De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Abin prevê trégua
29/08/2008
Fonte: CB, Brasil, p. 10
Abin prevê trégua
Edson Luiz
Da equipe do Correio
Pelo menos até que o Supremo Tribunal Federal (STF) volte a julgar o processo de demarcação de Raposa Serra do Sol, o clima em Roraima ficará mais tranqüilo. A análise, feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prevê apenas conflitos isolados entre plantadores de arroz e partidários da homologação contínua da área. Agentes da corporação destacados para a região avaliam que haverá, nos próximos dias, uma desmobilização dos dois lados, mas o centro das atenções das autoridades continua sendo o líder dos arrozeiros e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero (DEM).
"A tendência é haver uma desaceleração dos ânimos, mas com declarações como a dele (prefeito) fica difícil controlar reações da outra parte", observa um técnico da cúpula da Abin. Pela avaliação da agência, a interrupção do julgamento causou frustrações, mas provocou uma trégua que se estenderá até depois das eleições. "O que deverá haver, e com freqüência, serão atos isolados", afirma o técnico. Segundo Nelson Itikawa, presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima, os produtores vão "esperar a poeira baixar", mas não ficarão de "braços cruzados".
A avaliação da Abin é repetida por representantes do governo federal. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que não está preocupado com a possibilidade de haver confrontos na área, e que as ameaças fazem parte de um "jogo de discursos e nada mais". Já o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que ameaças feitas contra os índios partem de pessoas que já cometeram atos ilegais anteriormente, citando fazendeiros e arrozeiros. O ministro avisou que tudo está sendo apurado e é objeto de inquérito na Polícia Federal.
O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse ontem que a decisão do tribunal - quando tomada - será cumprida por índios e arrozeiros. "Não temos tido casos no Brasil de descumprimento de decisão do Supremo, felizmente", afirmou. Mendes reiterou que a solução para o impasse deve sair até o fim do ano. "Esse é o nosso desejo, vamos conseguir julgar a ação ainda esse ano", afirmou.
Colaborou Mirella D'Elia
CB, 29/08/2008, Brasil, p. 10
Edson Luiz
Da equipe do Correio
Pelo menos até que o Supremo Tribunal Federal (STF) volte a julgar o processo de demarcação de Raposa Serra do Sol, o clima em Roraima ficará mais tranqüilo. A análise, feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prevê apenas conflitos isolados entre plantadores de arroz e partidários da homologação contínua da área. Agentes da corporação destacados para a região avaliam que haverá, nos próximos dias, uma desmobilização dos dois lados, mas o centro das atenções das autoridades continua sendo o líder dos arrozeiros e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero (DEM).
"A tendência é haver uma desaceleração dos ânimos, mas com declarações como a dele (prefeito) fica difícil controlar reações da outra parte", observa um técnico da cúpula da Abin. Pela avaliação da agência, a interrupção do julgamento causou frustrações, mas provocou uma trégua que se estenderá até depois das eleições. "O que deverá haver, e com freqüência, serão atos isolados", afirma o técnico. Segundo Nelson Itikawa, presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima, os produtores vão "esperar a poeira baixar", mas não ficarão de "braços cruzados".
A avaliação da Abin é repetida por representantes do governo federal. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que não está preocupado com a possibilidade de haver confrontos na área, e que as ameaças fazem parte de um "jogo de discursos e nada mais". Já o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que ameaças feitas contra os índios partem de pessoas que já cometeram atos ilegais anteriormente, citando fazendeiros e arrozeiros. O ministro avisou que tudo está sendo apurado e é objeto de inquérito na Polícia Federal.
O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse ontem que a decisão do tribunal - quando tomada - será cumprida por índios e arrozeiros. "Não temos tido casos no Brasil de descumprimento de decisão do Supremo, felizmente", afirmou. Mendes reiterou que a solução para o impasse deve sair até o fim do ano. "Esse é o nosso desejo, vamos conseguir julgar a ação ainda esse ano", afirmou.
Colaborou Mirella D'Elia
CB, 29/08/2008, Brasil, p. 10
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