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Derrota no STF pode causar mais violência em Roraima, diz líder indígena
08/05/2008
Autor: Edson Porto, da BBC Brasil
Fonte: Folha Online
Um dos principais líderes indígenas da Amazônia afirmou à BBC Brasil que uma derrota no STF (Supremo Tribunal Federal) em torno da reserva Raposa/Serra do Sol pode levar a novos conflitos violentos no Estado de Roraima.
Jecinaldo Barbosa Cabral, líder da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), disse acreditar que o Supremo deve manter a decisão de retirar da reserva todos os não-índios, especialmente fazendeiros produtores de arroz.
"Vamos aguardar. Tudo indica que o Supremo vai tomar a decisão de retirar os invasores", disse Cabral.
Mas ressalvou: "Vamos até o fim para defender nosso direito. Se o STF decidir pelo lado dos terroristas, vamos fazer uma retomada das áreas. Vamos bloquear três estradas que dão acesso para a Guiana, para a Venezuela e para a Amazônia, em Manaus."
O líder indígena afirma que chama os produtores de arroz da região de "terroristas" por causa da reação à decisão do governo federal de retirá-los da região.
Ataque
As afirmações do líder indígena foram feitas dois dias após dez índios terem sido feridos em uma fazenda arrozeira dentro da reserva. Os índios estavam montando um acampamento em uma propriedade quando, afirmam, foram atacados por funcionários da propriedade.
Na terça-feira, o dono da fazenda, o prefeito da cidade de Pacaraima, Paulo César Quartiero, foi preso por supostamente ter ordenado o ataque aos índios.
Quartiero negou ser responsável e afirmou em entrevista à Rede Globo que seus funcionários foram atacados primeiro, quando foram pedir que eles saíssem do local.
Um vídeo gravado por um dos índios que estava presente no momento do ataque sugere que eles foram atacados primeiro, quando montavam um acampamento.
O conflito na região da reserva, que fica no extremo norte do país, se agravou no mês passado, quando homens da Polícia Federal chegaram à região para fazer valer uma decisão de 2005.
Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silvia homologou a delimitação contínua de terras da Raposa/Serra do Sol, tornando ilegal a propriedade de terras por não-indígenas. No entanto, a decisão nunca havia sido completamente cumprida.
Tanto os fazendeiros como o governo de Roraima reagiram, e uma ação no STF paralisou a operação da PF em abril. Agora, índios e fazendeiro aguardam a decisão do Supremo, prevista para sair na semana que vem.
Jecinaldo Barbosa Cabral, líder da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), disse acreditar que o Supremo deve manter a decisão de retirar da reserva todos os não-índios, especialmente fazendeiros produtores de arroz.
"Vamos aguardar. Tudo indica que o Supremo vai tomar a decisão de retirar os invasores", disse Cabral.
Mas ressalvou: "Vamos até o fim para defender nosso direito. Se o STF decidir pelo lado dos terroristas, vamos fazer uma retomada das áreas. Vamos bloquear três estradas que dão acesso para a Guiana, para a Venezuela e para a Amazônia, em Manaus."
O líder indígena afirma que chama os produtores de arroz da região de "terroristas" por causa da reação à decisão do governo federal de retirá-los da região.
Ataque
As afirmações do líder indígena foram feitas dois dias após dez índios terem sido feridos em uma fazenda arrozeira dentro da reserva. Os índios estavam montando um acampamento em uma propriedade quando, afirmam, foram atacados por funcionários da propriedade.
Na terça-feira, o dono da fazenda, o prefeito da cidade de Pacaraima, Paulo César Quartiero, foi preso por supostamente ter ordenado o ataque aos índios.
Quartiero negou ser responsável e afirmou em entrevista à Rede Globo que seus funcionários foram atacados primeiro, quando foram pedir que eles saíssem do local.
Um vídeo gravado por um dos índios que estava presente no momento do ataque sugere que eles foram atacados primeiro, quando montavam um acampamento.
O conflito na região da reserva, que fica no extremo norte do país, se agravou no mês passado, quando homens da Polícia Federal chegaram à região para fazer valer uma decisão de 2005.
Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silvia homologou a delimitação contínua de terras da Raposa/Serra do Sol, tornando ilegal a propriedade de terras por não-indígenas. No entanto, a decisão nunca havia sido completamente cumprida.
Tanto os fazendeiros como o governo de Roraima reagiram, e uma ação no STF paralisou a operação da PF em abril. Agora, índios e fazendeiro aguardam a decisão do Supremo, prevista para sair na semana que vem.
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