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Coiab denuncia produção de filme sobre os Saterê-Mawé sem autorização dos indígenas
27/03/2007
Fonte: Coiab
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) enviou à presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) documento em que solicita a adoção de medidas para que a produção cinematográfica sobre o povo Saterê-Mawé anunciada, no mês de janeiro, pelo compositor parintinense, Ademar Azevedo, não aconteça sem antes discutir com a comunidade indígena.
O compositor teria sugerido, em 2005, ao diretor sueco Kalervo Nevarlainen a produção do filme "Waikirú na Amazônia", baseado no livro "Belas Artes Sateré-Mawé", do Pe. Henrique Ugge. O filme prevê a participação de 53 atores de diferentes nacionalidades e seria distribuído em 150 países e que três pessoas "com características indígenas vão representar a Amazônia em campanha publicitária em vários países da Europa e da Ásia".
A produção do filme foi anunciada pelo próprio Ademar Azevedo, em entrevista dada ao jornal "Em Tempo Parintins", de 9 de janeiro último. Os indígenas ficaram espantados e estranharam o anuncio, pois em momento algum foram consultados, declara o presidente do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé (CGTSM), Derli Batista
De acordo com Batista, Azevedo não é indígena e não pode assumir-se como representante dos povos indígenas na produção de um filme, onde os Saterê-Mawé serão os protagonistas, mesmo que a história seja uma ficção.
No documento encaminhado à Funai, a Coiab reitera este questionamento: "nos incomoda mais uma vez o fato de que uma produção cinematográfica seja feita tendo como pano de fundo o universo indígena sem que, ao menos, tenhamos sido comunicados ou convidados a discutir em que medida este filme irá beneficiar a comunidade indígena Sateré-Mawé". E acrescenta: "o Sr. Azevedo parece estar assumindo o papel de embaixador dos Povos Indígenas Amazônicos sem a nossa devida autorização".
Para a Coiab, a participação na discussão do projeto do filme é fundamental: "para podermos decidir se é de nosso interesse ou não termos a imagem dos indígenas Sateré-Mawé envolvida e de que forma o filme pretende expor a nossa cultura".
O compositor teria sugerido, em 2005, ao diretor sueco Kalervo Nevarlainen a produção do filme "Waikirú na Amazônia", baseado no livro "Belas Artes Sateré-Mawé", do Pe. Henrique Ugge. O filme prevê a participação de 53 atores de diferentes nacionalidades e seria distribuído em 150 países e que três pessoas "com características indígenas vão representar a Amazônia em campanha publicitária em vários países da Europa e da Ásia".
A produção do filme foi anunciada pelo próprio Ademar Azevedo, em entrevista dada ao jornal "Em Tempo Parintins", de 9 de janeiro último. Os indígenas ficaram espantados e estranharam o anuncio, pois em momento algum foram consultados, declara o presidente do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé (CGTSM), Derli Batista
De acordo com Batista, Azevedo não é indígena e não pode assumir-se como representante dos povos indígenas na produção de um filme, onde os Saterê-Mawé serão os protagonistas, mesmo que a história seja uma ficção.
No documento encaminhado à Funai, a Coiab reitera este questionamento: "nos incomoda mais uma vez o fato de que uma produção cinematográfica seja feita tendo como pano de fundo o universo indígena sem que, ao menos, tenhamos sido comunicados ou convidados a discutir em que medida este filme irá beneficiar a comunidade indígena Sateré-Mawé". E acrescenta: "o Sr. Azevedo parece estar assumindo o papel de embaixador dos Povos Indígenas Amazônicos sem a nossa devida autorização".
Para a Coiab, a participação na discussão do projeto do filme é fundamental: "para podermos decidir se é de nosso interesse ou não termos a imagem dos indígenas Sateré-Mawé envolvida e de que forma o filme pretende expor a nossa cultura".
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