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Funai averigua hoje conflito em Jarudore
31/01/2008
Autor: Joanice de Deus
Fonte: Diário de Cuiabá
O deslocamento de uma equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai) ao distrito de Jarudore, no município de Poxoréu (251 quilômetros ao sul de Cuiabá) deve acontecer somente hoje. "Tudo indica que deverá ser amanhã (hoje)", disse o administrador do Núcleo de Apoio do órgão em Rondonópolis, Antônio Alves Dourado.
Segundo Dourado, o administrador executivo da Funai, em Cuiabá, Carlos Márcio Vieira, chegou somente ontem à Rondonópolis e também não foi possível entrar em contato com a Polícia Federal (PF).
Enquanto isso, a comunidade de 32 famílias de bororos lamenta a demora na atuação do poder público e teme pelo pior, já que existe a ameaça de invasão da aldeia Jarudore por um grupo de pessoas armadas. "É sempre assim. É amanhã, amanhã. Depois que acontecer alguma coisa eles (Funai) dizem que já estavam indo", disse a cacique da aldeia, Maria Aparecida Toro Ekureudo.
De acordo com Maria Aparecida, as pessoas identificadas pelos nomes de Zé Preto, Márcio e Jucélio, que ameaçaram invadir a aldeia, circulam livremente pelo distrito. "Mas não são só estes três. É um grupo muito maior, formado por gente poderosa e cheia de dinheiro", acredita.
Ela lembrou que em dezembro de 2006 houve um atentado contra o seu genro que resultou no incêndio de seu caminhão. No dia 17 de março de 2007, Elenilson Batare, 20 anos, foi assassinado na zona rural de Jarudore.
A luta é antiga. A área dos bororos foi demarcada pela primeira vez em 1912, por Marechal Cândido Rondon. São João de Jarudore, como foi chamada, tinha como marcos referenciais alguns dos morros típicos da região de Poxoréu e somava cerca de 100 mil hectares.
Em 1945, um decreto estadual - n644/45 - redefiniu os limites da área para menos de um décimo do desenho original. Seis anos mais tarde, um título definitivo expedido pelo governo do Estado fixou a terra Bororo em 4,7 mil hectares. O processo em que os bororos requerem sua terra encontra-se na Justiça Federal.
Segundo Dourado, o administrador executivo da Funai, em Cuiabá, Carlos Márcio Vieira, chegou somente ontem à Rondonópolis e também não foi possível entrar em contato com a Polícia Federal (PF).
Enquanto isso, a comunidade de 32 famílias de bororos lamenta a demora na atuação do poder público e teme pelo pior, já que existe a ameaça de invasão da aldeia Jarudore por um grupo de pessoas armadas. "É sempre assim. É amanhã, amanhã. Depois que acontecer alguma coisa eles (Funai) dizem que já estavam indo", disse a cacique da aldeia, Maria Aparecida Toro Ekureudo.
De acordo com Maria Aparecida, as pessoas identificadas pelos nomes de Zé Preto, Márcio e Jucélio, que ameaçaram invadir a aldeia, circulam livremente pelo distrito. "Mas não são só estes três. É um grupo muito maior, formado por gente poderosa e cheia de dinheiro", acredita.
Ela lembrou que em dezembro de 2006 houve um atentado contra o seu genro que resultou no incêndio de seu caminhão. No dia 17 de março de 2007, Elenilson Batare, 20 anos, foi assassinado na zona rural de Jarudore.
A luta é antiga. A área dos bororos foi demarcada pela primeira vez em 1912, por Marechal Cândido Rondon. São João de Jarudore, como foi chamada, tinha como marcos referenciais alguns dos morros típicos da região de Poxoréu e somava cerca de 100 mil hectares.
Em 1945, um decreto estadual - n644/45 - redefiniu os limites da área para menos de um décimo do desenho original. Seis anos mais tarde, um título definitivo expedido pelo governo do Estado fixou a terra Bororo em 4,7 mil hectares. O processo em que os bororos requerem sua terra encontra-se na Justiça Federal.
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