De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Gerando conflitos
06/05/2008
Fonte: O Globo, Opinião, p. 6
Gerando conflitos
O clima de tensão crescente em Roraima, em conseqüência das divergências sobre a terra indígena Raposa Serra do Sol, traduz-se, agora, em atos de violência concreta. A responsabilidade, no caso, é em grande parte de uma política indigenista que oscila entre a omissão e o caos.
Reportagem do GLOBO mostrou como a política indigenista, por omissão ou descontrole, depende em boa parte de Organizações Não-Governamentais (ONGs), muitas delas arrancando para si boa parte do orçamento que seria destinado a melhorar a condição de vida dos grupos indígenas. Na área da saúde, por exemplo, 51 ONGs cuidam dos indígenas, mas 26 delas foram trocadas, do ano passado para cá, quando se constataram irregularidades.
Assim se consegue potencializar conflitos que a presença efetiva do Estado teria evitado. E há mais conflitos pela frente. Em boa hora o Supremo recolocou em pauta a demarcação das terras indígenas na região, e sustou a remoção dos arrozeiros que ali habitam há muito tempo.
Não fosse a trégua estabelecida pelo Supremo, 50% do território de Roraima passariam a constituir-se de "nações indígenas" - as da Reserva Raposa Serra do Sol e mais as imensas terras ianomâmis. Por trás dessa realidade está o pensamento dos que querem estabelecer "compensações" aos indígenas por tudo o que aconteceu no passado.
Isso não tem relação com o Brasil moderno, e nem com a primeira abordagem política dessa questão - a do marechal Rondou, brasileiro ilustre, ele mesmo possuidor de sangue indígena.
É uma mistura de sonho e de ideologia a construção de grandes "nações" indígenas em territórios de fronteira do Brasil. À parte o fato de que, mantida a demarcação nos termos em que ela foi homologada pelo governo, Rondônia estaria inviabilizado como estado da Federação, a demarcação em terras contínuas da Raposa Serra do Sol criaria uma imensa vulnerabilidade na fronteira brasileira. Um passo adiante, e surgiria o fantasma de um desmembramento territorial. É o que causa preocupação nas Forças Armadas.
O Globo, 06/05/2008, Opinião, p. 6
O clima de tensão crescente em Roraima, em conseqüência das divergências sobre a terra indígena Raposa Serra do Sol, traduz-se, agora, em atos de violência concreta. A responsabilidade, no caso, é em grande parte de uma política indigenista que oscila entre a omissão e o caos.
Reportagem do GLOBO mostrou como a política indigenista, por omissão ou descontrole, depende em boa parte de Organizações Não-Governamentais (ONGs), muitas delas arrancando para si boa parte do orçamento que seria destinado a melhorar a condição de vida dos grupos indígenas. Na área da saúde, por exemplo, 51 ONGs cuidam dos indígenas, mas 26 delas foram trocadas, do ano passado para cá, quando se constataram irregularidades.
Assim se consegue potencializar conflitos que a presença efetiva do Estado teria evitado. E há mais conflitos pela frente. Em boa hora o Supremo recolocou em pauta a demarcação das terras indígenas na região, e sustou a remoção dos arrozeiros que ali habitam há muito tempo.
Não fosse a trégua estabelecida pelo Supremo, 50% do território de Roraima passariam a constituir-se de "nações indígenas" - as da Reserva Raposa Serra do Sol e mais as imensas terras ianomâmis. Por trás dessa realidade está o pensamento dos que querem estabelecer "compensações" aos indígenas por tudo o que aconteceu no passado.
Isso não tem relação com o Brasil moderno, e nem com a primeira abordagem política dessa questão - a do marechal Rondou, brasileiro ilustre, ele mesmo possuidor de sangue indígena.
É uma mistura de sonho e de ideologia a construção de grandes "nações" indígenas em territórios de fronteira do Brasil. À parte o fato de que, mantida a demarcação nos termos em que ela foi homologada pelo governo, Rondônia estaria inviabilizado como estado da Federação, a demarcação em terras contínuas da Raposa Serra do Sol criaria uma imensa vulnerabilidade na fronteira brasileira. Um passo adiante, e surgiria o fantasma de um desmembramento territorial. É o que causa preocupação nas Forças Armadas.
O Globo, 06/05/2008, Opinião, p. 6
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