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Retirada da Raposa deixa sentimento de perda nas famílias, afirma Botelho
08/05/2009
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=61561
"A retirada dos não-índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol está sendo feita de forma pacífica, embora um intenso sentimento de perda predomine entre as famílias que foram expulsas do local e não sabem onde vão morar e o que farão para sobreviver". A afirmação é do senador Augusto Botelho (PT), que usou a tribuna do Senado para fazer um registro do período em que acompanhou, junto com o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB), o processo de desintrusão da região.
Ele disse que a polêmica em torno da reserva não acaba com a simples retirada das famílias de não-índios. "Vamos lutar agora pelo reassentamento dessas famílias em um novo local, onde tenham condições de sobreviver com dignidade e recomeçar suas vidas", frisou.
Ele lembrou que havia uma promessa de que os não-índios apenas seriam retirados da região após indenização justa, mas que até o momento apenas 60 das 500 famílias que viviam no local foram reassentadas, ainda assim em terrenos sem água e energia elétrica. "A Nação tem uma dívida com essas pessoas e vou lutar por elas", reforçou.
O parlamentar declarou que, ao contrário do que foi divulgado pela mídia, a maior parte dos moradores da reserva não dispõe de recursos e que os grandes produtores são minoria no local. "Deles depende a geração de dois mil postos de trabalho na região", frisou.
APARTE - O senador Magno Malta (PR-ES) pediu para fazer uso da palavra e manifestou solidariedade aos não-índios, dizendo que o reassentamento dessas famílias deveria ter sido providenciado antes da decisão do STF pela demarcação contínua da reserva. "É fundamental pensar nos não-índios que ali viveram, criaram seus filhos, seus netos, suas galinhas, seus porcos e vivem do arroz que plantam", disse.
Ele argumentou ainda que a defesa dos moradores expulsos da região deveria ser assumida pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB), tendo em vista que o senador é um dos representantes de Roraima. "Quem estava radicado na reserva virou indigente. Vai agora viver de cesta básica? O governo do Estado fará algum plano emergencial? Se eu sou líder do governo, metia o pé na porta", criticou o senador.
Ele disse que a polêmica em torno da reserva não acaba com a simples retirada das famílias de não-índios. "Vamos lutar agora pelo reassentamento dessas famílias em um novo local, onde tenham condições de sobreviver com dignidade e recomeçar suas vidas", frisou.
Ele lembrou que havia uma promessa de que os não-índios apenas seriam retirados da região após indenização justa, mas que até o momento apenas 60 das 500 famílias que viviam no local foram reassentadas, ainda assim em terrenos sem água e energia elétrica. "A Nação tem uma dívida com essas pessoas e vou lutar por elas", reforçou.
O parlamentar declarou que, ao contrário do que foi divulgado pela mídia, a maior parte dos moradores da reserva não dispõe de recursos e que os grandes produtores são minoria no local. "Deles depende a geração de dois mil postos de trabalho na região", frisou.
APARTE - O senador Magno Malta (PR-ES) pediu para fazer uso da palavra e manifestou solidariedade aos não-índios, dizendo que o reassentamento dessas famílias deveria ter sido providenciado antes da decisão do STF pela demarcação contínua da reserva. "É fundamental pensar nos não-índios que ali viveram, criaram seus filhos, seus netos, suas galinhas, seus porcos e vivem do arroz que plantam", disse.
Ele argumentou ainda que a defesa dos moradores expulsos da região deveria ser assumida pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB), tendo em vista que o senador é um dos representantes de Roraima. "Quem estava radicado na reserva virou indigente. Vai agora viver de cesta básica? O governo do Estado fará algum plano emergencial? Se eu sou líder do governo, metia o pé na porta", criticou o senador.
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