, manteremos a paz", disse Waldemar Krenak. Apesar de outras fazendas
estarem sendo vistoriadas, ele acredita que as duas outras, localizadas entre as cidades de Itambacuri e Teófilo Otoni, sejam as aprovadas por terem muita água e árvores. Ele não informou os nomes das fazendas. Waldemar Krenak lembra ainda que desde a saída dos 250 índios, em novembro de 2005, não houve mais mortes entre eles. Ele descartou a
possibilidade de, futuramente, os 250 índios expulsos serem aceitos de volta em Santa Helena de Minas. "Nessa geração isso não vai acontecer, mas a outra pode pensar diferente", disse.
FONTE: www.hojeemdia.com.br
Fonte: Clipping da 6ªCCR do MPF.
que o assentamento seja feito ainda neste ano. Para que o processo seja definido, a Fundação Nacional do Índio (Funai) terá que aprovar as terras. "Temos muita pressa. Por isso, esperamos que esse processo não seja demorado", disse o administrador da Regional da Funai em Governador Valadares, Waldemar Krenak. Nos últimos dois anos 19 índios morreram na aldeia Maxakali, em conflitos entre os grupos de Água Boa e Pradinho que, juntos, reúnem 1.150 índios. O mais recente confronto resultou na morte de Xibil e Erasmo Maxakali, no dia 8 de novembro do ano passado, quando os grupos de Noêmia e de Rafael foram acuados e, contra eles, disparados mais de 80 tiros, fora flechas e arcos. Resgatado pela Polícia Militar, esses índios foram levados para um ginásio e separados em diferentes grupos. O de Noêmia, que tem 150 índios, está em Frei Gaspar e o de Rafael, com 100 índios, na aldeia dos Krenak, em Resplendor, no Vale do Rio Doce. Segundo o administrador Regional da Funai, os povos Krenak e Maxakali têm costumes diferentes e a convivência entre eles está ficando a cada dia mais difícil. Além disso, a aldeia Krenak, que tem 250 índios, não comporta os 100 a mais que recebeu em solidariedade. Diferentemente dos Krenak, os Maxakali são nômades e poucos homens falam o português, idioma ainda menos dominado entre as mulheres. No passado, segundo o administrador regional da Funai, os índios tinham o costume de mudar de lugar com a família após alguma rixa, em especial quando do conflito resultava em mortes. "Por isso, viviam em várias pequenas aldeias no Vale do Mucuri, até serem estrangulados, confinados em um território demarcado pelo Governo em Santa Helena de Minas, divisa com Bertópolis", conta. Esses estrangulamentos teriam resultado na formação da aldeia que, por sua vez, foi dividida em dois grupos: Água Boa e Pradinho. O inchaço populacional teria provocado várias mortes ao longos dos anos, violência fomentada pelo alcoolismo, grave problema enfrentado pelos índios Maxakali. "Com o assentamento dos índios expulsos das duas fazendas que serão desapropriadas, vamos resgatar um pouco da cultura Maxakali, que terá mais terra, área para se mudar, mesmo estando dentro de uma mesma propriedade. Desta forma, manteremos a paz", disse Waldemar Krenak. Apesar de outras fazendas
estarem sendo vistoriadas, ele acredita que as duas outras, localizadas entre as cidades de Itambacuri e Teófilo Otoni, sejam as aprovadas por terem muita água e árvores. Ele não informou os nomes das fazendas. Waldemar Krenak lembra ainda que desde a saída dos 250 índios, em novembro de 2005, não houve mais mortes entre eles. Ele descartou a
possibilidade de, futuramente, os 250 índios expulsos serem aceitos de volta em Santa Helena de Minas. "Nessa geração isso não vai acontecer, mas a outra pode pensar diferente", disse.
FONTE: www.hojeemdia.com.br
Fonte: Clipping da 6ªCCR do MPF.
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