De Povos Indígenas no Brasil
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Após 15 dias, Raposa Serra do Sol faz festa para celebrar voto do relator
11/09/2008
Autor: Fausto Carneiro
Fonte: G1 - g1.globo.com
Julgamento no STF foi suspenso no dia 27 passado após pedido de vista.
Relator Ayres Britto foi favorável à demarcação contínua da reserva.
Os índios da Raposa Serra do Sol, em Roraima, estão reunidos na Vila Maturuca, a 150 km da entrada da reserva, para celebrar o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto favorável à demarcação contínua da área indígena. O julgamento foi suspenso no último dia 27 após pedido de vista do ministro Carlos Alberto Direito.
Segundo o Conselho Indígena de Roraima (CIR), cerca de 800 índios participam desde quarta-feira (10) da celebração. Na festa, os índios dançam ao som da parichara, um dos ritmos tradicionais dos macuxis, etnia predominante na Raposa Serra do Sol.
O julgamento sobre a demarcação da reserva deve ser retomado ainda este ano, segundo o presidente do STF, Gilmar Mendes. Os índios reivindicam a posse de uma área de 1,7 milhão de hectares, demarcada durante o governo Fernando Henrique Cardoso e homologada pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva, em 2005.
Fazendeiros de arroz que ocupam áreas da reserva em deixar a área. O arroz representa 7% do PIB de Roraima e é o único produto agrícola que o estado exporta. Os fazendeiros querem que a área ocupada por plantações, cerca de 5% da Raposa Serra do Sol, seja excluída da demarcação.
Na disputa com os índios, os fazendeiros ganharam em abril o apoio explícito do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, que criticou a política indigenista brasileira. De acordo com o general, terras indígenas em faixa de fronteira, como a de Raposa Serra do Sol, representariam ameaça à soberania nacional.
Depois das declarações do general, Lula cobrou explicações do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A crise foi superada ainda em abril. Em viagem á África, Lula afirmou que o caso estava encerrado.
Relator Ayres Britto foi favorável à demarcação contínua da reserva.
Os índios da Raposa Serra do Sol, em Roraima, estão reunidos na Vila Maturuca, a 150 km da entrada da reserva, para celebrar o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto favorável à demarcação contínua da área indígena. O julgamento foi suspenso no último dia 27 após pedido de vista do ministro Carlos Alberto Direito.
Segundo o Conselho Indígena de Roraima (CIR), cerca de 800 índios participam desde quarta-feira (10) da celebração. Na festa, os índios dançam ao som da parichara, um dos ritmos tradicionais dos macuxis, etnia predominante na Raposa Serra do Sol.
O julgamento sobre a demarcação da reserva deve ser retomado ainda este ano, segundo o presidente do STF, Gilmar Mendes. Os índios reivindicam a posse de uma área de 1,7 milhão de hectares, demarcada durante o governo Fernando Henrique Cardoso e homologada pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva, em 2005.
Fazendeiros de arroz que ocupam áreas da reserva em deixar a área. O arroz representa 7% do PIB de Roraima e é o único produto agrícola que o estado exporta. Os fazendeiros querem que a área ocupada por plantações, cerca de 5% da Raposa Serra do Sol, seja excluída da demarcação.
Na disputa com os índios, os fazendeiros ganharam em abril o apoio explícito do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, que criticou a política indigenista brasileira. De acordo com o general, terras indígenas em faixa de fronteira, como a de Raposa Serra do Sol, representariam ameaça à soberania nacional.
Depois das declarações do general, Lula cobrou explicações do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A crise foi superada ainda em abril. Em viagem á África, Lula afirmou que o caso estava encerrado.
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