De Povos Indígenas no Brasil
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Índios voltam a denunciar garimpo ilegal
12/06/2009
Autor: ANDREZZA TRAJANO
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
Nova denúncia feita pela Hutukara Associação Yanomami (HAY) à Fundação Nacional do Índio (Funai) aponta crescimento de atividades garimpeiras na terra indígena Yanomami, a noroeste de Roraima.
Nos últimos meses, as denúncias da entidade têm sido constantes. Os índios dizem temer que a exploração mineral registrada atualmente na reserva se iguale ao que fora registrado na década de 80, quando cerca de 45 mil garimpeiros atuavam ilegalmente na região. A presença deles resultou em mortes, epidemias e degradação ambiental.
Em documento enviado à Funai, a entidade relata o que vem ocorrendo. "Os parentes nos falam por radiofonia e através de cartas que estão com medo porque aumentou muito o barulho de aviões, helicópteros e motores nas proximidades das comunidades. Em alguns lugares, como no Paapiú, os garimpeiros se aproximam das comunidades para tentar comprar nossa comida e nos convidando para trabalhar", diz o documento.
A Hutukara também denuncia suposto aumento da atividade que financia o garimpo na Capital. "Em Boa Vista aumentou o número dos comércios que vendem material para garimpo e também as casas de compra de ouro e diamantes. O ouro voltou a ser moeda nas lojas do Centro da cidade de Boa Vista".
A Hutukara criticou as ações fiscalizadoras da Polícia Federal e da Funai, que segundo ela, não reduzem a atividade ilegal, e pediu providência urgente.
PF - O titular da Delegacia de Combate aos Crimes Contra o Meio Ambiente (Delemaph), delegado Alan Gonçalves, rebateu as acusações feitas pela Hutukara de que as fiscalizações da instituição são falhas.
Ele citou algumas ações recentes realizadas na terra indígena Yanomami e também em Boa Vista, que contribuíram, conforme ele, com a diminuição da garimpagem ilegal na reserva.
No ano passado, a Delemaph apreendeu diamantes no posto da PF em Bonfim avaliados em R$ 6 milhões e em outra operação, também na mesma localidade, apreendeu 600 quilos de mercúrio que estavam sendo levados para garimpos tanto no Estado quanto no Amazonas e Pará. A quantidade recolhida da substância é suficiente para separar três toneladas de ouro.
"O combate ao garimpo não se dá apenas na selva, mas também na cidade, agindo contra os financiadores. Durante a Operação Êxodus prendemos diamantários e compradores de ouro. E no início do ano prendemos os cinco garimpeiros que mataram o líder Ye'kuana da comunidade de Uaicás, Luiz Carter, evitando que o crime ficasse impune e que novos garimpos fossem abertos por eles", destacou o delegado, que reforçou que as ações de combate a garimpos em territórios indígenas vão continuar.
Nos últimos meses, as denúncias da entidade têm sido constantes. Os índios dizem temer que a exploração mineral registrada atualmente na reserva se iguale ao que fora registrado na década de 80, quando cerca de 45 mil garimpeiros atuavam ilegalmente na região. A presença deles resultou em mortes, epidemias e degradação ambiental.
Em documento enviado à Funai, a entidade relata o que vem ocorrendo. "Os parentes nos falam por radiofonia e através de cartas que estão com medo porque aumentou muito o barulho de aviões, helicópteros e motores nas proximidades das comunidades. Em alguns lugares, como no Paapiú, os garimpeiros se aproximam das comunidades para tentar comprar nossa comida e nos convidando para trabalhar", diz o documento.
A Hutukara também denuncia suposto aumento da atividade que financia o garimpo na Capital. "Em Boa Vista aumentou o número dos comércios que vendem material para garimpo e também as casas de compra de ouro e diamantes. O ouro voltou a ser moeda nas lojas do Centro da cidade de Boa Vista".
A Hutukara criticou as ações fiscalizadoras da Polícia Federal e da Funai, que segundo ela, não reduzem a atividade ilegal, e pediu providência urgente.
PF - O titular da Delegacia de Combate aos Crimes Contra o Meio Ambiente (Delemaph), delegado Alan Gonçalves, rebateu as acusações feitas pela Hutukara de que as fiscalizações da instituição são falhas.
Ele citou algumas ações recentes realizadas na terra indígena Yanomami e também em Boa Vista, que contribuíram, conforme ele, com a diminuição da garimpagem ilegal na reserva.
No ano passado, a Delemaph apreendeu diamantes no posto da PF em Bonfim avaliados em R$ 6 milhões e em outra operação, também na mesma localidade, apreendeu 600 quilos de mercúrio que estavam sendo levados para garimpos tanto no Estado quanto no Amazonas e Pará. A quantidade recolhida da substância é suficiente para separar três toneladas de ouro.
"O combate ao garimpo não se dá apenas na selva, mas também na cidade, agindo contra os financiadores. Durante a Operação Êxodus prendemos diamantários e compradores de ouro. E no início do ano prendemos os cinco garimpeiros que mataram o líder Ye'kuana da comunidade de Uaicás, Luiz Carter, evitando que o crime ficasse impune e que novos garimpos fossem abertos por eles", destacou o delegado, que reforçou que as ações de combate a garimpos em territórios indígenas vão continuar.
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