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Se defender Roraima é ser 'terrorista', então eu sou, diz liderança dos arrozeiros
09/12/2008
Autor: Eduardo Bresciani
Fonte: G1 - g1.globo.com.br
Paulo César Quartiero é contra a demarcação continua da reserva.
STF retoma nesta quarta julgamento da Raposa Serra do Sol.
Prefeito de Pacaraima (RR), o arrozeiro Paulo César Quartiero (DEM-RR) afirmou nesta terça-feira (9) que não vai abrir mão de lutar contra a demarcação em terra contínua da reserva Raposa Serra do Sol. Quartiero afirmou que não teme ser chamado de terrorista por defender sua "causa". Ele está no Congresso Nacional se reunindo com parlamentares de Roraima.
"Se defender o interesse pessoal, o patrimônio, o suor de seu trabalho, o estado de Roraima é ser terrorista, então eu sou terrorista, mas eu vou defender enquanto eu puder", afirmou o prefeito.
Ele é acusado de ter dado ordens para que funcionários de suas fazendas atirassem contra índios que invadiram suas propriedade em maio deste ano. Para Quartiero, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para esta quarta-feira (10), não será capaz de resolver os problemas no estado.
"O que vai gerar para Roraima não é luta, mas miséria, fome e desespero. Este é o resultado da política do governo federal, que está transformando Roraima em um Haiti, como já transformou", disse Quartiero.
O prefeito de Pacaraima defende que o Supremo opte pela demarcação da reserva em ilhas preservando três municípios e áreas de plantações de arroz existentes dentro da área demarcada. Ele afirma que uma parte dos índios também quer a decisão nestes termos.
"O que eu não concordo é com exagero e os índios vão ser as principais vítimas porque nem eles poderão usufruir da terra. Onde houve demarcação, a vida deles piorou. Por isso os índios do interior querem escola, transporte, estradas, desenvolver um negócio. Se ficar como está vão transformar os índios em guarda-mato sem salário", afirma o prefeito.
Ele diz que a produção de arroz é uma das poucas atividades produtivas do estado e afirma que Roraima teria potencial para ser o "celeiro da Amazônia". "No estado só sobra 6% da área para a produção econômica. Como vai desenvolver um estado assim? (...) Temos que achar solução econômica para Roraima e deve ser a produção de alimentos".
STF retoma nesta quarta julgamento da Raposa Serra do Sol.
Prefeito de Pacaraima (RR), o arrozeiro Paulo César Quartiero (DEM-RR) afirmou nesta terça-feira (9) que não vai abrir mão de lutar contra a demarcação em terra contínua da reserva Raposa Serra do Sol. Quartiero afirmou que não teme ser chamado de terrorista por defender sua "causa". Ele está no Congresso Nacional se reunindo com parlamentares de Roraima.
"Se defender o interesse pessoal, o patrimônio, o suor de seu trabalho, o estado de Roraima é ser terrorista, então eu sou terrorista, mas eu vou defender enquanto eu puder", afirmou o prefeito.
Ele é acusado de ter dado ordens para que funcionários de suas fazendas atirassem contra índios que invadiram suas propriedade em maio deste ano. Para Quartiero, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para esta quarta-feira (10), não será capaz de resolver os problemas no estado.
"O que vai gerar para Roraima não é luta, mas miséria, fome e desespero. Este é o resultado da política do governo federal, que está transformando Roraima em um Haiti, como já transformou", disse Quartiero.
O prefeito de Pacaraima defende que o Supremo opte pela demarcação da reserva em ilhas preservando três municípios e áreas de plantações de arroz existentes dentro da área demarcada. Ele afirma que uma parte dos índios também quer a decisão nestes termos.
"O que eu não concordo é com exagero e os índios vão ser as principais vítimas porque nem eles poderão usufruir da terra. Onde houve demarcação, a vida deles piorou. Por isso os índios do interior querem escola, transporte, estradas, desenvolver um negócio. Se ficar como está vão transformar os índios em guarda-mato sem salário", afirma o prefeito.
Ele diz que a produção de arroz é uma das poucas atividades produtivas do estado e afirma que Roraima teria potencial para ser o "celeiro da Amazônia". "No estado só sobra 6% da área para a produção econômica. Como vai desenvolver um estado assim? (...) Temos que achar solução econômica para Roraima e deve ser a produção de alimentos".
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