De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Famílias que estão prestes a deixar reserva reclamam de reassentamentos oferecidos
02/05/2009
Autor: Marco Antonio Soalheiro
Fonte: Agência Brasil - http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/05/02/materia.2009-05-02.0942480249/view
Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) - Famílias de não-índios que já deixaram a Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) ou que estão prestes a sair da reserva criticam as opções de reassentamento oferecidas pela União. Parte dos ex-moradores da reserva foi realocada no Projeto de Assentamento Nova Amazônia, área rural próxima à Boa Vista, e outra em casas populares novas no Bairro Cidade Satélite, na periferia da capital de Roraima. Lá, as casas ainda estão sem água e luz.
"O governo acha que somos porcos", criticou Alaíde Rebouças, 47 anos, que morava com a mãe na Vila Surumu, onde tinham um pequeno comércio e uma casa que foram avaliados em R$ 40 mil. Segundo ela, o mais justo seria receber R$ 80 mil, mais um valor pelo lucro que deixarão de ter com o fechamento do comércio.
Vanda Batista, de 53 anos, mora em um pequeno sítio na Raposa, em uma área de difícil acesso, e não saiu ainda da terra indígena porque está doente e pediu ajuda de transporte. Mas o seu maior desejo é conseguir provar a descendência indígena para não ter de ser reassentada. "Nesse bairro [Cidade Satélite], até se eu estivesse morta num caixão, eu levantaria e sairia de lá, onde a luz é só a do sol", disse Vanda.
O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, desembargador Jirair Meguerian, responsável por supervisionar a desocupação da reserva, minimizou as críticas às opções de reassentamento. Ele prometeu que os serviços de água e energia elétrica estarão em pleno funcionamento nas casas do Cidade Satélite na próxima segunda-feira (4) e ressaltou que as casas populares do bairro serão melhores do que as deixadas pelas famílias na Raposa.
"O governo acha que somos porcos", criticou Alaíde Rebouças, 47 anos, que morava com a mãe na Vila Surumu, onde tinham um pequeno comércio e uma casa que foram avaliados em R$ 40 mil. Segundo ela, o mais justo seria receber R$ 80 mil, mais um valor pelo lucro que deixarão de ter com o fechamento do comércio.
Vanda Batista, de 53 anos, mora em um pequeno sítio na Raposa, em uma área de difícil acesso, e não saiu ainda da terra indígena porque está doente e pediu ajuda de transporte. Mas o seu maior desejo é conseguir provar a descendência indígena para não ter de ser reassentada. "Nesse bairro [Cidade Satélite], até se eu estivesse morta num caixão, eu levantaria e sairia de lá, onde a luz é só a do sol", disse Vanda.
O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, desembargador Jirair Meguerian, responsável por supervisionar a desocupação da reserva, minimizou as críticas às opções de reassentamento. Ele prometeu que os serviços de água e energia elétrica estarão em pleno funcionamento nas casas do Cidade Satélite na próxima segunda-feira (4) e ressaltou que as casas populares do bairro serão melhores do que as deixadas pelas famílias na Raposa.
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