De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Agricultores retornam a Raposa para colher arroz
04/05/2009
Fonte: O Globo, O País, p. 5
Agricultores retornam a Raposa para colher arroz
Acordo garante que rizicultores façam colheita da safra na reserva indígena durante dez dias
Ana Marques Especial para O Globo
Um acordo fechado neste fim de semana deverá acelerar a desocupação pacífica da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima: funcionários dos rizicultores expulsos da área poderão ter acesso às fazendas de arroz na reserva para colher o resto da safra. Os trabalhadores e o maquinário estão de volta às fazendas para a colheita, que terá início hoje.
Numa audiência com representantes dos rizicultores e de indígenas, o desembargador Jirair Meguerian, presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, obteve das partes a garantia de que o arroz seja colhido nos próximos dez dias.
Segundo o desembargador, o arroz será colhido numa área de 500 hectares. De acordo com os rizicultores, serão colhidas cerca de 50 mil sacas de arroz.
No dia 30 de abril terminou o prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a saída dos não índios da área.
Com isso, os rizicultores foram obrigados a deixar para trás parte do arroz que ainda não fora retirado. Com o acordo, acabou a manifestação EM frente ao palácio do governo, no Centro de Boa Vista.
Meguerian atuou em outra frente para acelerar a desocupação. O rizicultor Paulo César Quartiero - líder dos agricultores afetados pela decisão do STF - havia se negado a sair da área e exigiu um mandado judicial. O desembargador escreveu de próprio punho uma ordem judicial e a entregou a Quartiero, que então deixou o local.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal em Roraima, José Maria Fonseca, a operação de retirada dos não índios ocorre sem incidentes.
- Tudo está sendo feito sem atropelos, sem resistência ou uso da força. Os que ainda permanecem lá apenas aguardam residências urbanas, que deverão ser entregues na próxima semana, para se instalarem - afirmou o superintendente.
A operação de retirada, antes prevista para ser executada em um mês, deverá ser concluída em no máximo 20 dias. Até lá, policiais federais e a Força Nacional de Segurança permanecerão na área da reserva Raposa Serra do Sol para garantir tranquilidade a índios e não índios no processo de transição.
O Globo, 04/05/2009, O País, p. 5
Acordo garante que rizicultores façam colheita da safra na reserva indígena durante dez dias
Ana Marques Especial para O Globo
Um acordo fechado neste fim de semana deverá acelerar a desocupação pacífica da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima: funcionários dos rizicultores expulsos da área poderão ter acesso às fazendas de arroz na reserva para colher o resto da safra. Os trabalhadores e o maquinário estão de volta às fazendas para a colheita, que terá início hoje.
Numa audiência com representantes dos rizicultores e de indígenas, o desembargador Jirair Meguerian, presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, obteve das partes a garantia de que o arroz seja colhido nos próximos dez dias.
Segundo o desembargador, o arroz será colhido numa área de 500 hectares. De acordo com os rizicultores, serão colhidas cerca de 50 mil sacas de arroz.
No dia 30 de abril terminou o prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a saída dos não índios da área.
Com isso, os rizicultores foram obrigados a deixar para trás parte do arroz que ainda não fora retirado. Com o acordo, acabou a manifestação EM frente ao palácio do governo, no Centro de Boa Vista.
Meguerian atuou em outra frente para acelerar a desocupação. O rizicultor Paulo César Quartiero - líder dos agricultores afetados pela decisão do STF - havia se negado a sair da área e exigiu um mandado judicial. O desembargador escreveu de próprio punho uma ordem judicial e a entregou a Quartiero, que então deixou o local.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal em Roraima, José Maria Fonseca, a operação de retirada dos não índios ocorre sem incidentes.
- Tudo está sendo feito sem atropelos, sem resistência ou uso da força. Os que ainda permanecem lá apenas aguardam residências urbanas, que deverão ser entregues na próxima semana, para se instalarem - afirmou o superintendente.
A operação de retirada, antes prevista para ser executada em um mês, deverá ser concluída em no máximo 20 dias. Até lá, policiais federais e a Força Nacional de Segurança permanecerão na área da reserva Raposa Serra do Sol para garantir tranquilidade a índios e não índios no processo de transição.
O Globo, 04/05/2009, O País, p. 5
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