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Líderes do Xingu já estão em Sapezal para as comemorações pelo Dia do Índio
17/04/2008
Fonte: Jornal Documento
Três dos cinco líderes indígenas que serão homenageados pelo Governo do Estado com a comenda Ordem do Mérito Mato Grosso chegaram a Sapezal (480 km a Noroeste de Cuiabá) na tarde desta quinta-feira (17)14h vindos diretamente do Parque Nacional do Xingu. Os caciques Raoni Txucarramãe, Megaron Txucarramãe e Aritana Yawalapiti aguardam com expectativa as comemorações desta sexta-feira, na aldeia Utiariti, em Sapezal, pela passagem do Dia do Índio (cuja data se comemora em 19 de abril). Os outros dois homenageados com a comenda são os caciques Adalberto Nambikwara, anfitrião do evento, e o cacique João Arrezomãe (João Garimpeiro), da etnia Pareci, cujo território fica ao lado do dos Nambikwara e é separado apenas pelo rio Papagaio.
Depois de passearem pelos principais pontos da cidade, os líderes deram entrevista para a imprensa local. Dos três apenas Aritana conhecia Sapezal. Sobre as homenagens que receberão na forma de uma comenda, os três enfatizaram que entendem que a honraria é em reconhecimentos aos seus esforços pela integração entre as nações indígenas e o homem branco. Falando no dialeto Caiapó, Raoni (traduzido por megaron) disse que está preocupado em ver que a terra do índio foi ocupada ao longo dos anos e que muitas tribos desapareceram. "Peço que respeitem o índio e a terra deles. Para que possam viver em paz em suas terras, preservando seus costumes e vivendo a própria vida", disse Raoni.
Megaron destacou que a homenagem é também pelo reconhecimento pela resistência do índio em lutar para preservar a cultura, a língua e seu território. "Esse reconhecimento do Governo do Estado, do governador Blairo Maggi é muito importante para nós". Sobre a relação índio - homem branco, Megaron reconheceu que hoje o entendimento melhorou e o relacionamento é mais harmonioso. "Existem ainda alguns conflitos, por causa de algumas pessoas que invadem as reservas para explorar a riqueza dos índios e para os caciques dos povos Pareci e Nambikwara, mas lá no Xingu é mais tranqüilo". Sua preocupação para os próximos 50 anos é quanto aos políticos que virão. Ele espera que continuem a apoiar as nações indígenas. "Espero que a cultura continue preservada pelos netos e bisnetos".
Já o líder Aritana, do Alto Xingu, ressaltou o apoio que os índios recebem do governo do Estado. Ele espera que pelo menos pelos próximos 50 anos a cultura do índio seja preservada. Ele fez um alerta aos jovens índios, que se sentem influenciados pelo modo de vida dos brancos: "os jovens acham que viver a cultura dos brancos é mais fácil, mas não é", aconselhou.
Depois de passearem pelos principais pontos da cidade, os líderes deram entrevista para a imprensa local. Dos três apenas Aritana conhecia Sapezal. Sobre as homenagens que receberão na forma de uma comenda, os três enfatizaram que entendem que a honraria é em reconhecimentos aos seus esforços pela integração entre as nações indígenas e o homem branco. Falando no dialeto Caiapó, Raoni (traduzido por megaron) disse que está preocupado em ver que a terra do índio foi ocupada ao longo dos anos e que muitas tribos desapareceram. "Peço que respeitem o índio e a terra deles. Para que possam viver em paz em suas terras, preservando seus costumes e vivendo a própria vida", disse Raoni.
Megaron destacou que a homenagem é também pelo reconhecimento pela resistência do índio em lutar para preservar a cultura, a língua e seu território. "Esse reconhecimento do Governo do Estado, do governador Blairo Maggi é muito importante para nós". Sobre a relação índio - homem branco, Megaron reconheceu que hoje o entendimento melhorou e o relacionamento é mais harmonioso. "Existem ainda alguns conflitos, por causa de algumas pessoas que invadem as reservas para explorar a riqueza dos índios e para os caciques dos povos Pareci e Nambikwara, mas lá no Xingu é mais tranqüilo". Sua preocupação para os próximos 50 anos é quanto aos políticos que virão. Ele espera que continuem a apoiar as nações indígenas. "Espero que a cultura continue preservada pelos netos e bisnetos".
Já o líder Aritana, do Alto Xingu, ressaltou o apoio que os índios recebem do governo do Estado. Ele espera que pelo menos pelos próximos 50 anos a cultura do índio seja preservada. Ele fez um alerta aos jovens índios, que se sentem influenciados pelo modo de vida dos brancos: "os jovens acham que viver a cultura dos brancos é mais fácil, mas não é", aconselhou.
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