De Povos Indígenas no Brasil
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Exercito teme pela fronteira
09/06/2008
Fonte: OESP, Nacional, p. A8
Exercito teme pela fronteira
Um dos argumentos usados para evocar a presença de não-índios na região é a demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol na fronteira com a Venezuela e a Guiana. Em abril, o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, criticou a política indigenista, dizendo que era uma ameaça à soberania.
A declaração gerou atrito entre as Forças Armadas e o governo. Hoje, o Exército não se manifesta sobre o assunto e diz que respeitará a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso.
0 coronel da reserva Geraldo Cavagnari, membro e fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp), concorda com o general. "É importante ter populações vivendo na faixa de fronteira, que se formem centros urbanos ou rurais ali", opina. "Há a necessidade de presença do Estado: saúde pública, polícia, Justiça. Não bastam as Forças Armadas."
Já o antropólogo da Funai Paulo Santilli alega que, pelo fato de as terras serem da União, não há restrições de mobilidade das Forças Armadas, que contam com três pelotões de fronteira na área. 0 ministro da Defesa, Nelson Jobim, defende tese semelhante:
"As terras pertencem à União. Se, por uma infelicidade, uma dessas tribos deixar de existir, continua em poder da União." D.L.
OESP, 09/06/2008, Nacional, p. A8
Um dos argumentos usados para evocar a presença de não-índios na região é a demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol na fronteira com a Venezuela e a Guiana. Em abril, o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, criticou a política indigenista, dizendo que era uma ameaça à soberania.
A declaração gerou atrito entre as Forças Armadas e o governo. Hoje, o Exército não se manifesta sobre o assunto e diz que respeitará a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso.
0 coronel da reserva Geraldo Cavagnari, membro e fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp), concorda com o general. "É importante ter populações vivendo na faixa de fronteira, que se formem centros urbanos ou rurais ali", opina. "Há a necessidade de presença do Estado: saúde pública, polícia, Justiça. Não bastam as Forças Armadas."
Já o antropólogo da Funai Paulo Santilli alega que, pelo fato de as terras serem da União, não há restrições de mobilidade das Forças Armadas, que contam com três pelotões de fronteira na área. 0 ministro da Defesa, Nelson Jobim, defende tese semelhante:
"As terras pertencem à União. Se, por uma infelicidade, uma dessas tribos deixar de existir, continua em poder da União." D.L.
OESP, 09/06/2008, Nacional, p. A8
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