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Polícia Federal põe 200 homens na Raposa Serra do Sol
10/12/2008
Autor: Fausto Carneiro
Fonte: G1 - g1.globo.com
Supremo retoma nesta quarta julgamento sobre demarcação da reserva.
Índios e fazendeiros disputam controle de parte das terras da região.
Cerca de 200 policiais federais vão estar de prontidão a partir desta quarta-feira (10) na Vila Surumu, a maior comunidade indígena da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, para tentar evitar eventuais conflitos entre fazendeiros e índios.
Nesta quarta, a partir das 9h, em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento sobre a demarcação da reserva. A expectativa é que uma decisão definitiva leve dois dias para ser anunciada.
O superintendente da Polícia Federal em Roraima, José Maria Fonseca, disse ao G1 que não espera confrontos entre "vencedores" e "perdedores". "A situação agora é muito diferente da daquela época [em abril deste ano]. Da outra vez o clima era de guerra", disse, em referência ao confronto entre índios e fazendeiros que deixou noves pessoas feridas.
Fonseca afirmou que "a ordem será cumprida na exata medida da decisão do STF". "O que se vai fazer? Resistir [contra uma ordem judicial]? Mesmo eles [os índios] estão sujeitos à Justiça", declarou.
Apesar disso, nas semanas que antecederam a retomada do julgamento "suspenso em agosto devido a um pedido de vista do ministro Carlos Alberto Direito - o clima na Raposa Serra do Sol tem sido de tensão crescente.
Os índios querem que o STF mantenha a validade do decreto presidencial de 2005 que definiu a reserva como área contínua de uso exclusivo das comunidades indígenas. Os fazendeiros reivindicam a demarcação em ilhas, o que lhes permitiria continuar explorando as terras hoje ocupadas com plantações de arroz.
Na segunda-feira, o prefeito de Pacaraima, José Paulo Quartiero (DEM), líder dos fazendeiros que ocupam a reserva, ameaçou rechaçar à bala índios que entrassem em sua fazenda.
Nesta terça (9), o coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza, afirmou ao G1 que os índios não vão permitir a permanência de não-índios na Raposa Serra do Sol mesmo que o STF decida pela demarcação em ilhas, como querem os fazendeiros.
Índios e fazendeiros disputam controle de parte das terras da região.
Cerca de 200 policiais federais vão estar de prontidão a partir desta quarta-feira (10) na Vila Surumu, a maior comunidade indígena da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, para tentar evitar eventuais conflitos entre fazendeiros e índios.
Nesta quarta, a partir das 9h, em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento sobre a demarcação da reserva. A expectativa é que uma decisão definitiva leve dois dias para ser anunciada.
O superintendente da Polícia Federal em Roraima, José Maria Fonseca, disse ao G1 que não espera confrontos entre "vencedores" e "perdedores". "A situação agora é muito diferente da daquela época [em abril deste ano]. Da outra vez o clima era de guerra", disse, em referência ao confronto entre índios e fazendeiros que deixou noves pessoas feridas.
Fonseca afirmou que "a ordem será cumprida na exata medida da decisão do STF". "O que se vai fazer? Resistir [contra uma ordem judicial]? Mesmo eles [os índios] estão sujeitos à Justiça", declarou.
Apesar disso, nas semanas que antecederam a retomada do julgamento "suspenso em agosto devido a um pedido de vista do ministro Carlos Alberto Direito - o clima na Raposa Serra do Sol tem sido de tensão crescente.
Os índios querem que o STF mantenha a validade do decreto presidencial de 2005 que definiu a reserva como área contínua de uso exclusivo das comunidades indígenas. Os fazendeiros reivindicam a demarcação em ilhas, o que lhes permitiria continuar explorando as terras hoje ocupadas com plantações de arroz.
Na segunda-feira, o prefeito de Pacaraima, José Paulo Quartiero (DEM), líder dos fazendeiros que ocupam a reserva, ameaçou rechaçar à bala índios que entrassem em sua fazenda.
Nesta terça (9), o coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza, afirmou ao G1 que os índios não vão permitir a permanência de não-índios na Raposa Serra do Sol mesmo que o STF decida pela demarcação em ilhas, como querem os fazendeiros.
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