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Polícia Federal nega que tenha jogado bomba que acertou filho de Quartiero

01/04/2008

Fonte: Folha de Boa Vista




Na primeira entrevista coletiva na condição de coordenador regional da Operação Upatakon 3, o delegado Fernando Romero disse que a ação da Polícia Federal na Raposa Serra do Sol visa assegurar a paz durante a retirada dos não-índios. "A Polícia Federal não está aqui para fazer qualquer tipo de violência. Estamos em operação de paz, para evitar qualquer problema na retirada dos não-índios da terra indígena Raposa Serra do Sol", enfatizou.

Ele contou em detalhes a operação que levou à prisão de Quartiero e disse que a ida dos policiais até a reserva ocorreu a pedido de familiares de não-índios que vivem no local e queriam informações sobre a situação. "Fomos surpreendidos pelos ataques, por pregos jogados na estrada e até bombas caseiras que explodiam quando o carro passava e poderiam ter provocado uma tragédia, pois algumas delas estavam inclusive em cabeceiras de ponte. Pedimos que eles desocupassem a ponte e se recusaram. Começou uma discussão e eles exigiram que nos identificássemos quando nós é que queríamos a identificação deles. O senhor Quartiero disse que eu estava falando alto e que estava com mau hálito e ficou o tempo inteiro debochando, afirmando que nós, enquanto policiais federais, estávamos ali apenas pelo dinheiro e que não amávamos nosso país. Foi preso por desacato, desobediência, obstrução de rodovia federal e incitação à desordem pública", disse.

O delegado Romero mostrou os armamentos usados pelos policiais nas suas incursões na Raposa. Ele apresentou granadas de gás de pimenta e lacrimogêneo, bombas de efeito moral e munição de borracha, além de spray de pimenta, todos não-letais.
 

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