De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Quartiero diz que acusação foi motivada por questões políticas
13/07/2009
Autor: WILLAME SOUSA
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
O rizicultor Paulo César Quartiero rebateu as acusações feitas, em matéria publicada na edição de sábado, na Folha, em que o advogado de defesa de uma das lideranças indígenas afirma que os sequestros de quatro policiais federais, há cerca de quatro anos, e de missionários, há aproximadamente cinco anos, teriam sido a mando dos arrozeiros. Para Quartiero, que teve de sair da reserva indígena Raposa Serra do Sol após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que validou a demarcação em área contínua, as acusações são motivadas por questões políticas.
Segundo ele, o fato de ter entrado com cinco ações judiciais para cassar o mandato do atual prefeito do Município de Pacaraima, Altemir Campos (PSDB), que o derrotou nas eleições de 2008 para prefeito, é o motivo das acusações realizadas atualmente. O advogado Domingos Rebelo, que tenta inocentar dois ex-líderes indígenas da acusação de sequestro dos policiais federais e foi quem prestou as informações à Folha na matéria do último sábado, segundo o arrozeiro, também defende Altemir Campos no processo de cassação.
"A questão é que o advogado que acusa está confundindo as coisas. Ele é defensor do Altemir na causa, na qual a gente tenta demonstrar na Justiça que ele se elegeu com compra de votos. E ele, como advogado, tenta denegrir os arrozeiros para beneficiar o cliente dele, que está sendo julgado por compra de voto e uso de dinheiro público em eleição", afirma Quartiero.
Outro ponto muito criticado pelo produtor é que Rebelo não menciona os nomes dos possíveis mentores do sequestro. Para Quartiero, é necessário dizer abertamente quem está envolvido nesta questão, até porque, segundo o produtor, eram apenas seis arrozeiros presentes na reserva à época do ocorrido. "A atitude dele é covarde, porque ele não cita os nomes. Quais são os arrozeiros? Por que ele não denomina as pessoas?", questionou. Indagado se pretende recorrer à Justiça contra as pessoas que acusam a categoria, ele disse que "não merece uma ação, porque é algo tão infundado".
Não foi sequestro, afirma produtor
Paulo César Quartiero também fez críticas duras ao tratamento dado ao caso ocorrido na comunidade do Flexal, na terra indígena raposa Serra do Sol. Para ele, o que houve não foi um seqüestro, e sim uma resposta da comunidade em relação às atitudes da Polícia Federal (PF), que estava cumprindo determinação do governo federal para retirar os arrozeiros.
"Na verdade não foi sequestro. Foi uma ação da comunidade contra as atitudes da Polícia Federal. A comunidade em peso se revoltou, [porque] entendia que era um erro a demarcação da Raposa Serra do Sol. A implementação estava sendo feita de forma ilegal, tanto que entramos com ação judicial no Supremo Tribunal Federal", disse.
Ele afirmou que não é possível tratar estas questões como se fossem impasses entre indígenas e não-índios. "O que houve foi o maior conflito já ocorrido em Roraima, que foi a demarcação da Raposa Serra do Sol, com repercussão nacional e internacional".
Questionado se arrozeiros ou outras lideranças não-índias poderiam estar envolvidas no sequestro, Quartiero afirma que não pode responder, pois não estaria no local quando o fato ocorreu.
Segundo ele, o fato de ter entrado com cinco ações judiciais para cassar o mandato do atual prefeito do Município de Pacaraima, Altemir Campos (PSDB), que o derrotou nas eleições de 2008 para prefeito, é o motivo das acusações realizadas atualmente. O advogado Domingos Rebelo, que tenta inocentar dois ex-líderes indígenas da acusação de sequestro dos policiais federais e foi quem prestou as informações à Folha na matéria do último sábado, segundo o arrozeiro, também defende Altemir Campos no processo de cassação.
"A questão é que o advogado que acusa está confundindo as coisas. Ele é defensor do Altemir na causa, na qual a gente tenta demonstrar na Justiça que ele se elegeu com compra de votos. E ele, como advogado, tenta denegrir os arrozeiros para beneficiar o cliente dele, que está sendo julgado por compra de voto e uso de dinheiro público em eleição", afirma Quartiero.
Outro ponto muito criticado pelo produtor é que Rebelo não menciona os nomes dos possíveis mentores do sequestro. Para Quartiero, é necessário dizer abertamente quem está envolvido nesta questão, até porque, segundo o produtor, eram apenas seis arrozeiros presentes na reserva à época do ocorrido. "A atitude dele é covarde, porque ele não cita os nomes. Quais são os arrozeiros? Por que ele não denomina as pessoas?", questionou. Indagado se pretende recorrer à Justiça contra as pessoas que acusam a categoria, ele disse que "não merece uma ação, porque é algo tão infundado".
Não foi sequestro, afirma produtor
Paulo César Quartiero também fez críticas duras ao tratamento dado ao caso ocorrido na comunidade do Flexal, na terra indígena raposa Serra do Sol. Para ele, o que houve não foi um seqüestro, e sim uma resposta da comunidade em relação às atitudes da Polícia Federal (PF), que estava cumprindo determinação do governo federal para retirar os arrozeiros.
"Na verdade não foi sequestro. Foi uma ação da comunidade contra as atitudes da Polícia Federal. A comunidade em peso se revoltou, [porque] entendia que era um erro a demarcação da Raposa Serra do Sol. A implementação estava sendo feita de forma ilegal, tanto que entramos com ação judicial no Supremo Tribunal Federal", disse.
Ele afirmou que não é possível tratar estas questões como se fossem impasses entre indígenas e não-índios. "O que houve foi o maior conflito já ocorrido em Roraima, que foi a demarcação da Raposa Serra do Sol, com repercussão nacional e internacional".
Questionado se arrozeiros ou outras lideranças não-índias poderiam estar envolvidas no sequestro, Quartiero afirma que não pode responder, pois não estaria no local quando o fato ocorreu.
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